Ayla Sintori
(22:00 horas da noite)Vestindo apenas uma calça Joker camuflada e uma camiseta branca com um jaqueta por cima,tranco a porta daquele quarto voltando meu olhar para a cama totalmente arrumada a minha frente. Suspirando pesadamente,pego meu celular sobre o criado mudo ao lado e o coloco em meu bolso. Abrindo a porta daquela sacada,olho para baixo tendo apenas o chão gramado para que me sustentasse após pular aquela janela.
— Mas que merda! — sussurro para mim mesma criando coragem para pular.
Subindo no parapeito de vidro,piso sobre a pequena beirada de cimento que sobrava do lado de fora. Olhando para aquele céu estrelado e sentindo o venho gélido bater contra meu corpo, pulo caindo deitada no gramado molhado pelo sereno daquele tempo frio.
— Porra! Essa doeu.
Após uns minutos tentando aliviar a pequena dor que obtive com a queda, levanto-me ficando de pé seguindo para o portão da frente. Saindo por aquelas ruas desconhecidas do por mim,pude sentir o a sensação de alívio e liberdade dominar meu corpo e meu subconsciente que,até momentos atrás,estava preso em grades impossíveis de se escapar sem ao menos tentar ou ter um objetivo de fuga. Os poucos jovens que andavam por aquelas calçadas,exibiam pelas suas feições,a noite agitada e satisfatória que tiveram,os poucos que passavam por mim,exalavam o cheiro de álcool ingerido. Me sentia como se estivesse em casa naquele momento.
Embora sempre tenha agido de forma que meus pais sempre achavam certo,nunca deixei de frequentar festas noturnas,bares lotados e o que mais gostava,corridas ilegais,porém nunca participei. Não por ser covarde e temer ser pega,mas por nunca ter tido a oportunidade e a disposição para magoar meus pais.
Caminhando em direção a uma lanchonete vinte quatro horas,pude ouvir um certo barulho e falatório vindo de uma rua mais escura,o que me fez pensar ser mais deserta e pouco frequentada. Mudando totalmente minha rota,arrisco-me a descobrir o que realmente acontecia naquele lugar. Olhando para as construções com luzes apagadas, deduzi que eram edifícios abandonados,mas ao voltar meu olhar para aquela viela escura,pude enxergar uma certa claridade mais a frente e uma certa movimentação.
Ao me aproximar mais alguns passos,pude encontrar um certa quantidade de pessoas,ambas com um percentual mais jovem. A multidão que me impedia de enxergar o que acontecia mais a frente,demonstrava euforia em algo que,certamente,era o centro das atrações. Passando por uns e outros,pude finalmente enxergar o que realmente acontecia e o que tanto era vítima de euforia. Havia sete carros estacionados poucos metros a minha frente,ambos todos muito bem personalizados. Rodas de liga,Néon de diversas cores, pinturas dignas de carros de corredores e motores potentes ligados a nitro. Conhecia muito bem cada peça em carros como aqueles,apenas nunca tive a chance de dirigi-los,pois se meus pais ao menos sonhassem que ousei a pegar em um carro desses,era briga na certa.— Fala galera! Preparados para apostar nos nossos corredores?
Como se aguardassem apenas a pergunta da cara parado entre os carros,a multidão grita alterada fazendo com que os motorista ainda dentro daqueles veículos,fizessem o motor vibrar com um mero acelerado ainda parados na linha de largada.
— King of the track! — em resposta,todas aquelas pessoas, gritavam uma única frase; Rei da pista.
Concentrada estudando cada um daqueles carros,podia deduzir quem ganharia a corrida ou quem ficaria em segundo lugar,pois a forma que os corredor aceleravam seus veículos, demonstravam seu nível de nervosismo. Somente um entre aqueles seis corredores,estava confiante em si,somente um único corredor mantinha a confiança de que a corrida estava ganha e que nenhum desses corredores seria seu obstáculo.
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Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]
Teen Fiction17 anos de pura sabedoria e marra,mas sempre mantendo a pose de "boa menina" que seus avós acreditam que ela seja. Órfã de pai e mãe,Ayla Sintori passou a viver com os avós paternos,tendo que se mudar de cidade deixando tudo para trás,a garota d...