Voltamos ao parque. Eiji me leva para um brinquedo em especial. Um que ele disse que seria bom para nós que acabamos do comer. Sem agitação. E sem emoção. Achei a proposta chata. Mas confiei nele e deixei ele me guiar. Nossos dedos entrelaçados agora. Me sentia como se fossemos um casal. Algo que talvez nunca seríamos de fato. Não tanta coisa externa. Esses pensamentos me deram uma pontada de decepção. Eu só com segui me envergonhada percebendo que cogitava em ter algo com Eiji.
Deixei essas coisa de lado. Não queria estragar o esforço que ele estava fazendo para que eu me divertisse. O que ele de fato estava conseguindo.
- Apesar do que as pessoas geralmente fazem lá dentro. Não tenho segundas intenções. - Ele disse corado e inseguro quando paramos em frente ao túnel do amor. - É apenas pela experiência. - Explica. Sua mão suando enquanto segura a minha.
- Por mim tudo bem. Mas não garanto que não vá ter as segundas intenções. - Brinco em descontração para que ele não fico nervoso. O puxo para a fila após vê-lo sorrir disfarçando rubor que tomou suas bochechas.
A fila não é grande. Apenas três pessoas. Não demorou para entrarmos em um sofá flutuante com encosto de coração. Eijiro entrou primeiro e deu as mãos para eu me equilibrar ao entrar no barco-sofá.
Nós sentamos e a água começou a nos empurrar. Ou qual que fosse o mecanismo que fizesse o sofá andar para dentro do túnel a qual a entrada é em forma de coração.
Durante todo o percurso tocava músicas românticas. Algumas fofas. Outras em tom mais sensual. E também algumas tristes.
Dos dois lados haviam alguns doces. Mas não o mesmo. De um lado era um tipo de doce. Enquanto do outro lado era outro tipo. Para o que o casal compartilhasse. Imaginei. E foi exatamente o que eu e Eijiro fizemos. Ele colocava os doces que apareciam do lado dele em minha boca e eu fazia o mesmo com ele.
O barco prosseguia devagar. Parecia que ficamos lá dentro por muitos minutos e dentro é frio e humildo. Não baixaria surpresa se nós dois ficamos com algum resfriado.
O ruivo ficou perto o tempo todo, com o braço em volta de minha cintura, mão pousada sobre minha perna, quase sobre o joelho. Não que tivesse muito espaço. Tudo minimamente pensado para o casal ter um momento fofo. Tive que cruzar a perna para que ficassemos mais a vontade. Ele conseguiu ver a tatuagem em minha coxa com isso.
Desviamos a atenção um do outro quando ouvimos gritos ecoar pelo túnel. Nos entre-olhamos confusos.
- Me disseram que esse ano tem um tobogã no final do túnel, mas não achei que fosse verdade.
- Tobogã?
"Que raios é isso?"
- Um escorregador de água.
"Ah!"
- Tentando me matar de novo, Eijiro?
- Eu não sabia. O túnel do amor não é popular assim. Devem ter feito isso para inovar e ter mais público. Não achei que tivesse mesmo já que não tem trave de segurança nem nada. - Ele pega outro doce e leva a minha boca. Eu mordo sentindo o gosto de nutella dentro do bombom de chocolate branco. - É bom?
- Quer prova o pedaço que ta na sua mão ou o gosto que ficou na minha boca? - Ele fica surpreso com o flerte e gagueja tentando formular uma resposta. Pego o doce da sua mão levando até sua boca. Quando ele abre a boca para morder o pedaço do doce, eu afasto a mão aproximando meu rosto do seu. Ficando meio em pé. - Escolhe. Antes eu o faça por você.
Ele ficou pensando por alguns momentos, mas não conseguiu me dar uma resposta. O som de água caindo chamou nossa atenção. Vimos o fim da linha. Onde o percurso acabava.
- Caralho... - Xinguei baixo.
Eu me sentei devagar. O braço envolta da minha cintura se apertou. O ruivo me puxar me apertando em seus braços. O barco começou a ir mais rápido com a correnteza. Tive certeza que o sofá flutuante era movido pelo próprio fluxo aquático.
O barco se aproximou rapidamente. E então água expirou para todo lado quando descemos gritando. Eu de medo. Kirishima de empolgação.
Teve curvas que expiraram água. Nós molhamos um pouco. Voltamos a uma reta tranquila que nós deu mais doces.
Esse foi divertido. Apenas o começo me deu medo. Não sabia o que estava me esperando.
- Divertido. Não tava esperando isso. Cadê o doce?
- Não faço idéia. - Respondo. - Acho que vai ter que provar da minha boca mesmo. - Sorri para ele.
Fizemos uma curva. Uma queda d'água. Uma cachoeira tampa a saída do túnel. É possível ver a lua cheia brilhando através da água que caí.
Eiji ficou tenso ao meu lado. Eu não fiquei diferente. O barco não ia rápido. Talvez mais lento do que antes do escorrega.
- S/n. - Ele me chama a voz carregada de tensão. Ele pegou minha mão.
- Vou fazer minhas asas crescerem e e nos envolv-
- Não é isso! - Olho para ele, confusa. - Me desculpa. - Fico mais confusa ainda. - Eu... não entrei aqui para isso, de verdade. Então me desculpa mesmo. - Ele coloca a mão no meu rosto e desliza para minha nuca. Olhando nos meus olhos ele se aproxima. Meu coração dispara sabendo o que ele faria.
Seus lábios se encontram com os meus. Eu não fujo de seu beijo. Um beijo calmo e carinhoso. Diferente de um certo loiro. Eijiro não pediu passagem com a língua. Eu também. Paramos o beijo. Mas mantemos o rosto perto. Nossos olhos conectados. Meus par de topázios contra seus rubis.
- Não vou te perdoar por isso. - Digo sem olha-lo. Mas não me referi ao beijo. E sim ao efeito que teve sobre mim.
Pela primeira vez me senti profundamente tímida, insegura. Como se toda minha dominância sobre o rapaz se invertesse entre nós. Não sabia o de enfiar a cara.
"Não fiquei assim com Katsuki...
Então... por que estou assim com Eiji?
Katsuki me dá tesão. Mas o Eiji... eu não sei descrever isso além de paz conturbada"A mão em minha nunca deslizou para minha bochecha. Seu polegar acariciando minha bochecha.
- Desculpa te roubar esse beijo. - Beija minha bochecha oposta na que ele acariciava. - Achei que não iria conseguir outra oportunidade.
A queda de água se aproximou. Parecia que nosso beijo havia durado mais do que achei. E talvez tivesse mesmo. Uso eletricidade para fazer minhas asas crescerem novamente e subi no colo do ruivo que se assustou. O barco balançou um pouco. Nos envolvi com minhas asas para que não ficassemos molhados demais. Ouvi o queda d'água ao pé do ouvido. E se afastar, ficando para trás. Abro as asas vendo que havíamos saído do túnel.
- A cachoeira abriu. Era só para assutar a gente. - Eijiro riu descrente. A mão pousada sobre minha coxa enquanto ainda estive em seu colo. Saio rapidamente de cima dele.
Assim que o barco encostou no que chamei de cancela, Eijiro saiu primeiro e me ajudou a sair. Assim como havia me ajudado a entrar.
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Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporada
FanfictionS/n agora está rumo ao seu objetivo de ser tornar uma heroina assom como seu pai. Mas ela se encontra no terrivel dilema entre suas duas almas gemeas: Katsuki Bakugo e Eijiro Kirishima Ela será capz de escolher um deles ou tomará outro caminho? Uma...