25º Capítulo - Escuridão

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Me perdoem se houver erros

Me perdoem se houver erros

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  Estava chovendo, e estava noite, a terra sob nossos pés indicava isso ficando úmida e o teto de quase 10 metros de altura com várias goteiras deixando Hannah no canto da parede quase definhando de frio.  A escuridão naquele lugar era absurda e eu estava de olhos fechados implorando para que o dia chegasse novamente, apertava a blusa sobre meu peito com tanta força que meus dedos ficaram doloridos, o manto preto que se instalara ali me deixava quase sem ar.

Tudo que eu sabia era que Hannah estava quase gemendo de dor com o ar frio entrando em seus pulmões, seu pé estava encostado ao meu então eu sentia todos os seus espasmos e tremedeiras.

—Ei, esfrega os braços. —Falo mas ela não me responde nada, eu podia ouvir o barulho de seus dentes rangendo, também estava quase definhando de frio mas aquilo não estava me consumindo tanto quanto a ela. —Vem ca. —Seguro suas mãos e percebo que pareciam duas pedras de gelo sendo assim me preocupei bastante.

  Me arrastei para ficar de frente para ela então juntei a palma de suas mãos e assoprei vagarosamente para que elas esquentassem. Mesmo sem estar conseguindo respirar direito me esforcei para que ela se sentisse pelo menos um pouco melhor. 

Estava sempre revezando entre assoprar suas mãos com meu hálito quente e esfrega-las para que pudessem ficar um pouco mais mornas.


—Vem, se deite aqui. —A puxo para o meu colo abraçando todo o seu corpo e esfregando minhas mãos pelos seus braços. —Continue assoprando suas mãos.

—C-clara. —Ela tenta falar mas não consegue então indago um longo "xiii" para que ela não se esforçasse.

—Não precisa me agradecer, estamos juntas nessa. Vou lutar por nós duas. —Falo e então ela repentinamente pega minha mão e leva para junto de si, não a soltando de jeito nenhum.  De repente um som de palmas foi escutado vindo da escuridão e uma pequena lanterna exposta em meu rosto.

—Que lindo, essa união. —Era ele novamente. —Estou impressionado em como você é realmente desafiadora, Clara.

—Por que está fazendo isso? Já não sofremos o suficiente?

—Acho que não tanto quanto o verdadeiro herói dessa cidade, que foi enterrado sem identificação para seu túmulo não ser vandalizado. Já vocês, não vão ter pelo menos o direito de terem um túmulo. Uma é uma assassina e a outra a ajudante primordial da assassina, mas acho que está na hora dessa cidade ter o que merece, sem segundas chances. —Ele sabia de tudo, toda a história, mas como?

—Você não vai encostar um dedo em ninguém daqui. —Falo ainda agarrada a Hannah e ouço uma risada, ele andava de um lado para o outro e pude ouvir seu suspiro satisfeito antes de falar algo.

—Não vou precisar encostar em nenhum deles de modo literal para mata-los. —Eu não conseguia entender. —Na verdade eu conversei com o meu parceiro e nós decidimos algo, ele me convenceu a ter um pouco de bondade. Então eu vou liberta-las.

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