Estava sentada no chão em choque. Eu tentava me mexer, mas sem sucesso. Meu pé tinha parado de só arder e começou a doer também.
— O que houve!?
Bridget escancarou a porta do meu quarto, e ao ver a cena a cor de seu rosto tinha sumido.
— Alguém jogou uma pedra enorme na minha janela — Falei, indicando com os dedos trêmulos a pedra.
Ela foi em direção a janela, abriu e olhou, então tirou a cabeça e fechou a janela de novo.
— Não tem ninguém — Ela estava claramente brava — Deve ter fugido, covarde — Ela disse vindo na minha direção — Acha que consegue andar? Tenho um kit de primeiros socorros lá em baixo.
Assenti e ela me pegou pelo braço, me ajudando a levantar.
Tinha conseguido descer as escadas depois de muita dor. Bridget me deitou no sofá e foi pegar o kit de primeiros socorros enquanto eu me ajeitava.
Ela voltou com o kit, depois se sentou do lado do meu pé.
— Vou ter que tirar os cacos primeiro — Ela me lançou um olhar solidário.
— Vai doer, não vai? — Tirei força de algum lugar pra dizer isso.
— Não vou mentir pra você, Madeline.
E então ela tirou o primeiro caco.
Gritei com a dor latejante e comecei a respirar fundo.
E então ela tirou outro caco. Comecei a chorar enquanto o sangue escorria pelo pé.Ouvimos um click da porta e paramos para olhar. Meus pais passaram pela por ela.
— Meu deus! — Minha mãe deixou a bolsa cair e veio até mim — O que aconteceu!? — Ela estava entrando em desespero.
— Alguém atirou uma pedra na janela dela e alguns cacos entraram na perna.
Na perna? Achei que era só o pé.
Meu pai acabou de entrar e me viu deitada no sofá chorando naquele e estado veio correndo.
— Meu deus! Eu vou pegar uma água pra você — Foi em direção à cozinha.
Enquanto Bridget tirava os cacos de vidro, minha mãe segurava uma mão minha e eu a apertava bem forte.
Depois de muita dor, todos os cacos de vidro estavam fora de mim. Bridget limpou os machucados e fomos no médico.
(...)
— Os cacos fizeram um certo estrago, teve sorte de não precisar de pontos — O médico disse olhando minha perna — Vai mancar e sentir um dor horrível por uns dias.
Agradecemos a ele e saímos da sala. Meu pai estava fora da sala falando no telefone, quando nos viu, desligou o telefone.
— Vão consertar sua janela amanhã — Ele falou e em seguida passou os braços pelos meus ombros — E então?
— Tive sorte de não levar pontos, vou mancar e sentir dor por um tempo.
— O importante é que você está bem agora - Ele disse se separando de mim — Vai ter que dormir no quarto de hóspedes hoje.
— Tudo bem.
Enquanto estavamos no carro indo para casa, eu me perguntava quem poderia ter feito isso comigo. O porquê de fazerem isso comigo.
— Querida, você está bem? — Minha mãe perguntou olhando pra mim com preocupação.
— Sim, não se preocupe.
Sorri para ela. Eu queria precisar não me preocupar.
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Butterflies | Damian Wayne
FanfictionAchei que as coisas ficariam bem em Gotham, mas eu não podia estar mais enganada. A cidade do crime seria algo novo para nós, e mesmo que não quisesse ir, apoiei a ideia dos meus pais em nos mudarmos para lá. Mas nada me preparava para o que estava...