Yá
Sábado, 18/10 - 13:45pm
Jú: Agradeça a Yá.- fala enquanto o namorado pega duas cadeiras.
Kaio: Valeu, Yasmin. Cê é 10.- fala e eu apenas assinto.- Esse é o Igor. E ela é a Yasmin, vizinha e amiga da Jú.
Igor: Muito linda.
Yá: Obrigada, mas curto caras mais velhos.- falo cortando qualquer tentativa dele.
Jú: A Yá é minha futura madrasta, nem encosta.
Arregalo meus olhos surpresa pelo que ela falou, fiquei até um pouco envergonhada depois dessa.
Yá: Júlia, não força.
Jú: Eu adoraria.
Kaio: Eu concordo, contanto que a Jú fique sempre assim. Feliz e sorridente.- fala olhando pro rostinho da Júlia.
Tava apaixonado real, sequer olhou pro corpo dela, coisa que qualquer homem notaria de cara, mas ele só olha pro rosto dela, já o amigo dele...
Yá: Pode ir buscar uma porção de batata e camarão pra gente?
Igor: Claro.- fala e dou o dinheiro pra ele, o mesmo sai.
Yá: Seu amigo não parou de olhar pra Júlia, abre teu olho viu.
Kaio: O Igor não é assim não, relaxa. Ele sabe que eu quebraria a cara dele se ele pensasse em tocar na Júlia.- fala olhando pra mim e volta a olhar pra Jú.- Ela é linda, impossível não olhar, mas mesmo assim, valeu pelo toque.
Jú: Ela é incrível!- fala.
Yá: Que isso.
A gente ficou batendo papo por uns minutos, até o amigo do Kaio chegar com as batatas e o camarão. Eu ataquei logo, amo um camarão, e com um molho barbecue, amo 10 vezes mais.
Eles estavam conversando, sobre uma tal festa, que eu tô ligada que a Jú não vai sem que o pai permita, o que é quase impossível de acontecer.
Ouvi um barulho, olhei pra todos os lados e vi uma movimentação do caralho e só aí eu peguei o que tava acontecendo.
Yá: Corre.- falo pegando as coisas e enfiando na bolsa de qualquer jeito.
Kaio/Igor/Jú: Porque?
Yá: Só corram!
Eu quase gritei, só assim pra eles saírem correndo. Os meninos agarraram suas pranchas, enquanto eu levava a bolsa, correndo junto com eles.
Tava tendo tiroteio, o que é bem estranho. No meio da praia, assim do nada? Aí tem coisa.
Jú: O que a gente faz, Yá?- pergunta depois da gente se esconder atrás do carro dos meninos.
Yá: Vou ligar pro Pedro.
Pego meu celular na bolsa, disco o número dele o mais rápido possível, e o mesmo atende no primeiro toque.
Ligação 📲
Borges: Não era tu que não queria papo comigo, agora tá aí, me liga...
- eu e a Júlia estamos no meio de um tiroteio, você foi a primeira pessoa que passou pela minha cabeça
Borges: e o teu amiguinho, pô. Cadê?
- você ouviu o que eu disse?
Borges: Onde cês tão?
- praia de Ipanema, atrás de uma Fiat Toro branca
Borges: já é. Broto aí rapidinho, paty
- vem logo!Ligação 📲
Saí da ligação sentindo a Júlia me abraçar.
Yá: Calma, amor. Seu pai já tá vindo.
Igor: Quem abre um tiroteio no meio da praia? Maluquice!
Jú: Por favor, Yá. Não sai daqui, tá bom? Fica comigo!- fala com a voz embargada.
Yá: Não vou sair.
Kaio: Calma, Jú. Já já acaba, e teu pai tá vindo, né. Mesmo que eu não saiba o que isso significa, mas vai ficar tudo bem.
Ele acaricia o rosto dela, limpando as lágrimas logo em seguida.
Os tiros não paravam um só segundo, parecia não ter fim, e nada do Borges. Resolvi então fazer alguma coisa.
Mandei os meninos e a Júlia entrarem no carro com cuidado, o carro não era blindado, então qualquer coisa, qualquer movimento que represente uma retaliação, eles poderiam fazer o carro de alvo.
A Júlia foi a que mais deu trabalho de convencer, porém ela entendeu que era melhor. Fechei a porta do carro, e me virei pra ir até minha moto, até que vi uma Van passar voando e um carro parar do meu lado.
Reconheci logo que era o Borges, junto com ele tava o Lucas, o Luan e o Jessé.
Borges: Cadê a Júlia?- pergunta, apenas apontei pro carro.
Yá: O namorado e o amigo dela estão lá também.
Borges: Beleza, vou mandar os três pra Copacabana agora.
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Amor Vagabundo
General Fiction"Somos intensos, como o calor do sol e as chamas do fogo"