Chapter thirty-nine

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Zayn Richelie
(Domingo,21:00 da noite)


    Parecia que algo estava errado,como se não devesse estar naquele ambiente,como se a cada corpo que tocasse e boca que ousasse beijar,estivesse traindo alguém. E por um caralho,a pessoa que não me deixava tranquilo um segundo sequer estava a poucos metros a minha frente enquanto segurava um copo de bebida e me encarava; seus olhos eram como águias de rapina,sempre fazendo contato com os meus,hora ou outra desciam até minhas mãos,essas que se encontrava na cintura de Aisha.
    Por semanas lhe ignorei,por dias ignorei a vontade de me aproximar e lhe tocar; não era somente uma conversa que desejava com ela,minha mente pedia para que lhe jogassem em minha cama por entre aqueles lençóis,imploravam para que minhas mãos passassem por cada centímetro de seu corpo deixando minhas marcas,haviam pedidos intensos que imploravam para arrancar cada peça de roupa que cobria seu corpo pequeno comparado ao meu,tudo exigia me afundasse entre suas pernas e fodesse da forma mais depravada existente. Não era somente uma aproximação,tudo em mim pedia para que lhe reenvedicasse como minha,que tomasse seu corpo para mim.  Porém não poderia fazer isso, não com ela.
     Ayla parecia querer vir até mim,seus olhos revelação a necessidade de se aproximar e me questionar algo que parecia lhe pertubar a cada segundo. Contudo,ela apenas se levantou daquele banco,pagou sua bebida e saiu como se houvesse tomado uma decisão,uma certeza que parecia me envolver. E naquele momento percebi o quão minha mãe estava certa, percebi que mesmo sua boca concordando com minhas exigências,seu coração foi rebelde e lhe fez nutrir sentimentos que jamais deveria existir entre duas pessoas como nós.
     Mesmo sabendo que iria me arrepender,tirei Aisha de meu colo e me levantei seguindo para a mesma direção que Ayla após sinalizar para Trevor que estaria saindo. Quando me vi livre daquele barulho e música alta,suspirei profundamente e procurei a garota com os olhos,e a alguns metros a frente daquele local,enxerguei seu corpo magro capaz de enlouquecer qualquer pessoa. E mesmo sabendo que tudo terminaria da pior forma possível, apressei meus passos e lhe alcancei.

     — Não deveria estar aqui! Volte para a sua vida, Zayn,volte para a sua realidade — suas palavras eram carregadas de certeza,como se estivesse esperando por minha presença ali,como se houvesse decorado aquela frase por dias.

     Ayla não era aquele tipo de garota; ela não decorava frases para serem ditas, não exitava sempre desejasse algo, sequer apagava sua imagem para se ofuscar entre milhares. Ayla Sintori era dominante,gostava de marcar presença em tudo que julgasse ser essencial para sua existência,uma pessoa capaz de fazer qualquer um perder os sentindos,era implacável. No entanto, observando a maneira como dirigia a palavra a mim,como seu corpo tensionava e o jeito no qual seu olhar se mantinha distante a fazia encobrir a personalidade na qual chamou minha atenção.

     — Você me encarava como se precisasse dizer algo,como se seus olhos implorassem para que estivesse a sua frente e ouvisse o que tinha a dizer — percebendo seu intuito de se afastar rapidamente,segurei em seus braços e a fiz cessar seus passos.

     Como se meu ato fosse ousado  em excesso, Ayla suspirou e se virou para mim enquanto recolhia seus braços fugindo de meus toques. Seus olhos subiram até os meus e seu punho se fechou e,em um movimento que me levou desprevenido,o senti atingir meu rosto duas vezes seguidas fazendo com que perdesse o equilíbrio. Ao estar prestes a receber o terceiro soco,segurei seu braço novamente e lhe dei um leve empurrar.

     — Seu desgraçado,filho da puta! — Ayla esbravejava enquanto tentava se aproximar. Mas o que chamou minha atenção e me atingiu em cheio foi seus olhos ganhando uma tonalidade avermelhada.

Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora