Capítulo 45

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- Bom dia

Papai resmungou sonolento. Sua caneca de café puro pronta para ele ao se sentar.

- Bom dia, papai. Dormiu bem?

Sorri para ele o vendo beber o café e logo despertando completamente com a cafeína em seu corpo.

Me desencostei da pia com os pratos de café da manhã. Biscoitos de nozes e frutas e bolo de cenoura com chocolate.

- Dormi como um anjo na nuvem

Ele sorriu e pegou um biscoito. Sorri quando ele gemeu saboreando o doce.

- Acho que você devia abrir uma doceria. Já disse isso e repito.

Ri e minhas penas trouxeram as folhas rabiscadas e as colocaram na mesa diante dele. Me sentei e comecei a comer o bolo e bebendo chá de morango.

- O que é isso?

Questionou lendo as folhas com uma sobrancelha erguida.

- Thunderstorm? Não queria usar esse nome de heroína quando era criança?

Disse bebendo mais café quando enchi sua caneca. Seus olhos atentos.

- E por que tá escrito de várias formas? São assinaturas?

- Eu ainda vou usar esse nome. E sim são assinaturas.

Papai parou o caminho da caneca a boca. Seu olhar espantado virou para mim e eu ri bebendo meu chá e enchendo mais minha caneca.

- Achei que tivesse desistido de usar esse... Lá se vai a chance de te fazer usar "Hawks baby"

Choramingou e eu revirei os olhos rindo.

- Engraçadinho.

- Então, o que quer que eu faça com isso?

- Escolha uma. Vou assinar meus quadros com meu nome de heroína.

- Idéia do Raynor?

- Completamente dele.

- Amo aquele urso

Enfiou um biscoito na boca e começou a analisar as folhas atentamente. Eu tomava meu café da manhã sentindo a ansiedade tomar conta do meu peito mais uma vez.

E dizem que chá relaxa...

Terminei meu café da manhã e comecei a lavar a louça usando minhas penas enquanto olhava meu pai que ainda analisava as páginas.

- Acredito que todas estejam ruins e tá procurando a melhor entre essas ou estão muito boas e é difícil dizer qual a melhor

Alfinetei e ele riu baixo.

- Acho que um meio termo. Tem algumas muito boas e outras deixam a desejar.

Ele disse e bebeu o resto do café e o último pedaço de bolo de seu prato.

- Eu quero mais bolo

Servi outro pedaço para ele.

- Outra jarra de café também?

- Não, obrigado. Já tomei demais para um dia.

Riu baixo. E me devolveu os papéis.

Haviam variações circuladas em todos. Ou quase todos. Peguei os papéis e olhei o que ele marcou.

- Particularmente, eu adorei esse com o nome, o raio atravessado e a pena em baixo. Mas parece infantil, o modo como foi feito.

- Vou melhorar essa. Mas depois de completar o primeiro dia. Acha que vai demorar? A proposta, não parece grande coisa. Estão me superestimando.

- Você vai quebrar a cara de todos eles. E você verá vão testar você até o limite.

Ele estendeu a mão e eu dei um toque. Vi a expressão dele se fazer em um bico emburrado.

- Cadê o toque de mãos dos Takami?

Resmungou com um bico emburrado no rosto ainda. Eu ri e estendi a mão para ele de novo. Dessa vez dando um toque de mão.

O toque das duas, as palmas se deslizam até escorregarem nas pontas, se entrelaçando e logo as palmas estão juntas de novo com os polegares entrelaçados e os dedos se movendo como se fossem asas, e então finalizamos com assobios copiando o canto de pássaros.

- Eu tinha esquecido disso

Ri soltando a mão dele. O mesmo me deu um tapa de penas.

- Ei

- Não pode esquecer de novo ou te deixo de castigo.

Mostrou a língua e se levantou com um sorriso brincalhão.

- Vou me arrumar para gente ir. Já está dando o horário. Se prepare é um vôo longo.

🦅

Cheguei nervosa ao local que realizaria o desafio. Tentava me conter minha preocupação e ansiedade diante o que viria.

Meu pai está a logo ao meu lado. Por ser menor de idade ainda, precisava que meu guardião legal estivesse presente a todo momento. Por isso, Keigo só iria trabalhar depois dos meus testes. Que como o mesmo explicou aconteceriam somente no período da manhã para que minha recuperação do dia fosse feita.

Meu primeiro dia eram testes, segundo a carta que me foi entregue pela organização governamental que é responsável pelo desafio.

A carta também dizia que outras inscrições feitas com antecedência foram adiadas, já que o governo está de olho em mim. Desde que eu surgi anos atrás, foi o que meu pai me alertou.

Estávamos diante do portão do prédio. Papai tocou o interfone e nos anunciou. A portão foi aberto e um segurança nos levou para dentro, acompanhou-nos até a recepção, onde uma secretária tomou a frente como nossa guia.

Dessa vez fomos levados até a área onde eu realizaria testes. Papai teve que ir para as arquibancadas, e eu fui levada para um vestuário. Vesti algumas roupas que deveria usar durante o teste.

Roupas simples. Uma legging preta e uma regata de mesma cor. Fui obrigada à fazer um coque em meu cabelo, foi quando notei que estava comprido, comparado ao corte costumeiro. Minha raiz devia estar toda a mostra.

Quando eu terminar aqui, vou comprar descolorante e tinta

Me vesti e sai do vestiário indo com a moça para outro lugar. Ela me deu algumas informações sobre o que aconteceria e elogiou minha coragem. Descobri que por eu ser menor de idade essa edição seria fechada para o público, mas que alguns heróis tiveram a permissão de comparecer, porém poucos. A imprensa também estava restrita a apenas alguns jornalistas.

- Posso perguntar porque tanta restrição? Não é só por eu ser menor de idade é?

- Sobre esse detalhes internos eu não tenho tanto acesso, mas agentes governamentais estiveram aqui para vigiar a preparação. Fizeram testes especiais somente para você. Nunca vi tudo ser organizado em tão pouco tempo. Me pergunto: o quanto a senhorita vale?

- Gostaria de saber também. Não esperava essa atenção especial.

- Lhe desejo sorte Takami-sama.

- Só S/n, por favor...

- Como preferir

Abriu uma porta a nossa esquerda e me deu um sorriso entrei e ela disse que eu deveria esperar, o diretor queria falar comigo antes de tudo.

- Meu pai não deveria estar junto?

- Logo ele estará aqui também. Com licença.

Plus Ultra - Fanfic Bnha 2° temporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora