Estava andando nos corredores da escola com Liam. Contei pra ele sobre eu ser uma decoradora do baile.
— Sério? — Ele perguntou e parou por alguns segundos — Bom, então eu deveria virar um organizador. Só pra você não matar ninguém que não concorde com você.
Olhei pra ele e revirei os olhos.
— Ha Ha Ha — Ri de deboche.
Rimos por alguns segundos e então ele voltou a falar.
— Vai dar tudo certo — Deu um sorriso gentil — Vai ficar lindo.
Ele colocou a mão no meu ombro. Me senti grata pelo gesto.
Chegamos na aula de matemática e nos sentamos. A professora entrou, pegou a caneta e deu início no seu grande objetivo de vida de reescrever a bíblia no quadro.
(...)
As aulas do dia tinham acabado e estava indo para empresa dos meus pais hoje.
Enquanto eu andava na rua, tive a impressão de ser seguida. Olhei para trás repetidas vezes, mas nunca tinha ninguém.
Em mais um surto de paranóia, olhei para trás de novo, mas dessa vez vi um homem todo de preto atrás de mim. Ele percebeu que eu o vi e começou a andar mais rápido na minha direção.
Comecei a andar mais rápido também, o máximo que conseguia sem parecer estranho. Ele acelerou mais o passo até um ponto onde nós dois estávamos correndo.
Cheguei nas portas da empresa ofegante, entrei e olhei pelo vidro. O homem estava parado do outro lado da rua olhando fixamente para mim e para o grande prédio da empresa.
Ele foi embora e eu subi até o escritório do meu pai.
— Você está bem querida? — Meu pai perguntou ao me ver ofegante.
— Tô, eu... Vim andando... É isso.
Na verdade eu vim correndo.
— Deveria deixar o motorista te levar — Não tirou os olhos do computador.
— Eu gosto ir sozinha — Disse me sentando na cadeira à sua frente — O que você queria falar comigo?
— Sua festa — Ele finalmente olhou pra mim.
— Pai eu não...
— Sua festa de 18 anos vai ser ótima para os negócios. Sem contar que, você vai virar uma adulta. Merece uma festa pra você.
Pensei um pouco no assunto. Não queria aquela festa, mas se ela podia ajudar então tudo bem.
— Certo — Falei dando um suspiro pesado — Mas com uma condição.
Olhei pra ele e ele começou a rir.
— Claro querida. Qual?
— O melhor presente tem que vir de você.
Ele abriu um largo sorriso.
— Tudo bem.
Ele estendeu a mão para que eu apertar. Depois que apertamos as mãos ele disse:
— Um prazer fazer negócios com você, Srta. Roosevelt — Ele se sentou de novo.
— O prazer é todo meu Sr. Roosevelt.
Me despedi do meu pai e fui para casa andando. Estava com medo de escurecer mais, então tentei andar rápido. Mesmo andando rápido, parecia que minha casa nunca estava perto. Tinha um carro preto me seguindo. Memorizei a placa porque ele já tinha passado umas cinco vezes por mim.
Entrei em casa correndo. O carro que estava possivelmente me seguindo, acelerou e foi embora. Fiquei na janela da sala olhando o carro ir.
— A senhorita está bem? — A Sra. Smith perguntou.
— Aí que susto! Sim, eu estou — Falei me recuperando do susto que ela me deu.
Subi pro meu quarto, larguei minha mochila num canto qualquer e me joguei na cama. Quando deitei senti um papel embaixo de mim.
Peguei o papel e quando olhei era um pequeno envelope vermelho. Olhei confusa para o envelope e fui até a porta.
— Bridget!
Gritei a empregada e ouvi seus passos apressados escada acima.
Ela chegou ofegante e parou encostada com a mão na parede.— Senhorita? — Ela recuperou a postura.
— Alguém veio deixar algo aqui? Subiu ou te deu algo pra você colocar aqui? — Perguntei com o coração acelerando.
Primeiro a perseguição de hoje mais cedo e agora isso? Não sei se aguento.
— Não, senhorita. Por quê?
— Por nada — Dei um sorriso.
Era só isso senhorita? — Ela perguntou desconfiada
— Sim — Dei outro sorriso e fechei a porta.
Me sentei na cama e abri o envelope. Meu coração acelerou.
"Olhe pela janela"
Olhei para a janela nervosa e caminhei lentamente até ela. Minhas mão tremiam.
Cheguei na janela e observei. Tinha uma figura humana escondida nas sombras, provavelmente vestida de preto também. Apertei os olhos para ver melhor, ela ergueu o braço e...
Saltei pra longe da janela, caindo no chão durante o processo. E então ouvi um crash.
Tinha uma pedra enorme no chão do meu quarto junto com vários pedaços de vidro que antes constituíam minha janela.
Meu pé estava ardendo muito, então olhei pra baixo e vi que tinham alguns pedaços do vidro nele.
O que foi isso!?
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Butterflies | Damian Wayne
FanfictionAchei que as coisas ficariam bem em Gotham, mas eu não podia estar mais enganada. A cidade do crime seria algo novo para nós, e mesmo que não quisesse ir, apoiei a ideia dos meus pais em nos mudarmos para lá. Mas nada me preparava para o que estava...