Essa fanfic se passa depois dos eventos do final do último episódio de Duskwood, onde a S/N que nessa história se chamará Clara Garcia, viaja para Duskwood na esperança de se estabelecer na cidade e procurar pelo Jake Donfort. A trama terá mais inv...
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De repente um alarme despertador soa muito alto e uma lanterna se acende por entre outros entulhos e consequentemente pude ver alguém colocando o celular no bolso, aproveitei a deixa para correr dali antes que uma viatura viesse abordar. Olhando para trás pude ver que a pessoa dona do celular agora estava em um fogo cruzado e precisaria correr para o lado oposto.
Continuei correndo o mais rápido possível para poder chegar até Lilly, mas também não conseguia tirar da minha cabeça o nome dele, com o "online" do lado.
Enquanto corria, sentia minhas lágrimas voarem com o vento, algumas grudavam em meu nariz e rosto mas outras saíam tão rápido que se misturavam ao ar úmido da cidade, eu queria desbloquear o meu celular novamente, queria digitar algo, queria ligar para ele e dizer que ele conseguiu mais uma vez salvar a minha pele. Eu estava tão perto.
--Lilly ? --Falo num tom audível o suficiente para ser discreto mas ainda assim alto, ela não estava mais lá e as madeiras estavam intactas. --Lilly ?? --Começo a me desesperar e de repente meu celular toca.
Lilly- Online
Lilly: O beco ao lado, vem
Lilly- Offline
Me afasto um pouco do prédio abandonado para tentar visualizar algum beco e então vejo uma pequena abertura embaixo de uma cerca de arames que estava em um estado decadente e totalmente arriscado de você mesmo se passar por ali, se tornar parte da ferrugem da mesma.
Respiro fundo tentando retomar o fôlego que havia perdido nessa pequena corrida e então com a ajuda do pé de cabra levanto o arame e consigo passar sem que as pontas me arranhassem. A minha sorte foi o capuz que acabou caindo pois ficou agarrado em uma teimosa ponta enferrujada do arame, com certeza na euforia que eu estou aquilo teria aberto meu crânio.
Ilumino o local com a minha lanterna e então vejo que a situação do beco era pior que a do arame farpado, estava cheio de lixo do século dos homo sapiens, com ratos que pareciam gatos e nem sequer se importavam com minha presença e uma escuridão que quase me fez entrar em choque.
Mas logo visualizo a pequena entrada de um porão e a abro, haviam escadas recém postas, o que era de se aliviar considerando a situação daquele lugar.
Coloquei o pé para sentir a firmeza da mesma e parecia ser boa. Olhei para o céu estrelado e então fechei vagarosamente as portas pesadas daquele ambiente.
Desci vagarosamente com muito medo de onde estava pisando e então pude sentir o chão sólido de novo. Iluminei o local novamente com minha lanterna e então vi que ali não era um porão e sim um túnel muito macabro.
Haviam goteiras por todos os lugares que pareciam ser do encanamento da cidade e móveis queimados espalhados por todos os lados. Segui em frente, que era a minha única alternativa.
