Capítulo 30 (Parte 1)

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- Querida, eu cheguei. - Ouvi a voz de papai. Mandei uma pena para mostrar o de eu estava. Através da pena vi que Fuy ainda estava junto. Suspirei.

- Boa sorte. - Eijiro sussurrou dando um beijo na minha bochecha. E saiu quando meu pai chegou.

- Você tá bem? Estava assustada quando cheguei para tirar vocês da roda gigante.

- Eu estava engaiolada...

- A claustrofobia de novo. Está melhor agora? - Balancei a cabeça positivamente. - Ótimo. Porque a gente precisa ter uma conversinha. Ou melhor terminar uma conversinha

Soltei um suspiro pegando uma garrafa de vodka, a qual meu pai tirou da minha mão.

- Sem álcool.

Bufei em protesto.

- Começa o discussão.

- Sua mãe não tá aqui para te machucar. Não tem que ter medo de se aproximar e criar laços.

- Mas a Yoko tá aqui.

- Mas a Yoko mal sabe matemática básica. Não tem como ela fazer algo contra você.

- Mas tem dinheiro para contratar alguém que possa.

- Controlo a conta bancária dela. Não tem um centavo sem minha permissão.

- Você subestima os meios que ela pode consegui para conseguir isso. - Pego outra garrafa de bebida e encho meu copo antes que ele pegue a garrafa. - Minha amada irmã pode ser burra, mas é esperta e manipuladora o suficiente para conseguir o que quer. Não vou me relacionar com Eijiro ou com Katsuki para vê-lo mortos e desmembrados igual aconteceu com minhas amigas. - Keigo suspira.

- Você fala isso, mas saiu com Kirishima hoje, e deu uma chance para os dois.

- Falsas esperanças. É um jogo. Se eu os ignorar demais, ela vai saber que estou os protegendo e que eles são importantes. Não a darei esse gostinho.

- Não te ensinei a brincar com as pessoas.

- Não estou brincando com ninguém. Já falei isso. Quando ela for embora daqui, do Japão, eu penso no que fazer com eles dois.

- O que vai ser dizer ao Kirishima depois de hoje? Depois de ter beijado ele. E ao Bakugo? Quase foi para cama dele e você sabe que gostou.

O copo em minha mão estourou com a força com que o segurei. A bebida derramou e os cacos entraram em minha mão fazendo o sangue escorrer.

- Não controlei meus instintos... - Arranquei os cacos da palma da mão.

- E não vai conseguir controla-los mais. Já provou da fruta.

- Vou tomar o dobro do remédio.

- Não vai, não. Quando acabar, não vou mais pega-los para você. Os remédios estão influenciando nos seus poderes. E nos exames, precisa ficar limpa.

- Não posso ficar limpa. Sem os remédios eu vou perder completamente o controle até o fim da primavera.

- Achei que você quisesse chegar tão longe como eu em um tempo ainda melhor. - Abre um sorriso desafiador. - Se parar com os remédios. Você pode chegar a se a número 1 assim que se formar. Tem habilidades notáveis para alguém da sua idade. Eu não é porque sou seu pai. Olhe seus irmãos, não estou aos seus pés.

Viro para o copo em minha frente pensando em tudo aquilo. Parar de tomar os remédios significa ter que avançar na porcaria de relação que tenho com Eijiro e Katsuki. Em específico com Bakugo, que...

- Pais não deveriam ter filhos favoritos... - Suspiro encostando a cabeça no balcão. - Eu não gosto disso... não tem como fazer um remédio que não interfira nos meus poderes?

- Isso demora. E exige muitos testes. - Ele bebe todo o conteúdo do seu copo. - É tão difícil abrir as pernas para um dos dois e parar de tomar um remédio.

O copo em minha mão estoura se quebrando com a raiva que senti com a possibilidade.

- Você gostou de estar no colo do ruivinho quando estavam na cabine de fotos. Espero que não tenham tirado nenhuma foto pornográfica.

- Você não presta, Keigo... nem um pouco... - Ele solta uma gargalhada.

- Você adora seu paizão assim. E não tem muito o que se preocupar, não precisa necessariamente transar para os efeitos da primavera sumirem.

Algumas penas de suas asas voam para fora do bar e voltam com uma caixa embrulhada.

- Um presentinho. Na verdade alguns.

- Que medo de abrir essa caixa...

Peguei o embrulho sob o olhar sapeca de papai de alguém que aprontou muito.

Suspiro antes de começar abrir o embrulho. Uma caixa preta com o nome de uma loja. O logo em vermelho logo baixo do nome da loja.

- Eu te odeio...

Meu pai soltou uma risada anasalada esperando ansiosamente que eu abrisse a tampa.

Levantei a tampa espiando dentro. Meu rosto ultrapassou mais de mil tons de vermelho. Fechei a tampa.

- Me recuso a usar essas coisas. - Cruzei os braços.

- Tudo bem. Não esqueça de usar as camisinhas. A última gaveta da cômoda tem uma caixa cheia para você. Leva para U.A. vai ser mais útil do que deixar aqui...

- Te odeio tanto...

- Também te amo - Ele tira a caixa das minhas mãos e com as penas leva para outro lugar. - Tá no armário. Bom é isso. Boa sorte com o que vai escolher. - Beija minha testa ao se levantar. - Eu vou levar a Fuy para casa agora. Divirtam-se.

Saiu andando. Eu fui atrás remoendo toda a conversa. Eijiro estava na beira da varanda sentado com Fuyumi ao seu lado.

O ruivo parecia surpreso e pasmo com o que a mulher contava para ele até meu pai chamar a atenção do dois. Trocou algumas palavras com Eijiro antes de pegar Fuyumi no colo e se jogar da varanda.

Eu solto um suspiro pesado. Me viro indo para a cozinha e abro a geladeira tirando algumas coisas do freezer para descongelar. Até que sinto Eijiro me abraçar por trás coloco a cabeça em meu ombro após beijar minha bochecha.

- Você está bem? - Ele perguntou baixo.

- Por enquanto, sim. - Lhe dei um meio sorriso. - Tá com fome? Podemos pedir algo. - Mudei de assunto, antes que ele perguntasse sobre a conversa.

- Um pouco. Podemos pedir uma pizza.

- Sinceramente não tô afim de pizza. Mas vou pedir uma para você. Do que quer?

- Queijo.

- Okay.

Peguei meu celular e fiz os pedidos deitada na sala de estar.

Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora