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Yasmin|Yá

Terça feira, 23/09 - 12:39pm

Saí de casa, subi na minha moto colocando meu capacete, liguei a mesma e rastei pra Copacabana.

Tinha acabado de discutir com o meu pai, por ele ser totalmente contra minha atitudes, sendo que nunca fiz nada de mais. E também, tenho 21 anos, minha própria independência financeira e um apartamento em Copacabana, de frente pro mar.

Entrei no estacionamento do prédio, deliguei minha moto e tranquei a direção da mesma, saí de lá tirando o capacete e girando a chave no dedo.

Yá: Boa tarde, seu Júlio.- falo passando pelo portão do prédio.

Porteiro: Boa tarde, menina. Chegou uma caixa pra senhorita na manhã passada.- fala e pega a caixa.

Yá: Sem remetente? Quem deixou aqui?

Porteiro: Um motoboy.

Yá: Tá bom, obrigada.- falo e saio indo em direção ao hall do prédio e entro no elevador.

Xxx: Segura aí!- ouço uma voz grossa e olho pro homem que vem em minha direção.

Coloco minha mão livre entre as portas do elevador, fazendo o mesmo se abrir e o homem entra.

Xxx: Valeu aí.

Apenas fiz legal com a polegar, e voltei a pensar o que seria essa caixa, e quem teria mandado. Mas meu raciocínio parou no momento em que aquele homem começou a tirar a jaqueta que ele estava vestido, deixando em vista, várias tatuagens em seu braço.

Desviei o olhar, voltando a encarar a caixa em minhas mãos. O elevador abre no meu andar e eu logo saio do mesmo.

Fui até meu apartamento, abri a porta do mesmo, e entrei trancando a porta. Coloquei meu capacete em cima da mesinha de centro, sentei no sofá e abri a caixa que estava nas minhas mãos.

Dentro da caixa tinha vários malotes de notas de cem, fui tirando um a um até encontrar uma arma junto com uma carta.

"Esse dinheiro é seu por direito, e a arma é pra sua proteção. Provavelmente eu não esteja mais com você, porém quero seu bem sempre. Mamãe te ama, Yás."

Limpo a lágrima solitária que deslizou pelo meu rosto. Coloquei todo o dinheiro, e a arma dentro da caixa, fui até meu quarto, abri meu closet e coloquei a caixa dentro do cofre que tinha lá.

Ouço meu celular tocar, volto para a sala e pego o mesmo, atendendo.

Ligação 📲

- para de encher meu saco!
Pai: eu sou seu pai, Yás
- foi você, né? Que mandou aquela caixa ridícula. Só podia ter sido coisa sua mesmo...
Pai: Yasmin, volta pra casa. Por favor, filha
- FOI OU NÃO FOI VOCÊ?
Pai: NÃO! Nem sei do que está falando, só quero conversar direito com você
- hoje não.

Ligação 📲

Desliguei a chamada, me joguei no sofá e mandei mensagem pro Lucas, o mesmo respondeu com um "já tô aí".

[...]

Lucas: Seu pai é um porre, Yá. Pena de tu.- fala me abraçando.

Yá: Odeio essa sensação de garota da Sul mimada. Eu não sou essa Yasmin, ou sou?- pergunto olhando pra ele.

Lucas: Ixe, tá doidinha. Cê é a mimada menos mimada que conheço.

Yá: Obrigada.

Lucas: Relaxa, gatinha.- fala e se afasta.- Olha pelo lado bom, pô. Tu tem um amigo maneiro pra caralho.

Yá: Só não dou pra você, porque ainda me resta dignidade.

Lucas: Não seria a primeira vez.- fala e eu faço careta.

Yá: Vou tomar um banho, pede pizza enquanto isso.

Lucas: Se tá pensando que vou dormir nesse barraco fedido, tá muito enganada. Me paga uma noite no motel.

Yá: Virou paty, lindinho? Se orienta, garoto escroto.

Saio da sala, entro no meu quarto e vou até o banheiro enquanto tiro minha blusa. Termino de me despir, abro a porta do box do banheiro, ligo o chuveiro e entro embaixo do mesmo, sentindo a água morna caindo no meu corpo.

Tomei um banho super relaxante, saí do banheiro enrolando uma toalha na minha cabeça, fui até meu closet, vesti um shorts jeans e uma blusinha qualquer.

Calcei um par de meias pretas com duas litras roxa, tirei a toalha do meu cabelo e coloquei as duas pra secar.

Yá: E então?

Lucas: Daqui uns minutos chega, senta essa bunda aí, vai.- fala enquanto muda de canal.

Yá: Coloca na Netflix.

Lucas: Vou só ver um bagulho.

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Amor VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora