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Sexta feira, 05/12 - 19:03pm

Passei pela cozinha e pela sala, andando tranquila, né, mesmo com as encaradas que recebia. Subi as escadas encontrando com o Lima no topo dela, o mesmo segurou meu braço, fazendo eu olhar pra ele.

Yá: O que foi? Me solta.- falo e ele permanece do mesmo jeito.

Lima: Se eu fosse tu, voltava pra trás daqui mesmo.

Yá: Do quê cê tá falando?

Lima: Não quero plantar discórdia entre ninguém não, tá ligada? Mas é melhor tu descer e continuar bebendo teu whisky na moralzinha.- fala e solta o meu braço.

Yá: Cê viu o Pedro?- pergunto ignorando tudo que ele falou.

Lima: Vê eu vi, daí à te falar... você não vai descer, né?- pergunta e eu nego.- Beleza, depois não diga que não avisei.

Ele desce as escadas negando com a cabeça, dou de ombros e vou direto no quarto que a gente tá. Se ele falou que ia fazer alguma coisa aqui em cima, suponho que ele esteja lá.

Abri a porta do quarto e procurei ele com os olhos, acabei vendo uma cena que pessoas ao redor dele dizia que não aconteceria, mas as pessoas são falhas.

Yá: Está de parabéns, hein. Tô aplaudindo de pé essa ceninha ridícula.- falo entrando no quarto e chamando a atenção do Borges e da Iana.

Borges: Yasmin, não é isso que cê tá pensando, eu posso explicar.

Ele tenta pegar na minha mão, mas eu me afasto dele encarando seus olhos, desviei o olhar dele pra Iana que tava de braços cruzados observando tudo.

Yá: Então explica. Quero ouvir qual vai ser a desculpa que você vai dar, e espero que seja muito boa.

Iana: Garota, cê quer mais o quê, hein? É cega? Se você não fosse tão inconveniente...

Borges: Cala a boca, Iana, se não quiser que eu cale com um tapa!

Ela no mesmo instante ficou pianinho, enquanto eu e Borges continuava se encarando.

Borges: Eu não fiz nada com ela! Nem antes, nem agora e nem ia fazer.- fala firme.- Eu vim no quarto trocar minha camisa, que ela derrubou aquela porra colorida provavelmente já nessa intenção. Entrei no quarto e só deu tempo de tirar minha camisa, ela já veio pra cima de mim, me agarrando e eu apenas não empurrei ela pra não machucar e eu ter que brigar com o Falcão, que sempre fortaleceu a favela pra caralho. Até que ela me soltou, e foi segundos antes de tu entrar aqui que ela me beijou. Te juro que não faria isso, não com você.

Iana: Mulher pode até ser boba, mas burra nunca, ela sabe o que ela viu.

Yá: Não foi nem 1 semana, cara. E daí que tu empurrar essa aí fosse te fazer brigar com o Falcão? Ele que segure a irmã dele! Mas cê prefere ficar de boa com ele do que comigo, beleza. Ela te agarrou? Tá, acredito nisso. Acredito em tudo isso aí, só que cê escolher beijar ela pra não ter que machucá-la e brigar com o amigo à permitir que eu saia como corna nessa história, já é demais.

Borges: Sai daqui, Iana. Agora!- fala, ela sai calada e puxa a porta com força.- Pisei na bola, eu sei, mas não termina o que mal começamos.

Yá: Não vou terminar com você porque percebi as intenções dela pra cima de tu, mó cara de pau, me enchendo de palavra, dizendo que tu nunca foi fiel a mulher e que eu não seria a primeira, cheia de maldade. Mas vou pedir que me deixe aqui sozinha, pelo resto da noite.

Borges: A gente sai daqui, alugo uma casa só pra não perder a viagem, e aí a gente curte, só nós dois.

Nego indo em direção a cama, pego meu celular e vejo algumas notificações.

O Borges apenas sai sem falar nada, e eu respondo as mensagens.

Mensagens 💌

Pai🙄: quando você vai voltar?
- próxima semana.
Pai🙄: que bom, a Mara disse que o irmão dela aqui na cidade, e o filho dele também...
- tenho namorado, pai.
Pai🙄: é pra conversar com o garoto, Yasmin. Qual o problema?
- não quero, tchau 👋.

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Amor VagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora