45º Capítulo - Correr ou Morrer

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Me perdoem se houver erros



Três dias atrás

À medida que a pasta do governo se abria no laptop, o que meus olhos encontraram deixou-me petrificada.

Uma enxurrada de crimes horrendos e eventos surreais preenchiam a tela, como se uma cortina sombria se descortinasse diante de mim.

Cada documento era um testemunho cruel de uma realidade obscura, uma teia de conspirações e atos inescrupulosos que ultrapassavam os limites do entendimento.

As imagens e relatórios evocavam uma sensação de horror visceral. A mente hesitava em aceitar a verdade cruel que se desdobrava diante de mim. Era como se eu tivesse aberto uma porta para um mundo sombrio, onde as linhas entre a realidade e a fantasia se distorciam de maneiras perturbadoras.


Uma onda de náusea e incredulidade percorreu meu corpo, enquanto a compreensão da magnitude daquilo que estava diante de mim se estabelecia.

Aquela pasta, carregada de crimes abomináveis e situações surreais, tornou-se um testemunho da escuridão que permeava os corredores do poder. E, no centro disso, Jake estava entrelaçado, como uma peça em um jogo sinistro que se desenrolava diante dos meus olhos incrédulos.

Fechei o laptop com uma sensação de peso no peito, como se tivesse mergulhado em um abismo de sombras. A sala ao meu redor parecia diferente, o ar carregado com a gravidade do que acabara de testemunhar.

Meu olhar se perdeu no vazio, enquanto eu tentava processar o turbilhão de informações horríveis que inundavam minha mente.

O choque inicial deparou-se com uma enxurrada de reflexões.

A incerteza do que fazer a seguir pairava no ar. A revelação da pasta do governo desencadeou uma cascata de dúvidas e temores, e eu me vi diante de uma encruzilhada de escolhas difíceis.

Como prosseguir? Como lidar com as informações sombrias que agora se instalavam em minha consciência?

A mente girava em um redemoinho de confusão, mas, no fundo, eu sabia que não poderia mais ignorar o labirinto de mistérios que se estendiam diante de mim. Cada decisão agora teria implicações profundas, e o caminho à frente estava obscurecido por sombras que eu mal começara a entender.

De repente, meu celular provisório começa a tocar. Era Kevin, mas não consigo falar com ninguém agora.

Os gatilhos foram muito fortes.

Fui até o frigobar abrindo com rapidez uma garrafa de gin.

Todas aquelas pessoas, aquelas meninas...

Vou até a caixa que meu tio me entregou e então pego meu último recurso.

Deslizei a garrafa de gin para minha boca, sentindo a frieza do vidro contra minhas mãos trêmulas. O som do líquido derramando-se em minha garganta ecoava no silêncio tenso da sala, misturando-se com o turbilhão de pensamentos que assombravam minha mente.

Cada gole era uma tentativa de entorpecer a avalanche de emoções que ameaçava me consumir.

O sabor amargo e a queimação descendente proporcionavam um breve alívio, uma pausa fugaz no labirinto de incertezas.

Enquanto os níveis de gin desciam, a ideia de expor tudo aquilo ganhava terreno em minha mente.

O desejo de compartilhar as revelações perturbadoras, de gritar ao mundo sobre os crimes e segredos obscuros, crescia como uma chama ardente.

I found You -Duskwood Onde histórias criam vida. Descubra agora