Aproveitem a história! Ah, haverá uma passagem de tempo bem significativa,no entanto,irei narrar tudo o que aconteceu dentre esse tempo estipulado.Ayla Sintori
25 de março -três meses meio depoisDizem que precisamos nos aventurar além de nossas barreiras de proteção, necessitamos explorar o desconhecido para finalmente descobrimos até onde somos capazes de ir. Existe um vasto campo de oportunidades, possibilidades intermináveis,no entanto estamos sempre presos em nossa bolha de segurança,em nosso mudinho " cor de rosa" onde tudo se torna limitado. Se torna compreensível, afinal,o ser humano é capaz de se frustrar com aquilo que desconhece,pode se transformar em um hipócrita capaz de culpar outras pessoas por seus erros cometidos por sua imprudência. Realmente,certos muros não foram feitos para serem expandidos.
Por muitos anos,me questionei como poderia ser meu futuro e quais marcas carregaria em meu corpo, contudo,apesar de ter me surpreendido com a maneira como tudo aconteceu e quais foram meu castigo, sei que não mudaria nada. As vezes,a beleza de uma vida pode estar nos cortes e dores que carregamos,pois são sequelas que nos mostram o quão capaz e fortes podemos ser independente da situação. Pequenas cicatrizes encobrem grandes feridas e são elas que nos impulsionam para algo mais amplo e de grande significado.
Três meses. Talvez seja somente o início para me acostumar com o peso do passado,ou quem sabe,possa vir a ser um complemento de como um dia poderei me sentir melancólica por recordar de como um dia me apaixonei sozinha,de como fui tola em acreditar em alguém que foi nada além do que noites quentes e prazerosas. Ainda recebo suas mensagens e,em mínimas vezes,suas ligações tocam em meu celular,e o que mais me dói é saber que são enviadas em um momento de bebedeira,em noites antes de dizer com qualquer outra mulher.
Não foi algo fácil sair de Londres, tampouco foi fácil deixar aqueles sentimentos com Zayn,mas sei que fiz a minha melhor escolha. Sei da minha imaturidade,sei que posso ser impulsiva em muitos momentos e sei dos inúmeros erros que poderei cometer, então sim, não me arrepender de ter deixado aquele lugar. Também não me arrepender de estar vivendo algo que ele me negou.
— Minha futura advogada!
Ele estava ali,como todas as noites. Jackson sempre me buscava na universidade; em dias frios,ele me entregava seu casaco e um café com leite,me acolhia em seus braços por alguns minutos. Mas em dias amenos,ele me oferecia um enorme sorriso e um beijo na testa,uma promessa de que um belo jantar nos esperava em nosso apartamento e que, apesar do dia estressante e exaustivo,iria me ouvir contar sobre as aulas da faculdade. Jackson era o homem que gostaria que Zayn fosse,era o companheiro que desejava.
Seus braços me acolheram contra seu peito,seu queixo apoiou no topo de minha cabeça. Então, após um dia exaustivo de trabalho e horas naquela universidade,me aconcheguei ouvindo o melhor som do mundo: seu coração batendo contra seu peito. Amar Jackson é uma das melhores coisas que me aconteceram,lhe dar a oportunidade de me fazer se apaixonar foi algo que não me arrependo,pois não estava o usando. O esforço partia de ambas as partes; ele tentava me conquistar e,eu me mostraria disposta a aceitar. O amo,mais a nossa amizade não está permitindo o enxergar a mais que isso.
— Podemos ir para casa? Quero ficar agarradinha com você em nossa cama, assistir um filme até o sono chegar e dormir ouvindo o melhor som do mundo: seu coração.
O apertando entre meus braços após ter sussurrado, senti seu beijo em meus cabelos e suas mãos pousarem em minha cintura. Ao me afastar alguns centímetros sem de fato sair de seu aconchego, toquei em seu rosto com delicadeza e me aproximei lentamente,e após pensar por alguns segundos,selei meus lábios aos seus. Beijar Jackson era algo romântico; os toques delicados e cheios de medo por temer me machucar,as carícias em meu rosto,a forma lenta e prazerosa que transmitia tudo o que sentia. Jackson despertava o meu lado carente e apaixonado, um lado que gostaria de lhe entregar sem pensar duas vezes.
— Nosso fim de semana começa nesse exato momento! — sussurrou,antes de me deixar um selinho com uma leve mordida nos lábios.
Cerca de quarenta minutos,foi o que precisamos para estar em casa; não morávamos no centro,optamos por uma casa nos arredores da cidade e um pouco distante de toda movimentação, portante,nosso vizinho mais próximo mora a dez minutos. Mesmo que fosse um tanto isolado, gostamos dá ideia de termos algo onde pudéssemos nos distrair,onde não houvesse com o que se preocupar ou se incomodar. O silêncio,era a única coisa que estávamos buscando ao comprarmos esse lugar.
Antes do jantar,subi para nosso quarto e me permiti tomar um banho quente o bastante para relaxar toda minha musculatura,tirar toda a tensão existente corporal. Enquanto sentia a água caindo em minhas costas e ouvia a música aleatória saindo do auto falante de meu celular,suspirei ao sentir seu peitoral nu tocar em minhas costas; suas mãos apertavam minha cintura ao puxa-la para trás,seus dedos afundavam na carne pálida. Jackson me abraçava por trás sem ao menos ousar tocar em outra parte que compunha meu corpo.
O restante do banho foi algo rápido. Quando nos vestimos casualmente com conjuntos leves para dormir, seguimos para a sala de jantar,a refeição foi feita em meio a conversa e brincadeiras para descontrair o clima de conversa séria. Tínhamos um bom convívio,um bom relacionamento e uma excelente amizade,o único defeito em tudo e que não seja da minha mente,se chamava Zayn Richelie.
— Podemos ir na feira de livros que terá na biblioteca nacional, ainda mais agora que está incrivelmente apaixonada literatura romancista — se deitando sobre meu corpo, Jack debochou enquanto sorria aproximando seu rosto do meu.
— Você foi o culpado! Não haja como se fosse inocente, Jack — entrelaçando minhas pernas em sua cintura,o puxei contra mim, lhe abraçando pelo pescoço — se lembra de como isso começou?
Sorrindo descendo uma de suas mãos até minha cintura e adentrando a blusa causando arrepios em meu corpo, Jackson assentiu espalhando beijos por meu pescoço. Um arfar fugiu de meus lábios no momento em que seus dedos tocaram minhas costelas, ao mesmo tempo que senti sua rigidez e sua mordida fraca em meu pescoço. Não seria nossa primeira vez,no entanto,me sentia insegura devido a grande interferência que Zayn estava tendo em meus pensamentos desde que Trevor me ligara.
— Jack...— suspirei chamando seu nome no momento em que subiu minha blusa deixando aquela parte de meu corpo nua.
Seus beijos desceram para meu ombro, seguiram por meus braços e pousaram em minha barriga, sobre as cicatrizes que, diferente de Zayn, Jackson se incomodava e pedia para que tirasse por meio de cirurgia. Ele sempre desviava,se negava a toques demorados sobre a pele marcada.
— Você é linda! Tão delicada — seus murmuros contra meu abdômen causavam arrepios sobre minha pele — você sabe que...
— Não...— o empurrei para o lado e me levantei ajeitando minhas roupas — para com isso, Jackson! Não seja alguém que me ama pelas metades.
Sentando-se naquele acolchoado,o homem a minha frente suspirou profundamente enquanto passava as mãos sobre seus rosto em gestos grosseiros. Não duvidava de seu amor,muito menos de sua amizade que sempre estaria em primeiro lugar,no entanto, duvidava de seu apresso por meu corpo; Jackson se importava muito com estética e, aquelas marcas eram algo incômodo para si, mas era muito bem aceita por mim mesmo. Talvez ele não fosse tão perfeito como gostaria de acreditar.
— Me desculpa! Perdão, não voltarei nesse assunto — apenas assenti calçando minhas pantufas — onde está indo?
— Antes,queria apenas ficar no aconchego de seus braços, mas nesse momento,quero apenas sentar em um lugar onde consiga tranquilidade — caminhei até a porta do quarto.
— Ayla...meu anjo! — Jackson se levantou se aproximando e me puxando de encontro ao seu peito.
E naquele momento,dentro de seu abraço, sentindo seu coração bater acelerado,chorei sentindo o peso sobre meus ombros. Chorei por sentir dor. Chorei por estar errando novamente. Chorei por poder magoar aquele que me ama. Chorei por sentir saudade de Zayn,chorei pelo seu" eu te amo" recebido. Chorei por saber que meus sentimentos por ele estavam aumentando ao envés de diminuírem. E chorei por saber que as mensagens sempre viriam após ele ter bebido e transado com alguma outra mulher. Chorei por saber que minha vida sempre seria aquele caos de dor e lágrimas que me mataria lentamente. Ele me quebrou por completo!
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Ayla[ Concluído|SEM REVISÃO]
أدب المراهقين17 anos de pura sabedoria e marra,mas sempre mantendo a pose de "boa menina" que seus avós acreditam que ela seja. Órfã de pai e mãe,Ayla Sintori passou a viver com os avós paternos,tendo que se mudar de cidade deixando tudo para trás,a garota d...