Chapter (41)

1.1K 123 21
                                    

Atualização.

Boa leitura!

🦋

POV S/N.

Uma coisa que eu descobri quando eu comecei a andar pelo mundo jornalístico, ainda em Los Angeles, é que muitos profissionais que é envolvido com o jornalismo, admirava o James como um Deus.

Todas as vezes que alguém elogiava ele, eu sentia vontade de falar para eles que aquele era o pior cara que existia no mundo.

Eu estava me segurando nesse exato momento para não dizer nada do que eu realmente queria dizer.

Infelizmente, o meu doador de esperma, era alguém muito respeitado no jornalismo do país. Ele era âncora e editor chefe do maior jornal que passava nacionalmente no horário nobre. E sempre ganhava prêmios pelo excelente trabalho.

Infelizmente jornalismo estava no meu sangue, mas felizmente até aqui, eu não tive o desprazer de ver ele enquanto exercia a minha profissão.

Certamente ele deve saber como anda a minha vida profissional, eu sinceramente espero muito que não. Mas do jeito que ele é intrometido, eu duvido muito que não saiba.

Eu não trabalho em locais simples. Infelizmente eu trabalhei em uma das maiores emissoras esportivas do mundo, e agora eu trabalho para o maior jornal do mundo. Não tinha como eu passar discreta nisso.

– Ele certamente fica mais alguns anos. Ele ainda tá novo, acho que pelo menos uns dez anos ele deve ficar como âncora. – Jenna, uma das minhas colegas comentou.

Eles estavam discutindo sobre se ele fica ou não como âncora.

– Por que vocês tão discutindo isso mesmo? – Eu perguntei já cansada de ouvir o nome dele. – Quer saber? Não me interessa. Deu o meu horário. Boa noite para vocês. – Eu peguei as minhas coisas e me levantei.

– O que deu em você? Toda vez que a gente fala do James Reed, você muda de humor. – Não era pra menos. – Sabia que a filha dele trabalha no New York Post?

– Eu só não gosto de ficar falando dele. E que bom pra ela. Espero que ela seja muito melhor que o pai dela. – Não era sobre jornalismo que eu estava falando, mas isso eles não precisavam saber. – Tchau. – Eu falei e caminhei até o elevador.

A minha vida mudou basicamente toda nos últimos anos. Eu era capaz de perdoar certas pessoas, mas eu jamais perdoaria ele.

Só eu sabia o que eu havia sofrido só por não ter a presença dele durante a minha infância, só eu sei o quanto doeu ser a garota sem pai.

A dor só aumentava com o meu crescimento. Com o meu crescimento, vinha as descobertas do que ele havia feito contra a minha mãe. A cada segundo eu me sentia uma pessoa indigna de ter nascido. Eu me sentia um estorvo para a minha mãe. E só por eu ter me sentido assim sendo tão nova, eu odeio ele e vou morrer odiando.

Como eu falei no meu pior momento, eu preferia morrer na miséria, do que ter algo vindo dele.

E qualquer menção sobre ele, por menor que fosse, me deixava irritada. Isso se tornou um pouquinho frequente desde que eu comecei a trabalhar aqui.

O elevador não demorou para chegar. Felizmente eu era a única dentro dele e ficou assim até o térreo.

Eu saí da caixa de metal e fui direto em direção da saída, desejei boa noite a todos que eu passei perto e saí do prédio.

Para eu pensar um pouco na vida, eu iria andando para o flat.

Minha terapeuta dizia que não era bom o sentimento que eu havia cultivado por ele. Mas eu não tinha como mudar isso.

Reason Or Emotion (Hailee/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora