Reason Or Emotion (Hailee/You)

Chapter (36)

Atualização.

Boa leitura!

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POV S/N.

Depois do desfile, Hailee teve que viajar para a Europa, e eu levei um banho de água fria porque eu achei que teria um tempo a mais com ela.

Infelizmente não aconteceu dessa forma, e nem deu pra nós duas conversarmos decentemente após o after.

A gente mantinha contato por mensagens e vez ou outra chamada de vídeo. E eu aproveitei que ela não estava em Nova York e vim para Los Angeles.

Eu precisava pegar uns papéis importante para eu voltar a estudar.

– Olha se não é a pessoa mais apaixonada desse mundo. – Eu ouvi a voz do meu tio vindo da porta do meu quarto.

– Oi, tio. – Eu me levantei para abraçar ele. – Eu não sabia que o senhor viria para Los Angeles. – Era uma surpresa muito boa.

Eu sentia muitas saudades dele.

– Nós estamos aqui para passar o final de semana com vocês. A Heidi está lá embaixo com a Carrie e o Miles já foi brincar com o Ron. – Então era o momento de nós dois colocar a conversa em dia. – Você está muito diferente. Está radiante, com um brilho diferente.

– Eu estou feliz. Apenas. – Nós dois nos sentamos na minha cama.

– Vai mesmo se mudar pra Nova York por conta de mulher, de novo? – Não era uma crítica, mas sim uma curiosidade.

– Sim e não. Assim como Madrid, Nova York será um recomeço. Lembra que eu dizia que não fazia mais sentido eu ficar em Madrid? – Ele assentiu. – Então, as coisas lá não tava mais me fazendo feliz. Certo que a maior culpada por isso foi eu mesma. E eu passei os últimos dois anos pensando e repensando no que eu queria. Então eu pensei, eu posso fazer uma pós em Jornalismo Investigativo. Mas eu não levei tão a sério isso. Então pensei mais um pouco. Mas aí aconteceu de eu reviver esse amor. E ela mora em Nova York e lá tem uma das melhores faculdades do mundo. Então irei estudar e ver no que vai dar o meu relacionamento com ela. – Como sempre eu fui honesta com o meu tio.

– A Hailee. Quem diria, né?

– O senhor diria, não? – Ele me conhecia tão bem. Então obviamente que ele saberia que isso aconteceria.

– Eu só achei que não era algo viável depois de tudo. Mas nunca achei que o que você sentia por ela havia se apagado. – Eu lutei pra absolutamente nada. – Você só preferiu se resguardar usando a raiva e tudo o que aconteceu como uma armadura. E também tentou viver uma outra vida. Uma vida que a gente sabia que não era a emocionante certamente, mas era racionalmente correta. – E ele tinha razão. – Você imagina como a sua vida estaria agora se ela não tivesse tentado uma última vez? – Eu tentava evitar pensar isso. Mas as vezes acontecia.

– Eu estaria casada com a Madison, trabalhando na ESPN e morando na casa que escolhemos juntas. Certamente adotaríamos algum cachorro, e eu estaria contente pela vida calma que eu teria escolhido em ter com a Madison. – O único cenário que isso não se encaixava se eu tivesse me casado, seria um relacionamento completamente infeliz.

– Você não iria ir embora, não é? – Eu neguei.

– Se não fosse a briga, eu tinha me casado, tio. Eu realmente tinha. – Eu respirei fundo. – Mas houve a briga, houve tudo aquilo e só depois de cair de tão alto novamente, eu pude enxergar melhor que eu iria fazer a Madison infeliz em algum momento. E por mais doloroso que foi, porque sim, foi doloroso, foi tão doloroso que nem a nossa amizade sobrou, foi melhor assim. Só fico triste porque eu sinto falta da nossa amizade, e me sinto culpada pela forma que eu fiz as coisas. Mas já é passado, um passado que eu faria de tudo pra mudar e as coisas acabarem de uma forma menos dolorosa.