ALFONSO
12 ANOS ANTES
Não tinha ficado mais fácil.
Eu já devia ter esquecido a Diana depois de oito meses sem vê-la. Houve outras – talvez até demais, em uma tentativa de esquecê-la –, mas a minha atração por ela ainda estava ali, na primeira vez em que os nossos caminhos se cruzaram novamente.
Foi na festa de formatura do Jayce, na casa da minha tia e do meu tio. Eu estava tomando uma cerveja na sala quando ela entrou. Os nossos olhares se cruzaram, e juro que senti como se meu coração tivesse começado a bater pela primeira vez.
Merda. Ela é linda.
Eu a observei ir na direção do Jayce e da garota que ele estava namorando havia dois meses. Ela deu um abraço forte nele e disse algo que fez os três rirem, depois andou até o sofá e se sentou bem do meu lado. Sem virar a cabeça na minha direção, pegou a cerveja da minha mão e levou à própria boca.
Antes de beber, falou:
– Verdade ou desafio? Sorri.
– Verdade.
Depois de dar um golão na minha cerveja, ela me devolveu.
– Você apagou a minha foto quase pelada do seu celular, que te mandei um século atrás?
Virei a cabeça e esperei ela virar para mim para responder.
– Não.
Os olhos dela brilharam.
– Com que frequência você olha a foto?
– Mais verdade?
Ela assentiu.
– Todo santo dia.
Passamos a cerveja um para o outro.
– Está saindo com alguém? – ela perguntou.
– Tenho alguém com quem eu saio de vez em quando.
– Sair é código pra trepar?
Os cantos da minha boca franziram.
– Eu estava tentando ser um cavalheiro. E você? Está saindo com alguém? Ela repetiu minha resposta não comprometedora:
– Tenho alguém com quem eu saio de vez em quando.
Eu estava transando com outra, nunca mais tinha visto a Diana ou falado com ela naqueles oito meses – desde a noite da festa, da qual eu fui embora sabendo que era ela a menina por quem meu irmão estava louco. Ainda assim, tive vontade de arrancar a cabeça do cara sem nome com quem ela estava dormindo. É, o tempo não tinha tornado as coisas mais fáceis.
Levantei.
– Vou pegar outra cerveja. Quer uma pra você ou quer beber da minha pelo resto da noite?
Diana me lançou um sorriso travesso.
– Quero beber da sua pelo resto da noite, caso não seja um problema.
– Sem problemas.
Levei cinco minutos para organizar a minha cabeça antes de voltar para o sofá. Olhei para o meu irmão abraçado com a Emily. Parecia feliz. Ele ficou sonhando com a Diana mais seis meses depois da festa. Mas, agora que ele parecia ter superado e estar em outra, será que a proibição tinha acabado? Jayce não fazia ideia de que tinha acontecido algo entre mim e a Diana – e, verdade seja dita, mal houve algo. Mas será que seria certo sair com uma menina pela qual o seu irmão era louco, mesmo que o sentimento nunca tivesse sido recíproco? Eu não sabia se a minha bússola moral apontava na direção certa.
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Sex without love? - AyA
Fanfictiono amor vai chegar e quando o amor chegar o amor vai te abraçar o amor vai dizer o seu nome e você vai derreter só que às vezes o amor vai te machucar mas o amor nunca faz por mal o amor não faz jogo porque o amor sabe que a vida já é difícil o basta...