Prólogo

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Ele ouviu seu grito horrível e estava com muito medo para deixar a irmã sozinha com apenas a Septa. Ele não poderia deixá-la.

Como as crianças estavam a apenas um quarto de distância Lorde Eddard Stark ainda podia ouvir os gritos enquanto ele observava sua irmã em seu leito de morte. Foi difícil, olhar para sua pobre irmã deitada na cama, seu sangue cobria  tudo o que ele poderia colocar olhos.

Ela estava sorrindo, mas Ned podia ver a dor em seus olhos, as lágrimas rolavam para baixo de suas belas e pálidas bochechas.Ele podia sentir seu coração batendo no topo de seu peito como um tambor, tiquetaqueando como uma bomba que estava esperando para explodir a qualquer minuto. Ele não podia deixar de odiar a si mesmo, já que os Deus estavam levando-a em vez dele.

— Ned... — ela sussurrou enquanto chorava, com a mão tocando gentilmente a bochecha de seu irmão.

Parecia um pesadelo, um pesadelo em que ele não queria estar. No entanto, não é um sonho, e ele estava bem ciente disso, infelizmente.

— Eu senti sua falta, irmãozão. — ela sorriu, sua voz estava fraca.

Tudo o resto tinha sido um borrão, mas ele sabia o que havia prometido a ela. Ele sabia que o que ele tinha prometido teria que levar para o túmulo, ninguém poderia saber. Jamais. Ned segurou os pequenos gêmeos e foi embora, sem olhar para trás.

❅ ❅ ❅

—Você tem um filho! — Catelyn Stark disse enquanto Ned vinha com os gêmeos que não eram dele. — Um não, dois!

No entanto, ele tinha que protegê-los. Ele não podia falhar com eles. Ele não poderia falhar com sua irmã. E iria não.

No momento, o que Catelyn pensou sobre as crianças não lhe interessavam. Ele só queria que eles estivessem seguros, pois eram o único pedaço vivo dela.

— Eu sei. — disse Ned, olhando para baixo, fingindo ser envergonhado de seu ato. — Mas eu não podia deixá-los. Eles teriam morrido, Cat!

Por um momento, Lady Stark pareceu hesitante, como se fosse dizer algo que se arrependeria logo depois. Mas Ned achou que ela havia compreendido, nunca seria culpa de uma criança. Ela não podia culpar os bebês e certamente não os deixaria para morrer.

— Você dormiu com outra mulher. — disse Catelyn. — Como se atreve a...

— Chega, Catelyn! — Ned falou e sua esposa se calou.

Ele queria dizer a sua amada esposa sobre Lyanna e os gêmeos, mas ele não arriscaria a segurança dos bebês. Além disso, se Robert descobrir... Os gêmeos seriam mortos, bebês ou não.

No início Ned sentia um pouco de antipatia com os bebês, não conseguia imaginar tendo que cuidar os filhos de um Targaryen, mas eram os filhos de Lyanna também. O fato de que ele tinha passado esses últimos dias com as crianças o fez perceber que não as odiava, eram família.

Ele os amava e já podia sentir o título de "pai" enquanto olhava para os gêmeos. Quando ele os olhou, teve a mesma sensação de quando ele olhou para Robb, seu primogênito.

Amor paternal.

— Eles são meus filhos. — disse Ned, rangendo os dentes. — Vou criá-los como Stark mesmo que eles sejam bastardos, e eles serão respeitados. O mundo saberá sobre os gêmeos bastardos de Ned Stark, mas pelo menos eles serão conhecidos como meus filhos.

Ele não só prometeu protegê-los e manter o segredo a salvo, mas Lorde Stark também prometeu que a partir de neste dia, eles seriam criados sabendo que ele é o pai deles.

Lady Stark desviou o olhar de Lorde Stark, ela estava triste e com raiva, mas  não deixariam os  bebês morreram de fome e mas ruas, a mulher tinha coração.

— Quais são os nomes deles? — Catelyn perguntou de forma fria.

Isso era algo que Lorde Stark não tinha pensado já que eles já tinham nomes dados por sua mãe, mas eles seriam descobertos se falasse seus verdadeiros nomes.

— Jon e Helena Snow.

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