8th Chapter

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{Nome} {Sobrenome}

Depois que Katsuki passou por nós, todos começaram a falar sobre seu novo penteado. Confesso que isso estava me deixando enjoada.

Parece até que não se pode mais fazer um corte diferente no cabelo.

Estava tudo normal, todos conversando sobre cortes de cabelo ou coisas do tipo, até que Kaminari decidiu que iria conversar com o Kacchan - como ele prefere chamar- para saber o nome e o número do cabeleireiro que ele havia ido.

Pelo o que eu vi, ninguém achou essa ideia boa, deve ser porque Kaminari pode ser bastante estressante, o que pode ser perigoso quanto se pensa em deixar ele com Katsuki, um cara sem um mínimo de paciência sequer.

Mas ele foi mesmo assim, com todos desejando boa sorte.

Depois disso, voltamos a conversar, até que meu celular começou a tocar e eu tive que ir para fora dos dormitórios atender.

- Alô.- Falei firme.

- Oi, {Nome}.- A voz chorosa da minha tia ecoou do telefone.

- Tia? O que houve?- Meu coração começou a acelerar.

- Roubaram a casa.- Fungou o nariz, e eu senti o terror tomar conta de mim.

Não acredito, isso agora não, o dinheiro para pagar as contas, as coisas caras que havia na casa...

- A polícia já está chegando, os bandidos ainda estão pela casa, e eu estou escondida em um esconderijo que achei no seu quarto.- Ela disse nervosa.- Aliás, achei bastante comida aqui, andava escondendo isso dos seus pais?- Riu baixinho e se calou rapidamente depois que ouviu um barulho do lado de fora do quarto.

Após alguns minutos, outro barulho foi ouvido, mas esse foi em dentro do quarto.

Meu coração acelerava cada vez mais, os minutos de silêncio e os barulhos cada vez mais pertos me deixavam agoniada. Parecia que eu estava morrendo aos poucos.

Só que algo me fez lembrar de uma frase "Nada é tão ruim que não possa piorar", o que é parece é verdade, porque tudo ficou pior nos últimos minutos de ligação.

- {Nome}, me desculpa, eu dei o meu melhor, eu te amo muito, mas agora você terá que seguir a sua vida sozinha...- Após essas palavras, houve apenas pedidos repetitivos de desculpas, que só pararam depois de um estrondo, o qual também fez a chamada acabar.

A partir daí me dei conta de que estava chorando, meu corpo tremia e sentia calafrios passando por ele, a falta de ar se tornou presente e por eu não conseguir me manter em pé, me joguei de joelhos no chão.

A sensação e a certeza de que algo ruim havia acontecido com a minha tia, me faziam querer desistir de tudo.

Naquele momento, eu não estava mais ligando para o que acontecia ao meu redor, só queria saber como acabar com todos os meus problemas sem ter que desistir - é, esse é o meu problema, eu odeio desistir, mesmo já tendo lutado pra caralho.

A partir disso, no meio de toda aquela confusão na minha mente, uma pergunta se fez mais chamativa: "O que eu faço agora? Volto para casa ou me mantenho aqui?"

Nisso, comecei a fazer uma observação; caso eu voltar para casa, perderei a chance de ter um futuro melhor e conquistar o que eu tanto quis; e se eu ficar aqui em Tóquio, provavelmente perderei a minha casa em Musutafu e tudo que tenho de bom lá, tudo o que eu poderia ter conservado.

Ambas me trariam coisas boas, mas também poderiam me prejudicar de alguma forma.

Cara, eu estava tão indecisa.

Minha cabeça começou a doer de tanto que chorei e por causa do meu desespero, só queria ter paz mais uma vez, queria que tudo voltasse ao normal, queria que nada dessas merdas tivessem acontecido, queria poder controlar as coisas e esquecer dos meus problemas, MAS NÃO DÁ.

- {Nome}!- Uma voz conhecida e feminina gritou.- Vai dar tudo certo.- Ela afirmou me abraçando, era Jirou.

Não vai dar certo, por que logo você está mentindo para mim?

- Meu Deus, leve ela para dentro!- Gritou outra voz feminina, apenas pelo cabelo rosa descobri que era Mina.

- Vai ficar tudo bem.- Disse uma voz, dessa vez, masculina. Essa eu não pude saber de quem pertencia.

Mina e Jirou me ajudaram a levantar e me levaram até o sofá, onde deixaram eu sentada e sumiram da minha visão.

Estava tudo uma confusão ao meu redor, havia muitas pessoas gritando e correndo, todas me olhavam com olhar de muita preocupação, o que parecia só me deixar pior.

Até que, no meio de toda aquela baderna, houve um estrondo e tudo silenciou.

- Parem com isso! Vocês estão só piorando!- Uma voz masculina gritou, essa eu reconheci imediatamente.- Ei, quer dar uma caminhada? Se sim, vou te levar para um lugar bem legal, mas se não, podemos ficar aqui apenas conversando.

Era Katsuki. Ele estava tranquilo e seu cenho não estava franzido como o normal, isso me deixou aquecida.

- Que lugar é esse?- Perguntei, demonstrando que aceitava a caminhada.

- Não vou contar, só vou te levar.- Segurou as minhas duas mãos e me deu apoio para levantar.


𝐼𝑡'𝑠 𝑌𝑜𝑢𝑟 𝐷𝑒𝑐𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛___𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 𝐵𝑎𝑘𝑢𝑔𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora