Madeline
Acordei de manhã na minha cama. Não lembrava de ter voltado para casa. A última coisa de que me lembro era de ter deitado no banco da praça.
Se meus pais tivessem me encontrado ontem eu poderia dar adeus para minha vida hoje.
Levantei e tentei forçar minha mente a lembrar de alguma coisa, mas sem sucesso.
Tomei banho, vesti meu uniforme, escovei os dentes e desci para tomar café com a minha família.
— Bom dia — Meu pai disse sorrindo para mim.
— Bom dia, pai — Falei desconfiada.
— Dormiu bem, Querida?
Pelo visto ele não tinha me trazido para casa. Mas se não foi ele, quem foi?
— Sim papai, eu dormi bem — Dei um sorriso enorme.
Bom, eu terei tempo de sobra para pensar em uma resposta depois, agora, preciso ir para o colégio.
(...)
Estacionei na frente da contrução e sai do carro.
— E aí, Cabeça de Cenoura.
Me virei e vi Janet vindo na minha direção.
— Oi — Respondi secamente — E aquela coisa na sua cara? Você já está melhor?
Ela me olhou de um jeito que parecia que ia me assassinar. A garota me deu um esbarrão no ombro e continuou andando.
— Isso não foi muito gentil.
Ouvi a voz de Damian do meu lado de repente e me assustei.
Janet se virou, mas quando viu Damian seus olhos se arregalaram.
— D-Damian? — Ela gaguejou.
— Que tal desviar das pessoas na próxima? — Ele perguntou, apoiando o cotovelo no teto do meu carro.
Ela não disse nada, apenas revirou os olhos e saiu.
— Olha só quem fala, o garoto que quase me jogou no chão no primeiro dia de aula — Cruzei os braços e sorri.
— Não leva pro lado pessoal — Ele deu um sorriso divertido
Senti meu celular vibrar no bolso da saia. Eu ainda estava sorridente quando peguei, mas meu sorriso se desfez quando vi de quem era a mensagem.
Thomas.
Esse garoto não me esquece. Já não basta o que aconteceu ontem?
Suspirei e guardei o aparelho de volta no bolso.
— Não vai responder? — Damian perguntou desconfiado.
— Não, está tudo bem.
Sorri para ele. Um dos sorrisos mais falsos da minha vida.
— Thomas? — Ele olhava para o meu bolso.
— Como você...?
Meu novo sorriso falso também se desfez.
Daqui a pouco vou ficar sem sorrisos.
— No dia do seu aniversário, ele te mandou mensagem — Ele falou se encostando no carro.
— Verdade, eu tinha esquecido.
Não, eu não tinha. Mas eu preferia dizer que sim.
Parei para observar Damian por um momento. Ele parecia cansado. O filho de um playboy deve ter muitas atividades noturnas, não é mesmo?Eu o olhei de cima a baixo e ele não pareceu incomodado, só então me dei conta de que ele estava encostado no meu carro.
Segurei sua mão e o puxei, mas era o mesmo que tentar puxar uma parede.
— Vamos, desencoste do meu carro — Puxei mais um pouco.
Quando senti que meus esforços estavam dando resultados ele inverteu o jogo, me puxando contra si.
Fiquei observando aqueles olhos verdes, me encarando como se eu fosse diferente, como se nunca tivessem visto nada igual.
Foi então que senti algo no início da minha coxa. Olhei para baixo bem a tempo de ver Damian pondo a mão dentro do bolso que estava o celular.
Me afastei.
— A curiosidade matou o gato sabia? — Pus as mãos no quadril.
— Não se preocupe, esse gatão aqui ainda tem as sete vidas pra gastar — Ele deu um passo na minha direção — E quem disse que eu queria o celular?
Senti meu rosto esquentar.
— Eu nem lembrava que seu celular estava no bolso. Só queria esquentar minhas mão — Ele deu um sorriso de canto junto de outro passo.
— Mesmo assim, eu prefiro que você não ponha a mão no meu bolso.
— Então quer dizer que o resto está liberado? — Ele deu um sorriso malicioso.
— Guarde suas mãos para você, Wayne. Se não quiser ficar sem elas, é claro.
- Como quiser Srta. Roosevelt - Ele pôs as mãos no quadril, imitando meu gesto.
— Ótimo.
Dei as costas e caminhei na direção das portas da escola.
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Butterflies | Damian Wayne
FanfictionAchei que as coisas ficariam bem em Gotham, mas eu não podia estar mais enganada. A cidade do crime seria algo novo para nós, e mesmo que não quisesse ir, apoiei a ideia dos meus pais em nos mudarmos para lá. Mas nada me preparava para o que estava...