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Terça feira, 02/12 - 13:14pm

Entrei em casa ouvindo risos, olhei pela sala e vi meu pai com uns caras da corporação dele.

Ricardo: Yasmin, bom te ver. Venha aqui.- fala assim que me vê e eu vou até.

Yá: Boa tarde.- falo sendo educada com todos.- Que foi, pai?

Ricardo: Queria te apresentar ao Leandro, acho ele um bom partido pra você.

Yá: Já tenho alguém, pai, você vai conhecer ele um dia.- falo tentando fugir da situação.

Ricardo: Ainda assim.- fala e se levanta.- Essa é a minha filha, Yasmin.  Filha única.

Xxx: É um prazer conhecê-la.

Yá: Que pena que não posso dizer o mesmo. Tô muito ocupada e com pressa.- falo e saio bem rápido.

Entrei no meu quarto, fui até a varanda do mesmo e senti o vento bater no meu rosto, de longe vi o Audi do Borges passando.

Logo o carro sumiu do meu ponto de visão, soltei todo o ar que estava preso, ouço o barulho da maçaneta da porta girar e meu pai entrar.

Ricardo: O que tá acontecendo com você, Yasmin? Tá muito estranha e já tem uns dias. Quem é esse seu namorado?- pergunta.

Yá: Eu tô normal, é coisa da sua cabeça. E logo mais você vai saber quem é o tal.

Ricardo: E o seu carro? Ainda tá na revisão?

Yá: O mecânico disse que vai precisar trocar o motor e o câmbio.- falo e ele me encara sério.

Ricardo: E a sua moto? Nunca mais te vi aqui com ela.

Yá: Eu vendi, vou comprar outro modelo.

Ricardo: Hm, tá certo.- fala num tom duvidoso.

Yá: Pode ligar pra assistência mecânica e perguntar, se duvida do que falo.

Ele nega olhando os meus passos.

Ricardo: Yasmin, o Leandro é um dos meus melhores homens, tem todos atributos que uma mulher pode desejar em um cara pra se relacionar. Você deveria ao menos conhecê-lo.- fala enquanto eu entro no meu closet, e vem logo atrás.- Não falaria bem dele se ele não fosse uma pessoa boa pra você.

Yá: Eu sei o que é bom ou ruim pra mim, pai. E como já disse, tenho outra pessoa, e ele tem muito mais atributos do que qualquer mulher possa querer em um homem. Isso eu te garanto.- falo pegando algumas roupas.

Ricardo: Pra onde vai?

Yá: Seus convidados ainda estão lá embaixo, pai. Não é educado deixá-los esperando.

Ele me olha como se reprovasse minha atitude e sai logo em seguida, me deixando sozinha e livre pra pensar sem ele fazendo mil perguntas.

Terminei de pegar minhas coisas, coloquei tudo numa mala e saí do meu quarto. Desci as escadas rapidamente para que meu pai não tivesse tempo de me parar pra fazer mais perguntas ou me jogar pra cima de um policial qualquer.

Fui andando até a saída da rua, rezando pro Borges estar no lugar que eu falei, longe dos olhos curiosos do meu pai.

Borges: Caralho! Pra quê isso tudo?- pergunta assim que me aproximo dele.

Yá: Vamos pra Angra, não vamos? Preciso de tudo que tá aqui dentro.

Borges: Se for pra ficar mais gostosa do que já é, nem precisa.- fala me agarrando pela cintura.- Tu já é gostosa pra caralho.

Yá: Tá bom, chega. A gente ainda tem que passar na casa da Ananda pra pegar ela.

Borges: Não curto menáge.

Yá: Que bom. Agora vamo logo.

Ele colocou a minha mala no porta malas, enquanto eu entrava no carro e ajeitava o espelho do carro, logo ele entrou e deu partida pra casa da Ananda.

Fui o caminho inteiro tirando a mão dele do meio das minhas pernas, até que ele desistiu da ideia de transar no carro. Pegamos a Ananda na casa dela, e fomos direto pro morro, vamos pra Angra amanhã bem cedinho.

O Borges disse que vamos pra uma festa de aniversário de algum traficante amigo dele, que na verdade é na sexta, e a Ananda vai pra fazer um estágio em um posto de saúde de lá, vamos só dar uma carona.

Nanda: Cacete! Essa casa é muito maior que a minha, e olha que minha casa é grande, mas essa é enorme.

Borges: Não se empolga muito.- fala levando a minha mala e da Ananda pro andar de cima.

Nanda: Amiga, que casa linda.

Yá: Decorada pela Talita.

Nanda: É, dá pra ver que falta cor, né. Sem sal igual.

Yá: Para, a casa é realmente linda. Seja lá quem decorou.

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Amor VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora