Chapter forty eigth

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Ayla Sintori
Londres — Sexta feira;17:00

     Em um certo questionamento,muitos buscam perguntar, primeiramente, pelo bem estar do indivíduo,analisa em que nível se encontra o emocional,assim não deverá temer por prosseguir com qualquer tipo de dúvida a ser respondida.  No entanto, estando em uma posição tão complexa, optamos por mentir, afinal, é nítida aquela dúvida que o ser humano alimenta ao perceber a fragilidade de outras pessoas. Em muitos casos, é necessário se fingir de surdo e mudo, alguém que não demonstra fraqueza e, tão pouco, sentimentos.

      Sabia onde estava e conseguia descrever cada sentimento preso em meu corpo e estraçalhando meu coração; afinal,aquele sentimento de angústia e aflição não me  abandonavam um minuto sequer. Estava a poucas horas de retornar para Nova York, tão pouco tempo para ter a certeza de que não voltaria naquela cidade novamente, não veria aquele homem que me causava inúmeras sensações. E por mais hipócrita que seja, contraditório,aquilo estava me doendo como a primeira vez.

     […]

     Trevor estava no altar; trajando um terno ajustável a seu corpo,a gravata se destacando sobre a camisa social branca,o olhar radiante e feliz. Ele estava feliz,contente por estar se casando com a mulher que escolheu amar,escolheu para dividir os bons e piores momentos. Mesmo com tudo a sua volta,com cada acontecimento que poderia ter lhe feito seguir outro caminho,aquele homem estava ali, mostrando que valeu a pena a sua insistência. Eles eram maduros o bastante para esperarem,para se resolverem e no fim,ficarem juntos como sempre desejaram.

     Eu sei,cada centímetro do meu corpo grita a verdade; éramos irracionais, começamos por um momento de tensão sexual,algo carnal a ponto de se resumir somente em erotismo. Mas o tempo passou,os dias ganharam emoção a cada conversa e sorriso,a cada abraço e beijo,no entanto,estavam cegos para enxergar algo tão bonito, estávamos tão focados no que fazíamos e não fomos capazes de sentir o que era necessário.

    Me apaixonei primeiro,me deixei levar por algo desconhecido. Zayn estava inerte, acreditava somente no prazer que dava e recebia,como se fôssemos duas máquinas projetadas para uma única coisa; então, quando foi o momento de tomarmos uma decisão,foi impulsivo,algo aleatório. Não estávamos preparados para aquilo. Ele não se via amando alguém,assim como nunca conseguiria levar aquilo tudo sozinha.

     Zayn buscou por um de meus braços e o entrelaçou ao seu; era algo que Trevor exigiu,quis entrássemos junto a si, afinal, éramos seus melhores amigos. Meu corpo tencionou e minha respiração se prendeu por alguns segundos,pois em momento algum desde que desembarquei naquele aeroporto, tivemos uma aproximação tão grande. Não houveram conversas, tão pouco, toques como esses. Então, finalmente eliminei a dúvida que pairava em minha mente: Zayn ainda tinha poder sobre mim, mas não o bastante para me fazer quebrar uma promessa.

     Estive tão presa em meus pensamentos, focada em uma forma de me alto resolver mentalmente que ao menos percebi o tempo passando e a cerimônia ter início. E quando deixei os pensamentos de lado,pude finalmente admirar a beleza que Lili esbanjava e a forma como aquele vestido lhe caíra bem.

      Ouvi cada palavra e sermão do padre,senti meu corpo reagir a cada uma daquelas palavras e conselhos que tanto me ajudaria indiferente,eram os conselhos que precisava receber e não estava percebendo. E no momento em que ele questionou sobre os sentimentos um do outro,soube que me sentiria pressionada se estivesse ali,sendo a noiva.

      Mas,em devido momento,me perdi no olhar de Zayn. Ele me encarava com tanta emoção e carinho,com um olhar no qual jamais imaginei receber de si,mas algo não parecia certo: ele estava sofrendo por algo,estava ferido tão intensamente que,em uso metafórico,diria estar sangrando. Então,mesmo indo contra a tudo, apenas acenei para ele,como se pedisse para conversarmos logo depois,e ele concordou.

Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora