Chapter thirty-seven

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Zayn Richelie
( 10:30 da manhã, sábado)

       Em alguns momentos de minha vida já me questionei qual havia sido a pior experiência que tive,me perguntei como tudo poderia ser tão sujo s ponto de estarmos sendo obrigados a passar por tal coisa, contudo,em todos esses pensamentos sempre me vinha a possibilidade de um novo aprendizado e a chance de fazer diferente. Porém,me vendo nessa posição atual,ouso a questionar como a vida pode ser cruel com uma garota cheia de marcas e cicatrizes,o que realmente ela fez para ter tamanho castigo;a perda de seus pais foi uma cartada sem igual,se ver sozinha em um lugar que desconhecia e sendo obrigada a conviver com pessoas que nunca fizerem parte de sua vida também foi algo que se pode julgar com os piores adjetivos. Sei que essas marcas ainda existentes em seu corpo foram provocadas por aqueles duas pessoas que não escondem a indiferença para com Ayla,mas não me vejo no direito de lhe abordar diretamente com questionamentos sobre isso.
      A alguns metros de distância,tinha a visão desejo corpo sobre aquela grana verde que cobria cada centímetro daquele área; seus braços se mantinham cruzados sobre o peito enquanto se mantinha com as costas apoiadas contra o tronco de uma árvore,essa que era responsável por fazer sombra naquela área. Em um suspirar e sabendo que meus pais estavam nos observando da sacada e de seus quarto,tomei iniciativa em seguir até si e, cautelosamente sem querer lhe assustar,me sentar ao seu lado podendo observar que sim,as marcas de seu rosto haviam desaparecido por completo, acredito que somente suas costelas estejam lhe encomodando, afinal,mesmo se passando duas semanas e por uma parte sensível, demoraria mais alguns dias.
      Minha mãe tinha razão, não era somente uma atração física ou carnal, já não era somente o zelo que insistia. Mesmo que minha mente grite para me manter distante e que deveria me afastar sem olhar para trás,meu lado emocional implorava para que continuasse ao seu lado,que insistisse em lhe cuidar da melhor forma possível,que lhe apresentasse as melhores fases da vida sempre lhe mantendo segura. Eu queria mais do que noites em minha cama,queria bem mais do que foi proposto por ambas as partes. Entretanto, não daria o braço a torcer, não cederia para algo que não se explica e pode não ser concreto, poderia menosprezar tal sentimento e destruí-lo com o passar do tempo.

      — Eu sabia que algo estava errado no momento em que aquele táxi parou em frente àquela casa, mas ignorei por saber não ter outro lugar para ir ou a quem procurar — abaixando a cabeça e puxando suas pernas contra o peito, Ayla sorriu nasal como se não acreditasse no que estava contando.

       — Você tinha,sabia que poderia voltar até aquele edifício e bater em minha porta. Não importaria as merdas que estavam acontecendo, independente disso,estava ali para te ajudar — reproduzindo sua mesma maneira de sentar,exclareci algo que era real entre nós,mais que não aconteceria devido aquele momento em que nos encontrávamos.

        — Sabe que não é verdade! Você se recorda de como me olhou? Como me julgou ao me encontrar no hall? Transar com você é uma coisa e um julgamento completamente diferente, mas quando é com outra pessoa,os seus insultos não precisam ser pronunciados para serem ouvidos — forçando um sorriso em seu rosto marcado pelo cansaço, Ayla murmurou.

        Eu senti,no momento em que lhe vi atravessar aquele hall com a mesma roupa da noite anterior àquela e com a fisionomia de quem aproveitou cada segundo, o sentimento que nunca permiti existir se manifestou dentro de mim e o impulso me fez a julga-la como se sua maneira de se divertir e viver condenasse seu caráter e sua índole,como se ter passado a noite com um dos meus amigos tivesse a feito perder todo meu respeito. Me excedi na forma em que lhe encarei, me fiz parecer com alguém que nunca existiu em minha personalidade e sei que ela não merecia isso.

Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora