Chapter (07)

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Atualização.

É isso.

Boa leitura!


💔

POV S/N.

As semanas foram passando e o dia de Ação De Graça chegou. A minha mãe e eu estávamos aqui em São Francisco.

Eu não poderia está me sentindo melhor. Eu estava em casa, com a minha família. Isso era renovador demais. Mas infelizmente eu teria que voltar no dia seguinte pra Los Angeles. Eu queria chorar só de lembrar disso.

Meu tio e eu estamos aqui no campo que a gente sempre ficava para termos um tempo só nosso. E também eu aproveitaria pra desabafar com ele.

– Você não está feliz lá, não é? – Meu tio me questionou.

– Nem um pouco. – Eu me sentei no banco. – Está difícil. E eu tenho que fingir que está tudo ok por causa da minha mãe.

– S/a, eu lamento tanto. Eu queria que você pudesse ter entrado em um dos colégios bons daqui. – Eu dei um suspiro pesado. Ninguém tinha culpa disso não acontecer.

– Tá tudo bem, Tio. Infelizmente não podemos ter tudo fácil. Eu só preciso de mais algum tempo pra me acostumar. – Ele ficou me olhando.

Nós dois sabemos que certamente eu demoraria anos e anos pra me acostumar naquele lugar. E eu não tinha tempo pra isso.

– E a sua jaqueta? – Eu revirei o olho com a pergunta. Ele sabia a resposta, mas queria me ouvir dizer.

– Não tenho nenhuma jaqueta.  Eu fui mais trouxa que o normal e perdi elas. – Ele deu risada. – Isso, da risada mesmo.

– Eu sei o quanto aquela jaqueta era importante pra você. Mas S/a, você não precisa mais dela pra ser forte.

– Preciso, tio. Sem ela eu sou... Fraca. – Eu senti vontade de chorar por lembrar que eu não tinha mais a minha jaqueta.

– Você não é. Você é forte com e sem ela. – Ele me abraçou e eu chorei um pouco. Eu precisava chorar, eu estava segurando isso há um tempo. Mas eu não podia fazer isso no colo da minha mãe. Ela ficaria mal com isso, e definitivamente não era o que eu queria. – Está melhor? – Eu assenti. – Agora me fala sobre a Hailee. – Eu sequei o meu rosto. – Ela não é muito patricinha?

– Ela é a líder delas. – Eu falei e ele deu uma pequena risada. – Não tenho o que falar dela. – Ele arqueou as duas sobrancelhas. – O quê?

– Não? Posso pontuar algumas coisas aqui. Você quer? – Eu revirei os olhos. – Você está afim dela? – Eu não respondi e ficamos longos segundos sem dizer nada.

– Eu não sei. Ela me confunde muito. – Eu peguei um pirulito que estava no bolso da minha blusa, abri ele e coloquei na boca.

– Em que exatamente? – Ele também pegou um pirulito pra ele.

– Tio, eu não posso detalhar, mas ela é tão quebrada quanto eu. – Ele me olhou sério e assentiu. – Eu... Ela é muito complicada. Tipo, quando só está ela e eu, ela é diferente, ela parece não ligar para o que ela fala, ela parece falar tudo. Mas quando estamos na frente das amigas dela, ela me humilha, me chama de pobre. – A cara dele era de total desaprovação.

– Você se ofende?

– Sobre ela me chamar de pobre ou bolsista, não. Até porque eu não tenho vergonha nenhuma disso. É a verdade. Mas as vezes ela tenta usar a falta de dinheiro pra dizer que ela pode me ferrar a qualquer momento. Ela sempre me ameaça dizendo que qualquer coisa ela vai fazer eu perder a minha bolsa e vai ferrar comigo. – Ele não parecia surpreso.

Reason Or Emotion (Hailee/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora