Capítulo 46: Sob a luz do luar

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Damian

Eu falhei.
Nós falhamos.
Só tínhamos um trabalho, e falhamos.

Nosso dever era protegê-los e fracassamos. Eugene Roosevelt morreu, Eleanor está arrasada e Madeline à beira de uma depressão. Eles tiveram sua vingança contra Eugene, mas eu duvido que parem por aí.

Eu não deixarei que machuquem Maddy. Nunca.

Não sei do que seria capaz se o fizessem.

Já faz quase uma semana, seis dias para ser mais preciso, que ele morreu e eles têm ficado quietos desde estão. A calmaria antes da tempestade. Tenho certeza de que estão apenas se planejando.

E agora que sei do que são capazes, vou colar nela que nem carrapato. Nunca me perdoaria se fizessem algo com ela.

Visto uma calça jeans, uma camisa preta, e uma jaqueta,saindo para vê-la. Ficar longe dela parece muito difícil ultimamente, e aquele tal de Thomas ainda está na cidade, não quero dar a ele a chance de encontrá-la.

(...)

Eu abro sua janela, encontrando-a deitada na cama encarando o teto. Seu rosto brilhava com as lágrimas e também conseguia ouvir seu choro baixinho.

Sentei-me no peitoril de sua janela, observando-a. Ela é tão bonita, tão inteligente, interessante e semanas atrás, também era cheia de vida.

Andei até ela e parei ao lado da cama.

— Maddy.

A ruiva virou o rosto para mim, seus olhos vermelhos e inchados, mas foi sua expressão fria e exausta que fez meu coração doer.

— Maddy — Repeti, enquanto me sentava ao seu lado — Está tudo bem, eu estou aqui.

Eu a abracei forte contra mim para tentar fazê-la se acalmar.

— Não, não vai — Ela soluçou, agarrando-se a mim com mais força — Ele se foi, e nunca mais vai voltar.

Ela enterrou o rosto no meu peito enquanto eu acariciava sua cabeça.

Tudo nela parecia triste. Seus cabelos pareciam mais opacos; os olhos, que mesmo escuros como a noite, brilhavam com vida há alguns dias.

Ela está péssima.

Uma ideia me veio à mente e eu tive que tentar.

— Vamos — Eu disse.

Levantei da cama e comecei a puxá-la pela mão.

— Vamos aonde?

— Dar um passeio.

— Mas eu não quero — Madeline protestou, tentando soltar-se de minha mão.

— Você precisa sair daqui, está muito pálida.

— E daí? Eu não tenho a menor intensão de sair daqui.

— Então vai ficar aqui para sempre, hein? Vivendo no escuro?

A ruiva parou de puxar, hesitando um pouco.

— Qual problema? Você vive no escuro — Ela sussurrou.

— Não — Eu dei um puxão, trazendo-a para os meus braços e enlaçando sua cintura — Eu trabalho no escuro, mas não vivo nele, meu amor.

Butterflies | Damian Wayne Onde histórias criam vida. Descubra agora