Chapter (18)

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Atualização.

Boa leitura!

💔

POV S/N.

Eu queria muito ter o poder de apagar tudo o que aconteceu nos últimos cinco anos. Mas infelizmente eu não tinha.

As lembranças de tudo que me ocorreu, era tão dolorosa, que me dava raiva.

A raiva que eu sentia de tudo, era algo tão forte que me isolar era a forma mais fácil de não ser injusta com ninguém.

Tudo ainda me lembrava o passado. A droga da minha perna estava aqui a cada segundo que doía, me lembrando que eu perdi tudo o que me fazia feliz. Tudo o que me restava, era a amargura que estava me corroendo.

A cada segundo de dor, eu lembrava detalhadamente de tudo de ruim que me aconteceu como se tivesse acontecido a segundos atrás.

Queria poder se a pessoa que consegue passar por cima de uma dor e tentar lutar. Mas eu já tentei fazer isso tantas vezes, que a única coisa que me levantava, também foi tirada de mim.

Era pra minha recuperação ter sido mais rápida, já era pra eu ter deixado de usar muletas. Mas pra isso eu teria que ter feito a fisioterapia corretamente. Já se passaram uns quatro meses desde aquele dia.

Mas eu não fiz, e nem pretendia fazer. Eu estava basicamente vegetando aqui em casa. Tudo o que eu fosse fazer, tinha que pagar. E definitivamente não quero dar mais despesas a minha mãe.

Era pra eu está longe daqui e sendo uma filha mais prestativa. Mas não, eu não estava sendo nada além de um peso pra ela.

Novamente. Novamente eu estava dando trabalho desnecessário pra ela.

– Entra. – Eu falei quando bateram na porta. Era o Steven.

– Posso falar com você? – Eu meio que não tinha o que responder além de um sim já que ele era o dono da casa.

Após a minha cirurgia, minha mãe teve que colocar a nossa casa pra ser alugada. Nisso a gente se mudou para antiga casa do Steven. Eu me sinto cada vez pior.

Essa lesão tirou o bem mais precioso que a minha mãe já teve na vida. Foram anos de trabalho excessivo pra no final, ela correr risco de ficar sem a casa dela.

– Claro. – Ele entrou, fechou a porta. Pegou a cadeira botou perto da minha cama e se sentou. – Aconteceu alguma coisa? – Ele não era o tipo de cara que vinha no meu quarto conversar comigo. Ele só fazia isso quando queria conversar assunto sério.

– Sua mãe. Ela está bem triste e cansada. – Eu abaixei a minha cabeça. Eu sabia que a culpa era minha dela estar assim. Novamente pra variar. – Olha, eu não sou seu pai. Não criei você. E eu sei que não tenho direito nenhum de te cobrar alguma coisa como se você fosse minha filha. – Ele deu um sorriso bem sem graça. – Eu me sentiria honrado se eu fosse o seu pai também. Mas infelizmente pra mim eu não sou. Mas eu sou o marido da sua mãe. Sei que eu não posso e nem devo me intrometer na sua vida. Mas eu também não posso ficar calado vendo você se afundando em uma depressão profunda e sua mãe triste por estar presenciando isso. – Eu olhei pra ele. – Eu gosto de você como se você realmente fosse minha filha. A sua presença na minha vida, tem o mesmo significado que a O e o Aaron. Vocês três e sua mãe, são tudo o que eu tenho. E eu não quero te perder. Eu não quero também a minha esposa sofrendo porque a filha dela está triste. Eu sei que você perdeu o seu maior sonho quando ele já estava praticamente garantido que ele se tornaria real. – Só dele citar isso, eu senti mais vontade de chorar. – Quando a questão é você, sua mãe me deixa de fora. E eu basicamente fico de mãos atadas. Ela me pediu várias e várias vezes pra eu não me intrometer na sua vida. Primeiro porque ela fala que você era só responsabilidade dela, e segundo é porque você não gosta disso. Mas chegamos em um ponto que eu sinto que eu tenho que ao menos tentar ser uma pessoa útil pra você. Ser alguém além do marido da sua mãe. Ser algo como um amigo se assim você preferir. Não dá mais pra eu ficar calado enquanto você está caindo todos os dias.

Reason Or Emotion (Hailee/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora