Amor Vagabundo

17: bônus

Lucas|Lc

Domingo, 19/10 - 10:38am

Lucas: Sempre fui contra.- falo com a Yasmin e a mesma me encara.

Yá: Eu jamais iria ficar com ele, era só diversão mesmo, mas foi longe demais, e por causa disso ele e a mulher se separaram.

Lucas: Isso ia acontecer de qualquer forma, eu só queria você longe dele pra...

Yá: Pra então, você tentar algo mais comigo?- pergunta como se fosse óbvio.- Mas está enganado, Lucas. Você e ele são farinha do mesmo saco, e não é porque meu pai acha que você seja "perfeito" pra mim, que eu vá ter uma relação amorosa com você. E se ele soubesse, ah se ele soubesse.

Lucas: Você não é assim, Yá.

Yá: Olha, Lucas. Você mentiu pra mim...

Lucas: E o Borges não, né?

Yá: É diferente. Eu te conheço a muito tempo, e ele não, você traiu a minha confiança.- fala.

Lucas: Mas nunca te fiz de amante, te polpei disso pro seu próprio bem, e se isso tudo tá acontecendo agora, é culpa do próprio Borges.- falo.- Eu pedi, falei mil vezes pra não fazer assalto naquele dia, mas ele é o que manda e eu o que obedece. Por isso que é diferente, né?

Yá: Sai daqui, Lucas! Agora!- fala quase gritando.

Engulo tudo que tinha pra dizer. Só balaço a cabeça positivamente, saio do apartamento dela igual um doido, entro no elevador que estava se abrindo.

Assim que saí do elevador, peguei meu carro no estacionamento e rastei pra rocinha, tava nem aí pra multa. Hoje o Borges ia me ouvir, seja ele quem for, tô pouco me fudendo se ele é o chefe do morro ou do caralho que for.

Cheguei na boca, desci do meu carro e entrei na mesma, ignorando os caras que estavam na frente.

Empurrei a porta da sala do Borges, vendo uma loira pagando um boquete pro Borges, virei a cara enquanto o mesmo botava a garota pra fora.

Borges: Qual foi agora? Sabe bater nessa merda não?- pergunta se levantando.

Lucas: Sei não, porque? Algum problema com isso?

Borges: Tá querendo o que com isso, moleque? Abaixa seu tom pra falar comigo!

Lucas: Tu fez a Yasmin ficar contra mim, por causa dos bagulhos que tu faz, e agora ela tá me odiando.- falo e ele rir.

Borges: Que pena, né. Perdeu a fodinha foi?- pergunta e eu vou pra cima dele, mas o mesmo coloca a arma na minha cara.

Lucas: Um dia tu vai pagar por isso, não vai demorar não.

Borges: E tu vai meter o pé da minha favela, ou então, eu vou meter uma bala no meio da tua testa. Sacou?

Lucas: Isso não vai ficar assim não. Escreve aí.- falo e dou as costas pra ele.

Borges: Vou escrever de lápis, qualquer coisa eu apago.

Saio de lá puto pra caralho, disposto a fazer qualquer coisa pra acabar com a moral desse otário. Qualquer coisa!

Talita: Lucas. Preciso falar com você.

Lucas: Vai atrás do teu macho, não de mim.- falo fechando a porta do meu carro.

Talita: Acontece que foi você que meteu aquela nojenta aqui, parte da culpa da minha separação com o Borges é sua.- fala parando na minha frente.

Lucas: Pois é, foi a pior coisa que eu fiz. Na verdade, a culpa é toda minha. Mas o que tu quer?

Talita: Preciso acabar de vez com essa patricinha.

Lucas: Não vou te ajudar a machucar a Yasmin, eu faria qualquer coisa, menos machucar ela.

Talita: Só quero manter ela longe do meu marido!

Lucas: Não vai conseguir nada comigo, não encosto um dedo na Yasmin, nem pra separar ela do Borges. E eles não estão juntos.- falo.

Talita: Quero acabar com qualquer chance que tenha deles ficarem juntos, e eu só preciso de uma informação simples, qualquer burro sabe fazer isso.

Lucas: Não!- falo e empurro ela pra longe.

Entro na minha casa, vou até meu quarto e pego o essencial que eu preciso, saio logo depois e a Talita ainda tava lá na frente, parada e me encarando.

Coloquei minhas coisas no carro e ela se aproximou.

Talita: Você é um cachorrinho mesmo, agora entendo porque o Borges conseguiu atrair a sua amiguinha. Ele tem muito mais porte que você, e é um homem que faz tudo pra ter o que quer, enquanto tu fica aí se arrastando pra conseguir o mínimo da bonitinha.

De certa forma, ela tem razão, mas não sei se ajudá-la faria alguma diferença pra mim.

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