O dia passou mais rápido do que eu queria. Talvez porque seja sábado. E foi tão chato quanto uma segunda feira. Especialmente por ser passado em uma sala de aula.
No Brasil não tinha isso... estudar aos sábados. Mesmo que saímos mais cedo hoje. Mas não deixa de ser um pé no saco. Mesmo eu não tendo nada melhor para fazer um pleno sábado. No Brasil, eu trabalhava até depois dos almoço. Fazia uma caminhada pelo calçadão nos dias mais fresco. — passando bem longe das ondas do mar que me assustava. E nem se falar na areia macia e traiçoeira —. Em dias mais quentes eu voava alto. Onde a temperatura é mais baixa. Sem falar dos treinos noturnos e o sambinha que as vezes eu curtia com uma caipirinha na mão.
— S/n para terra. Não voe tão alto. Câmbio. — A voz de Iida me trouxe de volta.
— Veio me dar outra bronca pro demônio que eu guardo no meu quarto? — Zombei.
— Não dessa vez. — Mexeu os braços. — Todoroki-kun estava lhe chamando sem sucesso. Só ajudei.
— O que foi, tio gay? — Virei o pescoço para encara-lo. Midoriya dividia a cadeira com o mesmo.
— Isso veio voando lá da frente. — Me mostrou um avião de papel. Ergui a sobrancelha para ele. — É do Bakugo-kun.
— Devolve então. — Todoroki me lançou uma careta de paisagem.
— Tem uma mensagem para você, Takami-chan. — Midoriya explica sem jeito. Peguei abrindo o aviãozinho
"Vai mesmo sair com o cabelo de menstruação?"
Joguei o corpo para o lado. Olhando para frente. Ele estava com o cotovelo sobre a mesa. A mão cobrindo a boca. Os olhos virados exatamente para mim. Ergui a sobrancelha o encarando de volta. Ergui o avião em sua direção. E o queimei com a eletricidade. Um sorriso provocante.
Sentei normal mais uma vez. Fechei os olhos. Voltando aos meus devaneios.
— Takami-chan. Não vai responder? — A voz do esverdeado medroso vem aos meus ouvidos.
— Não.
— Isso vai irritar o Kacchan.
— E daí? Estou treinando um medroso? — O garoto ficou quieto. Revirei os olhos.
— Já sabe o que vai usar para sair? — Todoroki pergunta.
A roupa que havia comprado com Fuyumi ontem. Ficou na casa do meu pai depois do nosso desentendimento.
— Deixei Raynor cuidando disso. Assim que o Aizawa sensei nos liberar, eu vou ver o que o espírito maligno e estiloso que havia aquela película tem pra mim.
— Poderia emprestar ele para mim. — Momo aparece entusiasmada. — Adoraria falar sobre moda com ele. — Seus olhos brilharam.
— Se aguentar ele por meia hora eu te presenteio ele. — Ri com ironia.
🦅🦅🦅
— Ei urubu depenada. — Interrompo meu andar. Me virando para encarar o loiro. — Por que me ignorou?
— Porque o que tinha perguntado não é da sua conta. E mesmo se eu respondesse, não estou afim de me aborrecer com outro surto de ciúmes seu. Meu limite em relação a isso é abaixo de zero.
— Como você é chata! — Exclamou.
— Foi você que correu atrás de mim. Suporte-me agora. — Vim para esse mundo para ser poderosa e ser e extraordinariamente gostosa. — Me virei entrando no dormitório.
Subo direto para meu quarto. A abro a porta. Vejo algumas coisas pelo chão. Raynor no meio delas.
— Mano Raynor! O que você fez com meu quarto? — Fechei a porta atrás de mim.
— Você quase não tem roupa de calor aqui acredita? Tive que tirar tudo para achar um vestido horrível todo manchado e um macaquinho preto. — Desaparece no meio de um túnel de roupas aparecendo do outro lado do quarto. — Você vai usar isso. Foge do seu estilo, mas vai se sentir confortável já está muito calor hoje. E como você não tem nenhuma sandália ou sapatilha, vai calçar esse coturno baixo aqui. — Se senta no chão. — Pode começar se arrumar.
Surtei. Mandei Raynor para o lado de fora do quarto. Tranquei a porta. Deixo todas as minhas penas para trás. Enquanto tomo banho e lavo o cabelo, as penas arrumam as roupas e tudo mais que estivesse pelo chão. A roupa escolhida esta em cima da cama junto do sapato.
Seco meu cabelo com o secador mantendo bagunçado como sempre. Passo creme só nas pontas. Seco meu rosto e visto uma roupa íntima.
Pego o macacão que Raynor havia achado em minhas coisas. Está até com etiqueta. Nunca usei. Metade do quarto já estava arrumado graças ao trabalho de minhas penas. Três pilhas de roupas já estão sobre a cama.
Coloco o macacão sem questionar. Após tirar a etiqueta. Deixa mais do corpo desconto do que eu gostaria. Abro o guarda roupa e pego uma jaqueta jeans com chamas roxas e pretas pintadas nas costas com meu sobrenome logo em cima. Eu mesma havia decorado com tinta.
Coloco os sapatos nos pés. E pego uma bolsa preta. Coloco minhas coisas dentro.
— Acho que estou pronta. — Tiro a jaqueta ao sentir calor. Prendo na cintura.
Alguém bate na porta. E abro. Espiando o lado de fora. É a Ryoma.
— Já tá pronta. Eu vim te ajudar.
— Pode ajudar com a maquiagem, se quiser. Acho que é só o que falta.
— Com a maquiagem? Você sabe se maquiar muito bem. Estava linda a noite da balada.
— Não sei o que fazer para ir em um parque.
— Deixa eu entrar. — Abri a porta para ela. — Uau. Amei seu quarto. — Disse olhado em volta. Fecho a porta. — O Raynor tá lá em baixo. Dizendo o quanto você é uma urubu monstruosa, e que só dá trabalho para ele e o maltrata.
— Aquilo é mais dramático que pisciano. — Entrego a maleta de maquiagem para ela e me sento na cama. — Ele contou a bagunça que fez no meu quarto.
— Não. Algo discreto?
— Acho que sim.
— Okay. — Fechei os olhos. — Que horas vocês vão?
— O Eijiro disse para irmos às cinco e meia. — Senti ela passar pó em meus olhos. — "É o tempo de chegarmos cedo e aproveitarmos tudo que você tem direito", ele disse isso.
— Tem tempo ainda para vocês que aproveitem muito. — Ela pegando meu queixo e passa um batom na minha boca. — E não só os brinquedos. — Dá um duplo sentido.
— Engraçadinha.
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Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporada
FanficS/n agora está rumo ao seu objetivo de ser tornar uma heroina assom como seu pai. Mas ela se encontra no terrivel dilema entre suas duas almas gemeas: Katsuki Bakugo e Eijiro Kirishima Ela será capz de escolher um deles ou tomará outro caminho? Uma...