No dia seguinte Liam também não foi, me deixando sozinha vagando que nem uma alma penada pela escola.
Durante a aula de matemática, tentei prestar atenção na professora, mas as coisa simplesmente não entravam na minha cabeça.
Nunca fui boa em matemática.
Não sei como nunca repeti de ano sem fazer recuperação.
Quando a aula acabou, eu estava praticamente correndo para fora da sala de aula, mas senti uma mão segurar meu cotovelo de forma suave, o que me fez parar. Me virei para ver quem era.
Era Damian.
— Podemos fazer o trabalho na minha casa — Ele falou com uma expressão neutra.
— Que trabalho? — Eu disse sem entender nada.
Ele me olhou com descrença.
— O trabalho em dupla que a professora de matemática passou — Seu tom fazia parecer óbvio.
Eu provavelmente não estava prestando atenção, porque não me lembrava do trabalho.
— Acho que eu não estava prestando atenção — Murmurei.
— Evidente.
Fiquei com raiva daquele comentário, mas não pude deixar de me sentir envergonhada também.
— E então? — Perguntou, me tirando dos meu pensamentos.
— O que?
— Minha casa. O trabalho — Revirou os olhos.
— Ah, claro. Hoje?
— Sim — Ele disse por fim e depois saiu pelo corredor.
(...)
Meu pai me deixou na frente dos portões da mansão. Eles eram de ferro e dava para ver um pouco da ferrugem neles. A casa era enorme, suas grandes portas de entrada davam um ar imponente, as janelas grandes com quadradinhos a faziam parecer uma casa de campo do século 19. Ela era antiga, mas conservava sua elegância enquanto também era misteriosa.
Cheguei na frente das grandes portas e toquei a campainha, dois minutos depois um homem abriu a porta.
— Srta. Roosevelt, eu presumo — Ele disse fazendo um gesto, indicando que eu entrasse. Seus cabelos eram grisalhos e usava um terno preto elegante.
Entrei na casa e olhei em volta. Assim como o lado de fora, a parte de dentro também era antiga, mas estava arrumada e limpa. Só depois de olhar tudo a minha volta me virei para ele e lembrei que não tinha dito nada.
Onde estava minha educação?
— Boa tarde.
O homem fez um gesto afirmativo com a cabeça.
— O mestre Damian está na biblioteca. Siga-me.
E assim eu fiz, deixando-o me levar até a biblioteca.
Uma biblioteca. O quão grande essa casa deve ser.
Paramos na frente de uma porta dupla.
— Ele está aí dentro — Foi a única coisa que ele disse antes de seguir pelo corredor.
Abri a porta apreensiva e lentamente.
— Não se acanhe — Pude ouvir sua voz do outro lado.
A biblioteca era grande, com estantes que iam até o teto cheias de livros e com uma mesa em uma das extremidades da sala.

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Butterflies | Damian Wayne
FanfictionAchei que as coisas ficariam bem em Gotham, mas eu não podia estar mais enganada. A cidade do crime seria algo novo para nós, e mesmo que não quisesse ir, apoiei a ideia dos meus pais em nos mudarmos para lá. Mas nada me preparava para o que estava...