Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]

Chapter forty three

Zayn Richelie

       Há certas lições de Morais e ditados que ouvimos ao decorrer da vida, ensinamentos esses que não damos atenção até realmente está acontecendo conosco. E agora, olhando para o rumo que minha vida está seguindo,a forma como tudo parece estar desmoronando diante meus olhos, já não sei o que fazer e consigo sentir o gosto do arrependimento em meu paladar. Em teoria,posso dizer ser amargo e cítrico ao mesmo tempo,uma sensação que ao menos imaginei ter de sentir e conviver com ela, afinal,sempre tomei os devidos cuidados para não envolver o tolo do meu coração e meus sentimentos. No entanto, passando por tudo Isso e sabendo que não será fácil de se superar,sei que jamais irei me arrepender de ter permitido aquela garota entrar em minha vida,mesmo me arrependo por não ter deixado com que ficasse e não fosse embora.

     Meu corpo parecia pesar uma tonelada,a tensão espelhada por todos os meus músculos era algo surreal e consequência de coisas que venho fazendo ao cair de cada noite. Sentindo os indícios da ressaca, causada por uma bebedeira desenfreada, forcei-me a jogar aqueles cobertores para o lado e me levantar daquele cama,o que me fez gemer em frustração ao sentir o choque térmico em meu corpo. Em passos arrastados evidenciando todo o meu ânimo pela manhã,segui para meu banheiro e pude encarar meu reflexo naquele espelho; era como se pudesse enxergar minha alma,como se diante meus olhos,estivesse um ser qualquer e inconsequente, alguém tão idiota a ponto de perder uma das poucas pessoas que desejou ficar.

     E, porra! Essa merda arde feito um medicamento na ferida,como uma brasa ardente sendo segura com tamanha proteção e seguridade. Minha mente não me permiti esquecer, aqueles flashes estão sempre me atormentando a cada tic tac do relógio, invadem meu consciente a medida que a bebida começa a acalentar cada centímetro de meu corpo exausto pelo rotina que me submeti a ter. A culpa era e continue sendo inteiramente minha,as minhas ações gerarem essa consequência. No entanto,me pergunto o porque de não poder deixá-la viver,o porque de sempre tentar um contato com Ayla. Agora, após sentir na pele o que muitos descrevem,sei que amar,as vezes é permitir a ida daquela pessoa, é permitir que ela se aventure expandindo seus horizontes e vivenciando novas experiências com um outro alguém. Então,mesmo que não saiba como,quero que ela deixe de fazer parte da minha vida.

    Trajando roupas confortáveis para mais um dia preso dentro desse apartamento,segui para a cozinha, somente não esperava encontrar meu melhor amigo. Trevor era o único a se importar comigo, alguém que jamais sairia do meu lado,mesmo desaprovando a tantas besteiras que tenha feito nesse curto período de tempo. Ele ficou,apesar de ter me odiado ao descobrir como a última conversa com Ayla aconteceu, permaneceu sob todos os conflitos internos em ambas as mentes. De fato,ele sempre seria o meu melhor amigo.

     — Você bebeu. Fumou não sei quantas,e ligou para ela! — a exclamativa amarga saindo de sua boca,fez com que a rigidez em meu corpo voltasse.

     Não disse nada,pois não havia palavras a serem ditas nesse momento e perante essa conversa que tanto tivemos. Então, desejando ignorar tudo isso, apenas refiz meus passos e segui para a varanda da sala de estar. Queria poder assimilar tudo que tenho feito durante esses meses,poder ter controle de meus atos e decretar ao meu coração e mente,poder dizer que ela, Ayla Sintori, precisava seguir sua vida sem interferência minha. Mas,apesar dos erros serem meus,se torna complicado tudo isso, difícil aceitar e entender que nem tudo se pode ser concertado.

     — Você escolheu isso, Zayn! Você a mandou embora,decidiu que não saberia lhe amar como ela gostaria. Assumi que errou e deixa a garota construir a própria vida,a deixe se reerguer sem sua imagem lhe assombrando. — e as palavras se repetem,a mesma lição de moral foi verbalizada. No entanto,minha reação não fora a mesma.