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Sábado, 18/10 - 11:57am

Ricardo: Ainda não engoli a história mal contada sobre o rapaz que tava no seu studio.- fala do nada, me fazendo engasgar com a comida.

Yá: Por favor, né.

Mara: É Ricardo, deixa a menina ser feliz, custa nada.- fala e eu reviro os olhos.

Yá: Papo é entre eu e o meu pai. Não se mete, beleza?

Ricardo: Yasmin!

Yá: Não sou obrigada a aturar essa oferecida não. Eu hein.- falo e volto a comer.

Mara: Tudo bem, um dia ela ainda vai gostar de mim. É questão de tempo.- fala sorrindo pro meu pai.

Oferecida do caralho, mentirosa, golpista!

Que ódio dessa mulherzinha, me tira a paz todinha, tem condições não, cara. Mulher insuportável de tão falsa e nojenta.

Yá: Quero distância, vai que isso seja contagioso. Eu tô é fora.

Ricardo: Yasmin, já chega! A Mara nunca te fez nada pra você está agindo assim, igual uma criança mimada!

Fiquei surpresa pela atitude do meu pai, e ainda mais por ter sido tudo culpa dessa fingida. Nossa, que vontade de arrebentar a cara dela nesse prato, meu Deus.

Levantei da cadeira e fui saindo da cozinha.

Ricardo: Pra onde vai?

Yá: Deixar os pombinhos felizes sem minha presença. Façam bom proveito!

Fui até meu quarto, peguei a chave da minha moto e meu capacete, coloquei meu celular na cintura e um dinheiro no bolso.

Desci as escadas, saí de casa e subi na minha moto, ligando a mesma e rastando pra qualquer lugar longe daqui, indo o mais rápido possível.

A Ananda está fazendo estágio em Niterói, em um posto de lá, então sem chance de ir pra casa dela, o Lucas... Eu não ando muito próxima faz uns dias já, então decidir ir pro meu prédio, ficar um pouquinho com a Jú.

Cheguei lá e já fui subindo de elevador, depois de deixar minha moto no estacionamento. Saí do elevador, fui até o apartamento dela e bati na porta, ela abriu na mesma hora.

Jú: Yasmin! Que bom te ver, entra.- fala animada.

Yá: Vim te visitar, conversar um pouquinho.- falo entrando.

Jú: Que bom, né. Meu pai não vem muito, um vez na semana e olhe lá, e eu tô enjoada de ficar só aqui.

Yá: Te entendo. E o seu namorado?

Jú: Ah, ele foi surfar, até me convidou mas eu não fui. Sei lá, ir pra praia, usar biquíni e pior, na frente dele. Não, não mesmo!- fala toda sem graça.

Yá: Você é linda, Júlia. Na sua idade, eu não tinha metade do corpo que cê tem, mal peito eu tinha. Já tu é toda mocinha já, tem quase o mesmo corpo que eu, e olha que temos idades bem diferentes.

Jú: Você é bem parecida comigo mesmo.

Yá: Com uma diferença, eu nunca tive um namorado e também não me sentia confortável com meu corpo, mas depois taquei o foda-se. Tu é linda, pô.

[...]

Depois de muito tempo tentando convencer a Júlia de irmos pra praia, finalmente consegui. Dei um biquíni pra ela, novo claro, que eu nunca tinha usado.

Ela vestiu, e colocou um shorts e uma blusa por cima, eu vesti um biquíni também, e apenas um shorts. Nem aí pra pôr blusa.

Com a bolsa já arrumada, partimos pra praia, e o bonito do namorado dela tinha que ir pra praia de Ipanema.

Podia pelo menos ter ficado por aqui por Copacabana mesmo.

Chegamos na praia, eu logo aluguei uma mesa, e pedi um refri pra gente. Como ela é menor, jamais daria bebida alcoólica pra mesma.

Yá: Não vai tirar a roupa?- pergunto tirando meu shorts.

Jú: Tá, eu vou.- fala.

Não demorou muito pra ela ficar só de biquíni, mesmo com muita vergonha, dei um riso fraco e avistei o namorado dela vindo com um amigo.

Yá: Teu boy tá vindo.

Ela olha na direção da água, e vira o rosto, ficando toda vermelha.

Yá: Relaxa, Jú.

Eles se aproximam, colocam suas pranchas de surf na areia e vem de fato até nós duas.

Kaio: Tô surpreso em te ver aqui, cê disse que não viria.- fala e dá um selinho na Júlia.

O amor adolescente é tão lindo.

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Tenho o livro quase todo escrito, mas quero mais engajamento pra liberar mais capítulos.

Compartilhem, pfvr.

Um pedido da amiguinha aqui, please!

Amor VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora