Yá
Segunda feira, 09/02 - 14:19pm
A Júlia entrou no meu quarto e sentou na beirada da minha cama.
Jú: Eu adoraria ter a oportunidade que você tá tendo agora. Sabe, uma mãe faz uma falta enorme na nossa vida, e você tem a chance de viver tudo de novo.- fala enquanto eu encaro ela.
Yá: Você não entende, Júlia. Ela poderia ter me contado, eu faria o máximo possível pra parecer triste pela "morte" dela.- falo.- Quando a sua mãe morreu, você era bem pequena, como você mesma diz, mal lembra do rosto dela. Isso dói, eu sei...
Jú: Eu só acho que você deveria dar uma chance pra ela.
Yá: E o Kaio?
Jú: Isso não vem ao caso...
Yá: Claro que sim! Você não pode exigir de mim o que você não faz, Júlia, e é injusto. O Kaio literalmente não fez nada pra ser tratado com tanta hostilidade.
Jú: Eu não tô pronta pra ter essa conversa.
Yá: Mas tá pronta pra falar da minha mãe, que até ontem, estava morta?
Jú: Uma coisa não tem nada haver com a outra, Yasmin.
Yá: Tem sim, Júlia. Temos que lidar com as nossas dores, doa o quanto doer... Até parar de doer.
Ela suspirou fundo, e a porta do meu quarto foi novamente aberta, pelo Borges.
Borges: Júlia, a Jamile quer te mostrar umas fotos. Da Clara.- fala e ela sorri.
Jú: Tinha até esquecido disso. Somos primas! E enteada e madrasta.- fala animada.
Yá: Vai ver as fotos da sua mãe, Jú.
Ela sai do quarto com o máximo de felicidade que poderia ter aquele momento. Acho que peguei pesado no assunto com o Kaio.
Borges: Tá melhor?
Yá: Porque não me contou?
Borges: Cara, eu achei melhor que ela falasse com você. Passei dias tentando achar uma maneira de convencer ela a fazer isso, e puta que pariu, mulher estressante do caralho.
Yá: Você tá protegendo ela?
Borges: Quase isso. Na verdade é uma troca de favores, ela tem acesso a coisas que eu não tenho, e eu tenho pessoas que me servem, coisa que ela não tem.
Yá: O que são essas coisas que ela tem acesso?
Borges: Não pensa bobagens, tá? São coisas do tráfico, não quero te meter nisso.
Yá: Tarde demais, não acha?
Borges: Engraçadinha.- fala se aproximando de mim.- Te amo, minha burguesa.
Yá: Te amo, Pedro.
Ele acaricia meu rosto e me beija, colando nossos corpos. Passeia sua mão do meu peito até a minha cintura, apertando a mesma.
Yá: Pedro... A porta.
Borges: Esquece a porra.
Com muita agilidade, ele abre o botão e o zíper do meu shorts, levando sua mão até o meio das minhas pernas.
Borges: Não faz barulho, tá?
Apenas assenti, sentindo ele penetrar seus dedos em mim, enquanto leva sua boca até a minha. Seu beijo era calmo e lento, e seus dedos ágeis, me fazendo soltar alguns gemidos abafados pelo beijo dele.
Logo ele levanta e tranca a porta, tirando a camisa em seguida, e vindo até mim. Ele tira o meu shorts levando junto a minha calcinha, afasta as minhas pernas e se coloca entre elas.
Senti seus lábios quentes tocando minha pele me fez arrepiar, ele me olha com um sorrisinho malicioso e começa a me chupar.
Jamile: Filha...
Empurrei a cabeça do Borges na mesma hora, fazendo ele quase cair da cama.
Jamile: Eu... Não quis atrapalhar.
Borges: Já era.- fala e sai do quarto revirando os olhos.
Jamile: Tá melhor? Ou pelo menos conseguiu aceitar os meus motivos de não ter te falado antes?
Yá: A Mara sempre foi tão insuportável. E o meu pai... Ele... Eu não consigo acreditar que ele seria capaz disso.- falo e ela senta na cama.- Me diz.
Jamile: Apesar dos pesares, ele te ama, do jeito dele. Mas não inibe o fato de que ele tentou me tirar de você, ele é corrupto, e você sabe disso, Yasmin.
Yá: Ele teve várias oportunidades de prender o Borges, e não fez.
Jamile: Você está entre os dois, não acho que ele faria algo sabendo que você nunca mais olharia na cara dele. E eu morrendo, você não saberia nunca o motivo real. Porque você não enxerga isso?
Yá: É muito informação pra um único dia, não acha?
Jamile: Ok, Yas. No seu tempo.
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Perdão por demorar pra postar, espero que gostem.
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Amor Vagabundo
General Fiction"Somos intensos, como o calor do sol e as chamas do fogo"