Zayn Richiellie
(22:00 da noite - Quarta feira)Me mantendo sentado no capô de meu carro enquanto terminava meu cigarro,mantinha meu olhar na multidão e na entrada daquela rua, pois era impossível conter a esperança de que a morena aparecesse aqui. Não sei o que ela tem e muito menos a merda que fez para me deixar fixado,mas essa garota tem algo que me chamou a atenção,algo que sei ser diferente dessa muitas piranhas que entraram em minha vida,ela era diferente,porém não sabia se era bom ou ruim. Ela parece ser marrenta,sua forma de agir me fez deduzir,parece ser uma garota problemática,mas que se esconde por trás de atos de boa samaritana,mas que estava se atormentando para dar as caras. Algo a prende a essas ações de " boa garota",algo lhe faz pensar duas vezes em se mostrar por completo.
- Tá esperando a princesa chegar?- olhando para Travor ao meu lado,reviro os olhos jogando o restante de cigarro no chão.
— Essa garota tem algo diferente! - Voltando meu olhar para a entrada,a vejo entra vestindo um conjunto moletom completamente preto.
—Cuidado para não se apaixonar...- rindo junto a ele,mantenho meu olhar fixo na garota.
—Quero ela na minha cama,de preferência gemendo meu nome.
Se aproximando ainda apoiada com suas moletas,Ayla demonstrava um olhar perdido,mas que exibia um brilho diferente do que pode enxergar no primeiro dia que a vi observando cada ação dos corredores.
—Pensei que não viria,princesa! - se levantando do capô de meu carro, Travor se aproxima dela passando seu braço ao redor de seu ombro.
—Já tentou pular uma janela com um perna quebrada? É difícil pra caralho! - deixando um sorriso se formar em seus lábios,Ayla se afasta do toque de Travor.
— E porque não saiu pela porta como uma pessoa normal? Seus pais não sabem que está aqui? - demonstrando se encomodar com a pergunta de Travor,Ayla desvia seu olhar para qualquer lugar, exceto nós dois.
—Não moro com eles! Meus pais morreram - suspirando,pude ver seus olhos tomarem uma tonalidade avermelhada.
— Sinto muito,princesa!
Apenas assentindo,Ayla retorna seu olhar em nossa direção, certamente afastando as lembranças de sua perda. Não sei como é essa dor e gostaria de não a senti-la,pois tenho meus pais,ambos moram em outra cidade mais sempre os visito,imaginar um dia lhes perder, é o mesmo que tirarem uma parte de minha vida. Tenho uma relação melhor com minha mãe,pois mesmo sabendo o que faço da minha vida,ela sempre esteve ao meu lado se demonstrando a disponibilidade para qualquer problema que houver,mas meu pai,nunca apoiou e muito menos aceita,mas isso não impedi de nos mantermos unidos.
— Vou anunciar o início da corrida, meus súditos! - se afastando enquanto ria,Travor olha para mim piscando um olho.
— Belo carro! - ouvindo a voz calma de Ayla,retorno meu olhar para ela a encontrando admirando meu carro.
— Valeu! Por que age assim? - arqueando a sobrancelha em sinal de dúvida,Ayla direciona seu olhar até mim.
— Não entendi sua pergunta!
— Entendeu sim! - exclamo certo do que dizia - sei quando uma pessoas está se encobrindo por trás de uma máscara,sei quando alguém mente para se sentir bem,mas no seu caso, você está sendo atormentando por agir desta maneira. Qual o motivo de se encobrir?
Demostrando estar surpresa com minhas palavras,Ayla sorri debochada sem consegui sustentar meu olhar sobre o seu. Conhecendo muito bem uma pessoa como ela ,sabia que estava atrás de uma forma de mentir,uma forma de esconder o verdadeiro motivo de suas ações.
— Você não me conhece e não sabe nada sobre minha vida! Porque diria algo a você? - demostrando superioridade,Ayla sustenta seu olhar mais uma vez.
— Americana,dever ter entre 17 e 18 anos,vivia em Nova York,Manhattan. Perdeu os pais,provavelmente,em um acidente de carro. Atualmente está morando com os avós que resolveu ajudar a neta para que não fosse para um internado...- a deixando surpresa com minhas pequenas descobertas sobre ela,deixo um sorriso sarcástico surgir.
— Mesmo que tenha me surpreendido com suas descobertas, não me é muita coisa pois parte delas,lhe disse naquela lanchonete...- sorri sarcástica.
— Posso descobrir o que quiser sobre você,Ayla Sintori! Já você, saberia somente o básico de mim e o que achasse que lhe convém descobrir!
Sorrindo abertamente,Ayla se aproxima mantendo um distância considerável. Seus olhos demonstravam sarcasmo e um toque de superioridade,porém era perceptível que ela não gostava de desafiar ninguém,a menos que essa pessoa mereça e que esteja disposta a perder,o que me fazia crer que Ayla era uma boa jogadora.
— Posso não saber nada sobre você, afinal,o que interessa é o presente, não o passado e o que a pessoa pode me dar. Mas de uma coisa sei bem que você quer...- cruzando meus braços sobre o peito,Ayla se aproxima mais uma vez ficando entre minhas pernas.
— E o que você acha que quero, Sintori?
— Pelos seus olhos e a forma que me observa,diria que me quer em sua cama e de preferência gemendo seu nome...- demostrando malícia em suas palavras, Ayla toca em um de minhas pernas subindo suas mãos.
— Fico feliz que saiba de meus interesses...
— Se me ajudar,me ensinar tudo que sabe,te dou a chance de uma noite comigo. Só não pode se apaixonar - sorrindo de forma sedutora,Ayla morde o lábio inferior mantendo uma aproximação mínima entre mim e ela.
— Depois que tudo isso terminar, será você na minha cama,gemendo meu nome enquanto fodo sua boceta, Gatinha!
Vendo o quão vermelha Ayla havia ficado ao ouvir minhas palavras,toco em seus cabelos soltos os jogando para o lado deixando um chupão sendo seguido de um beijo.
— Quem irá implorar por uma segunda foda,será você! Não existe boceta no mundo que me faça implorar...
Vendo o quão aérea Ayla havia ficado com minhas palavras,me levanto afastando-me dela. Despertando de seus pensamentos, Ayla apenas se vira e sai em direção aquela multidão de torcedores. Entrando em meu carro,o ligo me dirigindo para a linha de largada. Com um sorriso nos lábios por saber que em pouco tempo,Ayla estaria em minha cama gemendo meu nome,me preparo para o início da corrida...
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Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]
Fiksi Remaja17 anos de pura sabedoria e marra,mas sempre mantendo a pose de "boa menina" que seus avós acreditam que ela seja. Órfã de pai e mãe,Ayla Sintori passou a viver com os avós paternos,tendo que se mudar de cidade deixando tudo para trás,a garota d...