Capitulo 12: Finalmente! Um dia mais normal

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Durante a noite tive pesadelos com o que aconteceu no beco. Em alguns deles conseguiam me sequestrar, em outros eles me chutavam até meu corpo todo doer. Meu sono foi picotado. De manhã eu estava com sono e sem vontade nenhuma de ir à escola, fui me arrastando para o banheiro tomar banho.

Quando acabei, desci para tomar café da manhã, mas estava sem apetite nenhum.

— Você está bem? — Meu pai perguntou preocupado.

— Sim, só não consegui dormir direito — Respondi enquanto tomava um gole de café.

— Tem certeza que esta bem, filha?

— Tenho.

Terminei meu café, dei um beijo na bochecha do meu pai e saí.

Quando cheguei não vi o Liam em lugar nenhum. Fui direto pro seu armário, mas ele não estava lá.

Sozinha hoje.

Minha primeira aula do dia seria biologia e não estava nada animada para ter aula hoje. Para piorar, meu lugar ao lado do Damian.

Mas hoje ele não estava com sua expressão de sempre, ele me olhava como se estivesse preocupado e isso me deixava confusa.

— Vamos ficar para terminar o painel? — Perguntei quando me sentei.

— Não, eu terminei ele ontem — Ele se virou para frente. — Em casa.

Me senti aliviada por não precisar ficar depois da aula, isso significava que eu poderia sair mais cedo.

(...)


Depois das aulas, liguei para o meu pai e pedi para ele me buscar.

— O que deu em você hoje? — Ele perguntou sorrindo quando entrei no carro — Nunca me pede pra te buscar — Completou.

Lágrimas começaram a sair dos meus olhos e eu contei ao meu pai o que aconteceu na noite anterior. Ele ficou em choque quando acabei.

— Desculpe não ter te contado de manhã — Eu disse secando as lágrimas da minha bochecha — Não sei o que deu em mim.

— Tudo bem, mas conte se isso acontecer de novo.

Assenti e seguimos em silêncio.

— Seu aniversário é nessa sexta e eu já sei o que te dar — Ele sorriu gentilmente, satisfeito consigo mesmo, o que me deixou curiosa.

— O que seria? — Sorri de volta.

— E qual seria a graça se eu te contasse?

— Toda — Começamos a rir.

Cheguei em casa me sentindo mais leve por ter contado ao meu pai sobre a tentativa de sequestro. Me joguei na cama, fechando os olhos por alguns segundos. Até que senti meu celular vibrar do meu lado.

Vic

"Oieeeee"
  
"Oi"

"Como vai a vida, gata?"
 
"Normal, eu acho"


"Sofrendo muito com seu Damian?"

"N enche"

"Qual é"
"N pode ser tão ruim"

"Ele é Horrorosamente belo"

"Ok"
"Uma descrição inusitada"
"Posso te ligar?"

"Claro"

Meu celular tocou e eu atendi quase que no mesmo segundo.

— Oi maluca.

Era muito bom ouvir a voz da Vic depois de tanto tempo.

— Oi.

— Sua voz tá tão tristinha, o que houve?

Contei pra Vic tudo que aconteceu na noite anterior, ela fez silêncio do outro lado e depois disse:

— Ah, amiga, que horror — E ela realmente parecia apavorada — Eu sabia que Gotham era perigosa, mas você acabou de chegar, poxa!

— Eu sei Vic — Falei dando um suspiro — Mas o que eu posso fazer? A vida é assim.

— Mas não devia acontecer isso — Ela estava revoltada.

— Deixa para lá, Vic — Falei suspirando.

— Amiga, você... Estão me chamando, tchau gostosa — Ela falou e desligou.

Fui tomar banho e depois desci as escadas para jantar. Meus pais ainda não tinham chegado em casa, então jantei sozinha. Quando acabei, subi para escovar os dentes, me deitei na cama e simplesmente apaguei.

Butterflies | Damian Wayne Onde histórias criam vida. Descubra agora