~Epílogo~

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Eu conseguia ouvir do lado de fora da delegacia, eram milhares, milhares de fotógrafos e pessoas se aglomerando na pequena cidade de Duskwood, a cidade em que tudo começou com o sequestro de uma garota.

Eles eram simpatizantes que, de alguma forma, entendiam minha ação como um ato de coragem. Eles gritavam, jogavam pedras, e insultos aos oficiais que haviam me escoltado.

As vozes ecoavam, clamando por justiça, enquanto flashes capturavam o momento em que, mesmo presa, eu me tornava uma figura controversa, mas admirada por alguns. O coro da multidão ecoava nos corredores da delegacia, transformando meu ato em um símbolo de resistência para alguns e desafio para outros.

Eu podia ouvir meu nome nos noticiários, podia ouvir aplausos discretos de alguns dos policiais. O presidente estava no palanque tentando pôr panos quentes na situação, era inútil...

A organização seria investigada a fundo por anos.

A revelação das provas de corrupção do FBI abalou os alicerces do governo, lançando-o em uma crise sem precedentes. Escândalos emergiram, expondo a corrupção que minava a confiança do público.

A população indignada buscava respostas, enquanto a pressão aumentava sobre as autoridades para tomarem medidas decisivas.

O cenário político tornou-se turbulento, com debates acalorados e exigências por transparência. A divulgação das evidências provocou uma onda de descontentamento, deixando o governo em uma situação precária, com desafios iminentes a serem enfrentados.

Eu ainda estava detida na delegacia, sem uma decisão concreta se iria para o presídio ou não.

Havia se passado uma semana, advogados faziam fila para que eu os contratassem mas era complicado, eu não era de lá.

Mesmo atrás das grades, a minha figura tornou-se um símbolo de resistência, levando a população mundial a protestar pela minha liberdade.

Manifestações aconteciam em diversas partes do globo, clamando por justiça e questionando as circunstâncias que levaram à minha prisão.

Eu sabia que era ele, espalhando o máximo de informações e fatos que podia para que as pessoas apelassem a minha liberdade.

Hashtags em redes sociais tornaram-se virais, amplificando o apelo por minha libertação. O movimento, alimentado pela indignação pública e pela busca por verdade e justiça, ganhava força, desafiando as estruturas de poder e colocando pressão adicional sobre as autoridades.

Tudo estava atingindo um ponto crítico, levando algumas pessoas a recorrerem à destruição de monumentos públicos como forma de expressar sua indignação.

As ruas tornaram-se palco de confrontos, com manifestantes exigindo que eu fosse solta e criticando as instituições responsáveis por minha prisão.

A destruição de monumentos, embora controversa, refletia a intensidade do descontentamento e a urgência percebida em trazer mudanças significativas. O cenário era tenso, com a sociedade dividida entre aqueles que buscavam justiça de maneira pacífica e outros que optavam por meios mais radicais para expressar sua revolta.

Haviam, claro, aqueles que me chamavam de assassina, a pequena parcela que acredita cegamente nas autoridades e nos viam como um problema a ser descartado, mas viviam nos escombros, era impossível falar isso em voz alta sem eles serem ameaçados.

E agora, depois de duas semanas e meia, o presidente faria sua primeira declaração sobre tudo, sobre mim...

A oficial de policia liga o rádio e consigo ouvir a declaração.

I found You -Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora