Capítulo 16

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Eu empurro o loiro assim que ouvi a fechadura da porta fazer barulho. Quase caí no chão. Ajeito a saia e fecho só o blazer do uniforme. Ignorando que a camisa branca de baixo estava aberta. Bakugo não fez diferente.

Estavamos completamente normais quando a porta foi aberta. Bakugo sentado em seu esconderijo com fones de ouvido e eu com meu caderno de músicas.

— Como ficaram presos aqui dentro? — A voz do professor Aizawa entrou na sala. — Não importa. Peguem a matéria perdida com seus colegas. — Ele saiu deixando apenas Bakugo, Shoto e eu na sala de limpeza.

— Melhor esconder isso aí. — O meio a meio diz apontando para mim. Olho para ele sem entender. — A marca no pescoço. Quase não dá para ver de longe. Então acho que professor não viu. Mas de perto se vê muito bem.

Eu corei. Corei muito. Escondi o rosto com a asa. E ouvi a risada do loiro.

— Não vai i querer seu namoradinho veja. — Ele zombou antes de sair.

— O que houve?

— O que houve, é que você demorou demais! — Esbravejo com o mais alto.

— Só vi as ligações de seu pai agora.

— Deixa para lá... agora já foi. Já aconteceu. Não tem volta.

— O que aconteceu entre vocês?

Eu respirei fundo antes de responder o meio ruivo.

— A gente se pegou no quartinho escuro. — O encarei. Corada.

Flashback on

Ele agarra minha cintura juntando nossos corpos. Rouba minha boca com pressa. Como se tivesse tamanha necessidade de nos unir um ao outro. Um beijo rude. Sem muita delicadeza. Mas cheio de desejo. De ambas as partes.

Minhas mãos se enrolam nos seus fios loiros. Trazendo ele mais para perto. As mãos apertando uma cintura deslizam para meus quadris e continuam o caminho até minhas nádegas. Ele me puxa mais perto ainda. Apertando onde tocava. Levantou minha saia deixando a mão por baixo. Apalpando o local. As mãos desceram mais um pouco. Para minhas coxas. Me puxou para cima. Me segurando no colo. Passei as pernas por sua cintura. Nada mais nos separava. Nada além das roupas de vestiamos. Tive que abrir um pouco as asas para não se amassarem contra parede atrás de mim.

Fico nervosa e envergonhada quando sinto seu volume me roçando. As mãos de volta à minha bunda. Acariciando, apertando. Enquanto nossas bocas brigavam uma com a outra. Sua língua entrou minha boca sem permissão.

Quando o ar faltou e nossos lábios estavam livres, ele me prendeu contra a parede com o próprio corpo. Atacou meu pescoço e tirou as mãos de minhas nádegas. Sua coxa sendo usada como minha cadeira agora. Pressionando minha intimidade. Senti os botões do blazer escolar sendo abertos. Beijos por meu pescoço. Em seguida os botões da camisa debaixo. O beijos desceram até o decote do top que eu uso. Senti as marcas sendo feitas. E a boca quente subir de novo enquanto eu só aproveitava a sensação nova. Tão boa. Tão deliciosa. Que me deixa em chamas mesmo sem estar no fogo.

Voltou para meus lábios e umas mãos foi para sei seio. Não pode conter o gemido baixo e rouco que saiu entre o beijo.

— Não faça barulho. Não quer descubram o que estamos fazendo. — Nossa respiração cruza uma a outra. Ofegante. Me deu um selinho. — Quer que eu eu pare? — Olhou para baixo. Onde sua mão estava.

— Não. — O puxei para um beijo novamente.

Flashback off

— Será que se eu ficar trancado em um quartinho escuro com o Midoriya-kun a gente se acerta? — Questionou pensativo.

Deixo o meio a meio com seus pensamentos. Fui para o vestuário. Estava vazio. Coloquei meu traje e fui para o treino.

Algum tempo depois eu já estava no mesmo local do dia seguinte. Puxando toda a eletricidade que eu podia. E depois a expulsando para fora. Assim como tinha sido auxiliada. Minha concentração não está muito boa. Poucas pessoas estariam realmente concentradas depois de ficar aos beijos com um garoto.

"Ah que vergonha...
E ainda quase fui pega!"

Puxei a energia de novo.

— Finalmente te encontrei. — Uma névoa negra se desceu contra mim. Ignorei o ser. — Eu e a Yoko estamos treinando com uma competição. Venha participar.

Soltei a energia para os céus.

— Vem logo.

Sai correndo com minha individualidade, antes que ele me encomodasse mais. Não vou cair em sua armações.

Em meio as árvores eu me sentei

— Takami-chan descansando do treino? — Uma voz soou atrás de mim. Virei para encontrar o professor A Might e o Midoriya.

— Só um pouquinho.

— Junte-se a nós, jovem Takami.

— Claro, professor Might. — Me levanto.

— Alguém com um excelente controle de energia talvez possa ajudar com seu caso, jovem Midoriya.

— É verdade? Takami-chan, como você controla sua eletricidade e não se machuca?

— Sabendo meus limites. Não é difícil, mas exige tempo e quanto mais dedicação mais rápido. Meus irmãos demoram meses para consegui, mas eu fui capaz de fazer em duas semanas. Mas é algo tem que ser executado com frequência, se não pode ser esquecido.

O garoto anota compulsivamente tudo o que digo em seu caderno. Notei suas paranóias rolarem soltas em sussuros. A cara de nervosismo no rosto do professor em relação ao meu colega.

Uma lâmpada se acendeu em minha cabeça. Uma ideia que deixaria um amigo um tanto feliz. Heróis ajudam aqueles que precisam. Mesmo que seja com assuntos do coração.

— Eu posso te ajudar a praticar e te dar umas aulas para conseguir usar sua individualidade mais rápido sem se machucar. — Abaixei o caderno o tirando sua atenção do mesmo.

— Oh é mesmo? — Seus olhos brilharam.

— Perfeitos jovens! — O professor bateu palmas. — Vou deixar que se ajudem isso será muito útil para as batalhas em conjunto que viram. Se precisarem é só chamar! — Desapareceu deixando uma tremenda ventania para trás.

— Por onde começamos?

— Pelos acordos. — Sorri presunçosa. — Isso vai tomar algum tempo meu. Então eu tenho um preço para te ajudar. — O garoto engoliu em seco preocupado. — Não é nada demais. — Ele suspirou aliviado.

— Então o que quer?

— Saia com o Shoto. — Soltei vendo o garoto se assustar. — Pare de evitar ele e saia com ele. Apenas isso. E eu vou ajudá-lo até conseguir atingir o melhor uso possível do máximo do seu pode.

— Não podia ser dinheiro...? — Coçou a nuca sem jeito.

— Dinheiro é a última coisa que preciso. — Ele continuou do mesmo jeito pensando no que fazer. Os lábios mordidos, as bochechas vermelhas como tomates, a mão inquieta na nuca. — Que tal fazermos assim: apostamos uma corrida, sem usar as individualidades para ser mais justo. Se você vencer eu te ajudo sem ter nada em troca. Mas se eu vencer, você vai sair com o Shoto e parar de fugir dele, então lhe ajudo com a individualidade. — Estendo a mão para ele.

"Faça o acordo com o diabo, Izuku Midoriya"

— Um acordo justo. Você só tem á ganhar. — Ele apertou minha mão. Com confiança. Soltei um sorriso vitorioso e perspicaz.

Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora