Charpter seventeen

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Ayla Sintori
( 13:30 da tarde, terça feira)

   
 

  O silêncio naquele vestiário transmitia tranquilidade para minha mente,a ausência de pessoas que me olhavam se forma curiosa e questionadora trazia-me uma sensação de liberdade de expressão,pois poderia ser realmente um terço da garota que vivia em outra cidade e em outro país. Somente uma única coisa impossibilitava de cada centímetro de meu corpo estar livre para se readaptar as coisas que podem acontecer durante o passar do tempo, somente a presença de uma pessoa impossibilitava esse acontecimento. O corpo de Zayn contra o meu, causava-me uma sensação de aconchego,um sentimento de paz,algo que sentia apenas com meus pais, suas mãos me puxando para um abraço causava uma sensação de solidariedade perante a minha dor,mesmo que tenha sido a mais de um mês atrás essa sentimento sufocante de perda estava presente em cada segundo do meu dia. O homem que me abraçava compartilha da mesma dor,ele também perdeu alguém que muito amou e que faria de tudo para ter a chance de trazê-la de volta,assim como faria em relação a meus pais.
   Sentindo uma de suas mãos descerem por minha cintura, suspiro profundamente sentindo uma ardência a cada centímetro de minha pele,uma ardência psicológica que começava a mexer com meu subconsciente resultando em reações surgindo em meu corpo. Seus dedos afundaram contra minha carne fazendo com que arfasse em seu ouvido,seus lábios fizeram uma trilha de meu rosto para o pescoço,sua mão vaga ergueu minha perna direita e a prendeu contra sua cintura fazendo-me ter contato imediato com sua ereção por trás de sua calça. Zayn queria se controlar e aguardar até que nosso acordo tivesse sido concluído,porém seus atos e olhares não lhe permitiam pensar em algo tão demorado,algo que poderia acontecer agora e se repetir novamente ao fim do nosso acordo.

    — Acha mesmo que ela vai transar com ele? Te pago quinhentas libras se ele comer ela nesse vestiário.

    Ouvindo a voz dos outros alunos dessa academia,me afasto de Zayn o empurrando para longe. Podia sentir seu olhar sobre mim,conseguia sentir o quão intrigado estaria pois também ficaria assim. Não via problema algum em transar com esse homem a minha frente, não me importava com o que poderia vir a acontecer e qual seria sua reação ao vestirmos as roupas, apenas não faria isso aqui. Vestindo minhas roupas compostas por uma calça preta e blusa da mesma cor, guardando meus pertences em minha mochila,ergo meu olhar para Zayn que ainda me encarava, então,apenas peguei meus pertences e segurei em sua mão o puxando para fora daquele vestiário. Encontrando os seres doentes que faziam os comentários escrotos,sorri maliciosa como se dissesse ter transado com o moreno tatuado que riu parecendo entender meu objetivo.

    — Tomem cuidado, fizemos uma pequena bagunça — digo divertida os deixando incrédulos e com cara de nojo.

    Seguindo para a saída daquela academia ainda com minhas mãos entrelaçadas as de Zayn, não controlei o riso divertido e a sensação de estar conseguindo me adaptar a um lugar desconhecido por mim. Apesar de estar nessa cidade a certo tempo, não houve muitas coisas que poderiam me fazer enxergar-me tendo uma vida inteira nesse lugar. Amava nova York e pretendia voltar a morar por lá,pois além de ter sido minha casa por dezessete anos,meus amigos e minhas história estavam naquela cidade. Precisaria completar meus estudos e minha maior idade,assim poderia me ver livre de meus avós,poderia arquitetar meus próprios passos.
    Sentindo a brisa fria bater contra meu rosto e meus cabelos,me perguntava quanto tempo havia ficado dentro daquele local e naquele vestiário,pois não me lembrava de estar tão frio como agora. Por um momento, lembrei-me das muitas vezes que minha mãe pegava minha mochila e colocava um casaco e uma lanche dentro,mesmo que a previsão mostrasse fazer calor ela jamais esquecia de seu hábito carinhoso. Lembrei-me de como meu pai dizia que,jamais se duvida das palavras de uma mãe,jamais desafia a sabedoria delas,pois o dia pode amanhecer ensolarada mas se elas disserem que irá chover, acredite, pois irá. Era surreal a harmonia que meus pais tinham,o amor que sentiam um pelo outro. Eles se amavam verdadeiramente e dividia esse sentimento comigo.

    — Sintori? — a voz rouca e extremamente atraente de Zayn,chama por meu sobrenome fazendo-me despertar de meus devaneios.

     — O que acha de comermos alguma coisa? Estou faminta!

    Com um sorriso diferente de todos que o moreno tatuado exibiu em minha presença,o daquele momento ficaria gravado em minha memória,pois era inexplicável e parecia verdadeiro. Sem malícia,desejo ou segundas intenções,era apenas um sorriso gentil e afirmativo.

    — A quanto tempo você não come? — Zayn zombou,porém havia um fundo de verdade em seu questionamento.

    A quase quatro dias,pois mesmo que pegue algo na cozinha daquela casa,ou diga que jantarei em meu quarto, sempre descarto os alimentos,seja no lixo ou até mesmo na privada. Pode parecer irracional,porém não há nada que me faça comer sem meu estômago desejar, não me alimento sem estar faminta,como é o caso de agora. Meus avós não me cobram uma alimentação, então não é difícil esconder esse pequeno distúrbio alimentar. Não sou doente, apenas não sinto fome com tamanha frequência.

    — Para! Até parece que estou desesperada para comer — desvio da resposta — o que acha de me mostrar a cidade? Não conheço nada além do colégio,casa dos meus avós e a lanchonete que sempre frequento.

     — Você está cheia de pedidos hoje, o que vou ganhar em troca? — se aproximando tocando em meu rosto com uma de suas mãos, Zayn demonstrou interesse.

     O empurrando em direção a parede da fachada da academia,colei meu corpo ao seu, sorrindo aproximando meus lábios enquanto mantinha meu olhar preso aos seus. Com sua outra mão em minha cintura, Zayn deixou um aperto naquela região e deixou um selinho em meus lábios.

    — O que você quer? Aproveita que estou sentindo gentil — sussurro prendendo seu lábio inferior com meus dentes e o soltando em seguida.

     Com um olhar malicioso,o moreno tatuado subiu sua mão em minha cintura por baixo de minha blusa e acariciou um dos meus seios sobre a peça íntima enquanto lhe devolvi um sorriso no qual ele entendeu muito bem. Era locura tudo aquilo,mas queria poder me divertir com ele,queria poder sentir as mesmas sensações que tive em nova York. Zayn era minha porta de entrada para a semelhança de meses atrás. Não quebraria a minha promessa,porém não me prenderia ao martírio.

    — Apesar de querer comer essa sua boceta,temos um acordo com esse propósito. Mas agora,em troca de te apresentar essa cidade,quero essa sua boquinha gostosa no meu pau — cafajeste! Foi esse sorriso que surgiu em seus lábios avermelhados.

    — Justo! Te deixei de pau duro, é o mínimo que pode me pedir — concordo o fazendo me olhar incrédulo.

    — Caralho! Você é maluca — Zayn riu.

    Certamente ele não acreditava em minha aceitação em seu pedido. Fiz muitas loucuras nessa minha vida e com pouca idade, então de certa forma,aceitar a pagar um boquete para o homem a minha frente e com uma das mãos dentro da minha blusa e apertando meus seios, não seria nada de mais. Sentindo um olhar sobre nós,pude ver uma mulher mais velha, já de idade,nos observando incrédula,o que me fez sentir minhas bochechas arderem.

    — Inacreditável! Sintori, você aceita me pagar um boquete e fica vermelha pelo olhar de uma senhora de idade? — Zayn debocha em uma gargalhada.

    — Qual é! A velhinha me intimidou! — justifico encarando seus olhos novamente.

    —  Essas jovens de hoje em dia! Depois não sabem porque engravidam e ficam mal faladas.

   Ouvindo o comentário da idosa,franzi o cenho prestes para rebater as acusações,certo que não sou motivo de admiração,mas também não sou largada como essa velha insinuou, porém o moreno não permitiu meu ato.

    — E a senhora devia lavar suas calcinhas e apreender trocar a própria frauda — digo em alto tom sem ao menos lhe olhar.

     — Maluca! Pobre da velinha,ela apenas não quer te ver limpando bunda de nenhum bebê — Zayn debocha rindo.

    — Se você não calar a boca,quem não terá nenhum filho será você — lhe ameaço fugindo de seus toques — aguda vamos logo,estou com fome!

   

   

Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora