Ayla Sinto
( 08:00 da manhã, quarta feira)As regras do jogo são claras para qualquer jogador novato, você deve ser um amador quando necessário e um veterano sempre que lhe convém. Você não pode dizer que domina tal coisa,jamais deverá dizer saber todas as respostas de uma prova,pois a única certeza que o ser humano deveria ter é que, quanto mais dizermos saber de algo,menos compreendemos do assunto. Roda gigante é pouco para caracterizar o mundo em que vivemos, estar em cima no pódio não lhe faz melhor que ninguém,mas cerca de oitenta porcento acreditam poder dominar o mundo. Uns chamam de ego,eu chamo de burrice múltipla.
Tenho conhecimento de tudo que fiz e faço da minha vida,apenas desconheço o futuro e o que ele me reserva. Não sou alguém que teme o que estar por vir, apenas me tornei alguém que se limita em soluções nas quais eram óbvias. Eu sentia todos os dias,era o mesmo sentimento de estar sendo asfixiada,a dor estava presente em cada centímetro de meu corpo e coração,minha era a merda de um aterro de problemas nos quais não faziam sentindo,era a porra de uma garota afogada em um situação na qual jamais desejei viver. Sempre foi confuso,nunca fizera sentindo pelo simples fato de sempre ter tido tudo,sempre ter sentir o amor e carinho de meus pais. Ter tudo era o mesmo que não ter nada, então,quanto enxerguei a realidade batendo em minha porta,pude finalmente entender que jamais poderia me sentir completa, pois eles não eram o suficiente,tudo que estava fazendo era o bastante para preencher o vazio dentro de mim. O mundo era e continua sendo insuficiente.
Talvez se buscasse um objetivo,se tentasse sintonizar minha vida em um possível sonho,tudo fizesse mais sentindo a cada vez que para pensar até onde conseguirei ir,talvez se tivesse um plano futuro algo realmente fizesse sentindo. Mas não,tinha a minha resposta a cada dúvida em busca de um momento de tranquilidade,tinha a minha resposta sempre que tentasse estabelecer uma meta para daqui uma semana,meses ou até mesmo meses. Um quebra cabeça não se monta com peças aleatórias.
Observava aqueles inúmeros alunos adentrando o prédio,tentava compreender quais seriam seus objetivos para o final de tudo isso,tentava enxergar e motivação em seus olhares preguiçosos e apagados. Estava claro que metade dessas pessoas apenas estão aqui por se sentirem obrigados, estão aqui para terem uma vida rotineira planejada por suas famílias. Diferentes deles,nunca me obriguei a nada,porém sempre quis agradar aqueles que já não viviam ao meu lado,sempre quis ser o orgulho das duas pessoas que mais me amaram nesse mundo. Talvez,se ambos estivesse aqui, tudo poderia ser diferente.— Sabe que se você não atravessar esses portões, estará matando aula, não é?
Me despertando de meus pensamentos que prometiam me matar algum dia, virei-me em sua direção e o encontro me observando com um olhar diferente do rotineiro,era como se estivesse tentando me fazer pensar seriamente em manter as rédeas em ativa,como se desejasse o melhor para mim e minhas escolhas.
Em um suspiro profundo e exaustivo por muito pensar naquela manhã, apenas ignorei os olhares dos poucos alunos que observavam minha interação com aquele homem e caminhei para o lado do carona e adentrei. Mesmo sem me questionar,sabia que Zayn estava repreendendo meu ato,porém ele não disse nada, apenas ligou seu carro novamente e saiu seguindo pela rua.— Sabe que irão comunicar seus avós e, não sabe? — relatou mantendo apenas uma mão no voltando e com o olhar na pista.
— Acredite, não fará nenhuma diferença para eles. — murmurei mantendo meu olhar para a vista ao meu lado.
Estava cansada de ter que me submeter a seguir regras nas quais nunca fizeram parte da minha vida,porém havia feito uma promessa para eles,havia jurado mudar em prol do orgulho que meus sempre sentiam,pelo menos antes de meu pai ficar ciente de como estava vivendo às escondidas.
— Você age como se não sentisse a importância que tudo isso terá,como se não pensasse nas consequências de seus atos. Uma rebelde sem lei! — com um ar sarcástico, Zayn sorriu forçado.
— Nunca planejei nada,sempre vivi um dia após o outro — expliquei.
Às vezes queria era como as outras pessoas; pensar em um futuro,ter ambições,almejar algo e pensar em como deveria ser se sentir feliz e cercada de pessoas que possam me amar e merecer meu carinho. Mas quando me lembro o quanto tudo isso pode se tornar doloroso com uma única falha,sei que tenho a sorte de gênero a índole humana,sorte em não poder confiar em uma pessoa. Os sorrisos,as palavras cheias de sentimentos e o carinho que muitos expressão podem ser falsos e com um propósito cruel. A incerteza e desconfiança sempre estiveram comigo. Confiar pode ser sua entrada para o interno e amar será sua condenação ao sofrimento eterno.
Em curto tempo silencioso, Zayn parou seu carro justamente no lugar onde tivemos nossa primeira conversa sobre minha personalidade e minha vida. Saindo de seu carro deixando minha mochila no banco, caminhei para próxima a construção na qual descrevi com tamanha previsão e me sentei de costas para ela puxando minhas pernas para junto a meu corpo. Apoiando minha cabeça naquela parede marcada pelo tempo,fixei meu olhar a tudo o que pudesse surgir diante meus olhos,e um tempo depois - diria que minutos - Zayn se sentou ao meu lado.— Afastado da cidade e qualquer pessoa,esse lugar sentir o excelente para se espairecer a mente — murmurou também encarando o horizonte.
— Pelo que pude perceber, você não é o tipo de pessoa que gosta de companhias. O silêncio é seu melhor amigo — em certo divertimento, comentei atenta a sua próxima reação.
— O terrível caso de o sujo falando do mal lavado — riu — você é a primeira que faz uma certa avaliação em mim,irei tomar cuidado!
Apesar de termos começado com o pé esquerdo,Zayn era o tipo de pessoa que lhe faz sentir bem,lhe permite um momento de desabafo e em momento algum pensa em criticar espelhar para meio mundo. Era um bom ouvinte.
— Acredite, não lhe julguei em momento algum. Apenas gosto de ter uma noção sobre a personalidade de alguém que estou conhecendo — me limitei na explicação que o deixou surpreso.
— Não me importo com os julgamentos das pessoas, Ayla. Se você fizesse isso,seria mais uma entre milhares — murmurou sem nenhuma expressão.
— Como é a sua vida? — questionei curiosa, pois suas palavras me intrigaram.
Depositando seu olhar em mim,Zayn apoiou seu braço sobre um de seus joelhos juntos a seus corpo e segurou em um pingente dourado que esteve em seu cordão,um que não havia observado com frequência mas que sempre o via com ele,deveria ser muito importante.
— Acho que este meio óbvio,mas não vejo problema em lhe dar uma resposta completa — indagou fazendo-me rir de leve — em um resumo curto e rápido: sou um filho que os pais não apoiaram desde,a família odeia e não me importo com isso; vivo de acordo com o que acredito e protejo aqueles que possuem um certa importância em minha vida. Essa é a minha vida,viver sem me importar com as opiniões E acusações alheias.
Mesmo que sua resposta tenha sido aberta e um tanto vaga,compreendia exatamente o que havia dito e enxerguei exatamente o ele tentou dizer vagamente. Nada ali me surpreendeu,assim como não me surpreende o fato dele ter um conhecimento sobre muitas coisas sobre mim,pois somente com seu olhar,tinha a certeza de que ele havia buscado informações. Mas me surpreendia saber que ele sabia pouco, não tudo.
Sem revisão!
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Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]
Novela Juvenil17 anos de pura sabedoria e marra,mas sempre mantendo a pose de "boa menina" que seus avós acreditam que ela seja. Órfã de pai e mãe,Ayla Sintori passou a viver com os avós paternos,tendo que se mudar de cidade deixando tudo para trás,a garota d...