Capítulo 45

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Só vamos dizer que os próximos dias não tiveram nada de especial. Com os meninos, continuou normal. Trabalhando e na zoeira claro. O aniversário do Hobi foi a poucos dias, nós celebramos claro. Eles me chamam para passeios frequentes, mas eles vem muito aqui para a minha casa.

Hoje eu tive que ir para o prédio da minha empresa matriz, o que é a mesma coisa que dizer muito trabalho. Eu tô tendo que pensar em várias coisas. Ha-jun vai se formar na faculdade mês que vem e temos que achar uma casa pra ele. Suki também vai se formar esse mês, então passa a maior parte do dia fora estudando para os exames finais. Bang PD já me falou para ir me preparando para assumir o cargo de chefia e vou viajar para o Gammy em março.

Enquanto estava no meu escritório recebi uma ligação da suki.

Ji-hye: Oi, Suki! Tudo bem?

Mi-suk: Oi, unnie... você pode vir aqui na escola?

Ji-hye: O que aconteceu Mi-suk?

Mi-suk: Eu explico aqui. A diretora pediu para chamar meu responsável.

Ji-hye: Estou indo. Se acontecer qualquer coisa me liga.

Desligo. Ela estava muito estranha, alguma coisa ruim aconteceu. Avisei minha secretária que estava de saída e fui em direção da escola.

Nos portões da escola.

Talvez essa roupa formal de escritório não seja a melhor coisa para o momento. Chama muita atenção, mas vai até ser bom. Vou impor mais respeito e superioridade.

Me guiam até a diretoria. Quando entro tem a diretora, duas meninas, que parecem ter saído de uma briga, com as suas mães ao lado delas e a Suki em um canto. Ela levanta na hora e a diretora logo em seguida.

A expressão dela não está nada boa. Ela me abraça e eu fico com um braço em volta dos ombros dela em proteção.

Ji-hye: Alguém pode me explicar o motivo de estarmos aqui?

Diretora: Tivemos uma situação de agressão física e tivemos que chamar os responsáveis.

Ji-hye: Agressão física? Como assim? Elas se envolveram em uma luta?

Mãe 1: Essa menina partiu para cima das nossas filhas!

Mãe 2: Sem motivo algum e olhe o estado delas! Essa garota deve ser punida!

Suki aperta as minhas roupas com os punhos.

As duas meninas estão descabeladas, mas não tem nenhum hematoma ou fratura no mínimo. Diferente da Suki, que está com o uniforme todo sujo e com hematomas nos braços.

Ji-hye: Sem motivo algum? Isso não é possível, Mi-suk foi ensinada a somente lutar em defesa pessoal e suas filhas estão somente com cabelo e maquiagem arruinados. Não tem machucados como a Mi-suk. E minha pergunta não foi direcionada a vocês e sim à diretora.

Diretora: Bom, quando os professores chegaram na situação só viram a Mi-suk batendo nas meninas. Depois elas falaram que ela as bateu sem motivo.

Ji-hye: E você não falou a sua versão?

Mi-suk: Estava esperando você chegar.

Ji-hye: Bom, pode falar.

Mi-suk: É mentira delas.

Como as outras na sala eu me surpreendo. Ela está falando em alemão. Ela só fala assim quando quer manter algo em sigilo, mas por que agora?

Ji-hye: O que é mentira?

Mi-suk: Eu estava tomando meus remédios e arrumando os foto cards assinados que você conseguiu para mim quando elas apareceram. Me empurram para fora da cadeira e jogaram meus remédios longe e rasgaram os cards dizendo que eram falsificados. Eu me levantei e ignorei, não queria começar uma briga. Me levantei e fui procurar os comprimidos, já que não tinha reserva. Elas me jogaram no chão e começaram a me bater. Eu consegui me levantar puxando no cabelo de uma delas e rividei tentando sair de lá. Foi aí que o professor chegou. Ele ficou do lado delas, já que são as populares riquinhas .

Ji-hye: Populares riquinhas? Por isso a história para o lado delas? Você pode comprar tudo que a família delas tem. Você não revelou isso aqui?

Mi-suk: Não. Queria der tratada como uma pessoa normal... pelo menos no último ano.

Ela trocou de escola no último ano letivo.

Ji-hye: Já tomou os seus remédios?

Mi-suk: Não. 

Ji-hye: Vá pegar no meu carro, está no estacionamento. Bem na entrada.

Mi-suk: Elas não vão deixar.

Ji-hye: Elas não tem que deixar nada.

Ela pega a chave e sai da sala de cabeça baixa.

Diretora: Qual o significado disso Senhorita Lee?

Ji-hye: Pelo o que vejo seus funcionários foram ignorantes e parciais. Não percebendo o cenário real da situação e sendo enviesados pelo estatus social dessas duas meninas. Elas que partiram para cima da minha irmã sem nenhum pretexto. Danificaram objetos pessoais e tiraram dela remédios importantes para sua saúde.

Mãe 1: Como ousa dizer isto! Saiba seu lugar criança! Quem pensa que é?

Ji-hye: Não vou dizer quem sou, mas posso lhe garantir uma coisa. Uma pessoa mais importante que você.

Diretora: Vamos nos acalmar. Senhorita Lee. Está se referindo aos remédios para os problemas cardiovasculares?

Ji-hye: Exatamente.

Menina 1: Isso é mentira!

Menina 2: Aquela maluca que nos atacou!

Ji-hye: Então se formos para o local do incidente não encontraremos remédios ou fotocards rasgados? Talvez devêssemos olhar as câmera diretora.

Diretora: Só fazemos isso em casos extremos.

Ji-hye: Privar uma aluga de algo que pode ser uma questão de vida ou morte não seria um caso extremo?

Todas ficam caladas me olhando. Ela suspira e digita no computador. As meninas ficam todas agoniadas

Ji-hye: E só para dizer que aquelas eram assinaturas reais.

Elas arregalam os olhos só dizendo que sabem do que estou falando. A diretora percebeu e balançou a cabeça em um pequeno movimento de não.

Diretora: Aqui temos as imagens.

Mostra exatamente o que a Suki falou. As meninas se encolheram e as mães estão sem reação.

Ji-hye: Então. Quem deve ser punida senhoras?

Elas ficam caladas olhando para baixo. Nesse momento a Suki entra.

Mi-suk: Ji-hye, as chaves.

Ela estende a mão com as chaves e olha para a sala, ficando surpresa com a situação.

A diretora fica em pé e vem até a nossa frente.

Diretora: Irei cuidar da punição adequada às ações cometidas. Peço perdão pela negligência da escola, isso nunca mais se repetirá.

Ji-hye: Assim espero.

Seguro a mão da Suki e ando até a porta e ainda estava aberta da entrada da Suki.

Menina 2: Com licença. Você por acaso seria Lee Ji-hye?

Eu não digo nada. Só olho na direção delas e sorrio de canto. Os rostos delas e das mães ficam pálidos. Sai fechando a porta. Andando pelos corredores falei

Ji-hye: Vamos tratar as suas feridas e depois eu consigo outras assinaturas para você.

Mi-suk: Você foi incrível lá dentro unnie. Em minutos você tomou conta da sala. Obrigada. E eu não preciso de assinaturas.

Ji-hye: Então que tal um show? Vou estar trabalhando em um show deles no dia do seu aniversário. Posso conseguir um ingresso quer?

Mi-suk: Sério? Claro que sim!

Ji-hye: Então se prepare para ir para Las Vegas.

Os olhos dela brilham com a notícia. Esses são os olhos que quero ver, não aqueles de quando cheguei. Eu sempre falo que vou proteger ela, mas na realidade não vou conseguir. E não posso, ela tem que passar por momentos difíceis para amadurecer. Só assim vai sobreviver nesse mundo.

Uma Mulher Especial - Fanfic BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora