Capítulo 25

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Entramos na fila do carrossel de coração. Kirishima ficou calado. Não ficou perto de mim como estava antes. Nossa única proximidade são nossas mãos, mas ele sempre se mantém dois passos atrás. As bochechas os tempo todo coradas. A expressão pensativa.

"Isso mexeu tanto assim com ele? É só um brinquedo"

A fila foi andando até chegar nossa vez. Entregamos os ingressos e entramos no brinquedo.

Eiji se sentou a minha frente. Um "volante" dividindo a gente. Aproveitando que ainda entraria mais pessoas eu resolvo arrancar o ruivo de seus devaneios que já o roubaram tempo demais.

— Takami para Kirishima. Câmbio. Na linha? Câmbio. — Ele levanta o olhar levemente assustando em minha direção.

— O que foi?

"Ah é então é assim?
Me tratou bem até agora só para começar me tratar que nem cachorro?
Não é assim não meu querido
Só continua com essa cara de cu para você vê"

— Eu que faço a pergunta. Tá ai a mais de meia hora, com essa cara de cu. Não falou um "a". Desde que entramos na fila. — Comento emburrada. — Se não queria vim era só dizer!

— Desculpa. Só esteva pensando em algo.

— No meio do nosso encontro, Eijiro? — Cruzo os braços e ergo uma sobrancelha.

— Desculpa. Desculpa. — Sorriu envergonhado. — Vou ignorar as idiotices que os meninos me disseram. Minha atenção é toda sua.

— Espero. Foi o que me prometeu hoje a tarde. Quando me entregou o cartão de autorização de saída.

— Tem razão. — Coloca as mãos sobre o "volante". Ele começa a girar rapidamente. O coração gira junto quase na mesma velocidade. Com o susto eu agarro a lateral de metal. Com a força inconscientemente usada, amassou.

— Eijiro! — Berrei me recuperando, enquanto chora de rir.

— Tá com mais medo daqui do que do Kamikaze?

— Fui pega de surpresa! Não achei que podia girar tão rápido.

— Foi mal. — Ele tira o celular do bolso. — Vamos tirar uma foto. Vem mais perto. — Estende o braço para fora. A câmera frontal ligada.

Me aproximo ficando quase em cima do volante. Ele tira uma foto. Quando vou me sentar novamente, o ruivo me puxa pelo braço. Me beija de repente. Na bochecha. Tira outra foto. Eu fico corada.

O brinquedo começa a andar com um tranco estranho. Eu volto para meu lugar. Ele riu baixo da minha expressão surpresa.

— Idiota. — Dei um sorriso tentando disfarçar o quanto fui pega de surpresa. — Me manda depois.

— Claro. — Guarda o celular. Eu aproveitei para girar, não tão rápido, o volante. — Se divertindo mais agora?

— Melhor do que quase morrer naquela gaiola. — Ele ri.

— Não imaginei que fosse tão dramática.

— Vou te mostrar a dramática. — Ergui a mão. A eletricidade dançando entre as pontas dos dedos. Ele ergue as mãos em sinal de rendição.

— Não está mais aqui quem falou.

A cabine começou a subir e descer, assim como eu tinha visto. Às vezes mais rápida. Às vezes mais lenta.

Não dava tanta emoção quanto o carrinho bate-bate. Ou o medo do Kamikaze. Mas mesmo assim agradável e legal. O divertido de verdade foi a troca de flertes discretos que surpreendentemente, Eijiro acompanhava. Talvez não reparasse. Sua voz soava com inocência e as vezes ele chorava antes de responder. Porém, não pude deixar de ver isso como um desafio.

Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora