Capítulo 30 (Parte 2)

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Eijiro On:

Assim que o pai da S/n gritou da sala de estar eu me levantei e sai a desejando sorte.

Eu não sabia o que exatamente havia acontecido entre os dois na noite passada, apenas como destruída S/n parecia, quando abri a porta da varanda para ela no meio da noite.

Passei pelo pro-hero no corredor até a sala ele deu dois tapinhas no meu ombro e sussurrou um agradecimento. Eu não sabia o motivo e não parei para perguntar. Segui para a sala onde a mesma moça que o acompanhava no parque estava encostada no vidro do lado de fora, na varanda, o vento da noite balança seus cabelos brancos com pequenas partes vermelhas, caminhei até ela cumprimentando.

— Olá... a senhorita não prefere sentar no sofá? Está frio do lado de fora. — Ela se virou para mim com um sorriso amigável.

— Eu estou bem aqui, obrigada. Você é o Kirishima-kun, não é?

— Sim, sou eu... Ah... você é a mãe da S/n?

Percebo que ela ficou surpresa e até um pouco assustada com a pergunta. Talvez a tivesse ofendido a chamando de velha...? Não, Hawks é tão jovem quanto ela.

— Não... um dia talvez. Sou a alma gêmea do Hawks. — Ela disse com um sorriso envergonhado no rosto.

— Desculpe ter confundido. Como se chama?

— Todoroki Fuyumi. Sou a irmã do Shoto.

"Isso explica a aproximação do Shoto com a S/n"

— É um prazer conhecê-la.

— É um prazer também. Se divertiram no encontro de vocês? Para mim pareciam estar se divertindo muito. — Questiona curiosa e animada.

— Eu me divertir muito. Estar com a S/n é muito bom. Apensar do jeito confiante demais dela, hoje ela estava como uma criança se divertindo. Eu só não queria que o final do encontro tivesse dado tão errado... não sabia que ela tinha medo de locais fechados, se ela tivesse falado eu não a teria levado na roda gigante de modo nenhum.

A moça coloca a mão em meu ombro, como forma de conforto. Eu dei um sorriso pequeno, estava chateado lembrando do jeito como S/n havia ficado na "gaiola" como ela mesma havia dito.

— É um trauma de infância do que a mãe dela a fez... com o tempo ela se abre com você. S/n é durona, mas por dentro não passa de uma criança que enfrentou a solidão, a perda e rejeição.

— Não saia que ela tinha sofrido tanto. Temos as mesma idade, mas S/n "nasceu" de uma forma diferente.

— Hawks disse que ela tinha provavelmente 12 quando surgiu. Começaram a contar a partir disso. — Ela suspirou. — Tudo o que pai dela quer é que S/n tenha a vida de uma garota normal e supere suas dores. Ele quer que ela mude a visão dela, e que tenha um objetivo de verdade como heroína.

— O objetivo dela como heróina? Ela disse que era ser maior que o pai.

— Ela diz isso, mas é mentira. S/n sabe mentir bem, mas Hawks me ensinou o saber quando ela está mentindo. Ela olha para cima na maior parte das vezes, isso quando está ao ar livre. Se não, ela olha para qualquer coisa no rosto de com quem estiver falando, exceto os olhos.

"Por que está me contando essas coisas? É tão pessoal da S/n..."

— Então qual é o verdadeiro objetivo dela como heróina?

Com pesar na voz a mulher respondeu.

— Kei disse que é "morrer em serviço". Algo muito triste e pequeno para uma garota tão bondosa e alegre... — Suspirou triste.

Entrei em choque. O objetivo de S/n é como um suicídio indireto. Mas por que? Por que iria tão longe apenas por desejar morrer? Não, não pode ser apenas isso.

— Ei calma, Ei-kun. Estamos tentando mudar isso. — Ela colocou a mão em braço. — Por isso estou te contando isso. S/n é um amor de garota e não merece nada do conteúdo com ela. Hawks pede ajuda. E você é uma das alma-gêmeas dela. E ela fala de você com muito carinho. Talvez ela te ouça, ou que você a faça querer viver, mais uma vez. Não demonstre que sabe das coisas que estou te contando. — Eu assenti em silêncio, estava sem reação mais ajudaria com certeza. Não deixaria ela fazer besteira alguma.

— Por que...? Por que ela quer Isso. O que a aconteceu de tão ruim que a faz perder a vontade de viver. Ela sempre parece tão impotente. Como se nada pudesse a derrubar e ela mesmo sendo seria ela sabe se divertir e se deixar levar por isso. — Dizia confuso sem entender os motivos.

— Ela não ficou muito tempo aqui no Japão quando surgiu com os irmãos. Foi para o Brasil, Hawks não conseguiu a guarda deles, acredita que o juiz foi comprado. S/n foi para o Brasil sem nem saber a língua de lá. Sofreu preconceito graças a Yoko e Kanji, "o pau mandado" como nossa pequena diz. E a mãe a maltratava demais. Queria S/n nos desfiles dela. Como a garota propaganda. Enquanto Yoko ficava de lado com ciúmes então se envenenou criando terrível inferno na vida da irmã e S/n era infeliz com tudo isso e não tinha voz para. desafiar a mãe até conhecer suas melhores amigas... — disse triste. — Vou pular parte da história — no primeiro aniversário da S/n, Hawks foi visitar. Iam se encontrar no aeroporto, mas no caminho as três garotas foram pegas. As amigas de S/n foram mortas na frete dela. Completamente desmembradas enquanto minha pequena estava acorrentada e sem força o suficiente para quebra-las. S/n suspeita da mãe e da irmã.

Meu rosto empalideceu com a informação. Uma criança, basicamente, vendo corpos massacrados diante dos seus olhos. Não é atoa que é tão fechada. O que eu chamei impotência, na verdade é uma muralha para a proteger do que há do lado de fora.

— É difícil de imaginar que alguém que viu a morte das únicas pessoas que se importavam com ela em um lugar, possa sorrir ainda. Ajude-a Eijiro, por favor.

Ela segurou minha mãos juntas, seu olhar uma suplica, implorando que eu colaborasse.

— Não pensaria em fazer nenhuma outra coisa se não esta.

***

Pessoal eu gostaria de me desculpar pelos sumiços, com a escola tava meio difícil. Mas farei o possível para manter ao menos um capítulo por semana para vocês.

Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora