𝐼𝑡'𝑠 𝑌𝑜𝑢𝑟 𝐷𝑒𝑐𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛___𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 𝐵𝑎𝑘𝑢𝑔𝑜𝑢

27th Chapter

Acabamos de chegar no refeitório e ele já estava lotado, nós nos atrasamos apenas alguns minutos porque a maioria decidiu ir no banheiro no caminho - e como temos que ir todos juntos, nos obrigamos a esperar eles terminarem suas necessidades.

Por sorte, as meninas seguraram dois lugares para mim e Jirou nos sentarmos.

- {Nome} do céu,- Mina começou a falar quando eu me ajeitei bem no meu lugar.- ouvi o Kirishima, Kaminari e o Bakugou falando de você.

- Que legal.- Falei com indiferença e comi um pouco da minha comida.

- Nossa, mulher. Se eu estivesse no seu lugar agradeceria, não é sempre que três caras gatos falam de mim.-. A rosada soltou um suspiro de desânimo.

- Nem liga, Mina. A {Nome} sempre foi bem dane-se quando se trata de garotos.- Jirou mandou uma piscadela para ela.

- Então você prefere meninas?- Momo arqueou uma sobrancelha, parecia muito interessada.

- Não tenho preferência, na verdade.- Sorri simples.

- Uou.- Momo riu.

- Mas falando sério, eu escutei o Kirishima dizendo algo tipo:"nossa, brou. Não precisava ter feito aquilo com ela".- Mina falou tentando imitar a voz de Kirishima, e nós rimos.

- Deve ser por causa daquela hora que a {Nome} abanou para ele, e ele virou as costas.- Mencionou Jirou.

- Nossa, que filho da puta.- Disse Tsuyu, e todas concordamos.

- Se bem que a mãe dele não tem nada haver com o nosso assunto, mas tudo bem.- Falei com indiferença.

- Poisé, a gente já viu a mãe dele quando estávamos no início do ensino médio, ela é muito parecida com ele, a única diferença é que ela é mais legal.- Falou Mina.

- Ela é muito bonita.- Comentou Tsuyu.

- Enfim, se não pega o filho, pega a mãe.- Riu a rosada.

Assim que terminamos de comer e puxamos um novo assunto, o sinal tocou. Eu e Jirou nos despedimos das meninas e corremos para perto da galera da nossa classe, que já estavam saindo.

- Não entendi o motivo de tanta pressa hoje.- Jirou disse depois de perceber que todos estavam caminhando rápido.

- É que temos que procurar Nezu para novas instruções, se não estamos fudidos.- Falou Rin revisando o olhar entre mim e Jirou.

Rin foi o meu primeiro e último namorado aos 18 anos. Ele era um amor de garoto e sempre dizia que íamos ficar juntos para sempre; mas dizer é fácil, agir que não - acho que vocês entenderam o final da história.

- Ata, mas a gente já não conhece bem a faculdade?- Jirou continuava tentando entender.

- Mulher, se ele ainda está nos acompanhando, significa que ainda tem coisas para nós vermos.- Comentei com impaciência.

- Ela está certa, Jirou.- Rin sorriu para mim.

- Tá bom, tá bom.- A garota soltou um suspiro.

Quando viramos a esquina de mais um corredor, encontramos o diretor. Ele estava saindo de sua sala, e logo atrás dele surgiu Katsuki.

Arregalei os olhos ao ver o estado do loiro; seu rosto estava com cortes e marcas roxas, havia sangue saindo do seu nariz e mais alguns machucados nas suas mãos. Sua expressão era de puro ódio naquele momento, o que fez todos ficarem em silêncio.

- Vá para a sua sala.- Nezu falou para o garoto e depois olhou para nós.- Desculpem-me a demora.

- O que houve com o Katsuki?- Kátia perguntou sem enrolação.

- Vocês não precisam saber, agora vamos voltar ao que importa...

.....

Havíamos chegado no prédio dos dormitórios já faz um bom tempo, agora estou dentro do elevador indo para o andar do meu quarto para me trocar.

Mas repentinamente, ele para e a porta de pavimento começa a abrir. Não demorou muito para eu reconhecer quem era.

Katsuki entrou no elevador e se posicionou ao meu lado, ele já possuía alguns curativos no rosto e nas suas mãos.

- Oi.- Murmurei mais baixo que o normal.

- Oi.- Ele respondeu.

Foi assim que entramos em mais um daqueles silêncios agonizantes que tivemos desde que nos conhecemos.

Eu estava com uma baita vontade de perguntar para ele o que aconteceu, mas acho que seria muito cara de pau da minha parte e é bem provável que ele não iria contar.

Parei de pensar nisso quando a porta de pavimento se abriu, mas quando eu já estava fora do elevador, soltei um suspiro e olhei para ele por cima do ombro, notando pelo canto do olho que a porta havia começado a se fechar.

- Você pode conversar comigo sobre isso, se quiser.- Assim que terminei de falar, a porta se fechou.