Yá
2 dias depois
Sexta feira, 05/12 - 17:29pmTava rolando a festa do Falcão desde às 15h, gente bebendo e fumando por todos os lados, inclusive o Borges é uma dessas pessoas.
Como não curto essas coisas, fiquei só bebendo mesmo, numa mesa com a Marília, a cunhada e a amiga dela.
Mari: O Borges tá com aquela cara de apaixonado, parece que ele quer mesmo um bagulho mais sério contigo.- fala e eu olho na direção dele.
Ele tava com um copo na mão, cigarro na boca e não parava de me olhar, é fofo mas às vezes me dá arrepios, sei lá porque.
Iana: Com a Talita foi assim também, no começo. Depois ele largou de mão e voltou pra putaria.- fala chamando minha atenção.
Leila: Verdade. Mas mesmo dando chifre nela, nunca permitiu que ela saísse de casa, falava que amava e a boba continuava com ele.
Mari: Não é pra tanto assim.
Yá: Não precisa amenizar não, sei bem como ele tratava a Talita e que traía ela também.
Iana: Será que sabe mesmo?
Yá: Gosto de saber o tipo de terreno que estou pisando.
Iana: O Borges não é de ficar preso a uma mulher só. A única que conseguiu isso dele, foi a mãe da filha dele, de resto...
Mari: Isso não é da sua conta, Iana. E pode ficar tranquila, Yasmin, do jeito que ele te olha, duvido que um dia ele possa te trair.
Yá: Assim espero.
Fiquei mais um tempinho ali até minha bebida acabar. Levantei e fui onde tava as bebidas, aqui todo mundo servia a si próprio.
Borges: Quer ficar bêbada, é?- pergunta agarrando minha cintura por trás.
Yá: Não, apenas relaxar.
Borges: A gente sobe e eu faço cê relaxar rapidinho.
Yá: Tentador mas vou recusar.
Borges: Quando quiser, só falar. Se diverte aí.- fala e dá um tapa na minha bunda, depois sai.
Enchi meu copo e vi o Lp vindo na minha direção.
Lp: Enche aqui pra mim.
Yá: Como é que diz?
Lp: Vai logo, por favor.
Yá: Agora sim.- falo colocando whisky no copo dele.- Você conhece a irmã do Falcão?
Lp: Conheço, porque?
Yá: Ela e o Pedro...
Lp: Que nada, doida. Aquela ali nunca nem sentiu o gosto da saliva do Borges, tá se drogando é?- pergunta me encarando e eu olho pro lado.- O Pedro te ama pra valer, cara. Tu acha que iria largar a mulher com um filho dele pra ficar com tu se não te amasse?
Yá: Ele também dizia amar ela, e traiu, né. E sei que ele ainda tem sentimento por ela, não sou nenhuma burra, Luan.
Lp: Insegurança sua, o cara faz tudo pra tu, se tu pedir a vida dele, ele te dá fácil. Se ele quisesse ou fosse te trair, ele não iria te trazer pra cá, sabendo que pra ele ter qualquer uma aqui, tirando a Marília, na cama dele basta ele estalar os dedos.
Yá: Só tá piorando.
Lp: Tu gosta dele? De verdade mesmo?- pergunta.
Yá: Porque merda eu taria com ele se não gostasse?- pergunto.- Eu tenho todo dinheiro e luxo sem que ele precise me proporcionar isso, fama e status, nem se fala. Então é claro que eu gosto dele.
Ele assente pegando o copo dele, acena e sai.
Peguei o litro do whisky e saí dali carregando ele e o meu copo, voltei pra mesma mesa de antes e só estava a Marília lá.
Mari: Você parece esses caras, só bebe whisky.
Yá: Aprendi a gostar. Minha mãe tinha uma coleção intocável de whisky, só os melhores.
Mari: Sabia, cê é filha de gente rica, por isso das roupas de grife e sapatos caros, sem contar que a primeira impressão que cê passou foi de patygirl.
Yá: Eu sei, o Borges e os amigos dele fazem questão de falar isso todos os dias.- falo e noto que o próprio não estava mais no meio dos caras.- Cê viu pra onde ele foi?
Mari: Não vi não, mas talvez os meninos saibam. Vai lá perguntar.
Assenti levantando da cadeira, fui na direção do Lp e do Jessé, eles tavam focados na conversa que nem perceberam minha presença.
Yá: Sabem do Borges?- pergunto.
Lp: Quando cheguei, ele já não tava.
Jessé: Acho que ele foi lá em cima fazer alguma parada.
Agradeci e saí de lá.
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Amor Vagabundo
General Fiction"Somos intensos, como o calor do sol e as chamas do fogo"