Essa fanfic se passa depois dos eventos do final do último episódio de Duskwood, onde a S/N que nessa história se chamará Clara Garcia, viaja para Duskwood na esperança de se estabelecer na cidade e procurar pelo Jake Donfort. A trama terá mais inv...
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Clara POV Algumas horas antes
Quando cheguei a Duskwood, tive que ficar por entre os escombros da cidade até a hora em que Kevin pudesse me colocar pra dentro do porão do orfanato. Eu não podia contar a ninguém, nosso plano dependia disso.
—Você foi genial com a ideia do loop, Kevin. —Falo apertando o garoto na frente de seu computador gasto. —Como conseguiu fazer isso?
—Ta, ta, eu sei, você ta fedendo me solta.
Faço uma careta cheirando minhas axilas -ele tinha razão...
—mas apenas copiei o HSR, achei que era uma ideia boa demais pra desperdiçar, é fácil mudar as configurações de uma câmera com internet, coisa de amador. —E eu não sabia nem pra onde ia.
—Isso é meio sádico, mas tudo bem. —Falo indo me olhar no espelho novamente. —O meu cabelo está simplesmente horrível, espero que não caia depois dessa descoloração global com produto de farmácia, confesso que quando vi na caixa do meu tio me veio um embrulho no estômago, ele não é muito bom em escolher esse tipo de coisa.
—Mas ele tava certo ué, você ta irreconhecível.
—Pra melhor? Ou pra pior?
—Por mais que esteja parecendo um caroço de manga chupada, tem solução.
—Você entende disso? De cabelo de mulher?
—Sua anta, eu moro em um orfanato, as meninas aqui aprendem a cuidar dos cabelos sozinhas.
—Não mesmo seu pirralho enxerido, ninguém pode saber que eu estou escondida aqui.
—Elas não vão dizer nada, são #iamjake. —Isso era algo que por algum motivo tinha se apagado de minha memória, a ajuda dos internautas.
—Você deve ser super fã do Jake também não é? —Pergunto o provocando e fazendo cosquinhas em sua barriga mas paro antes que eu leve uma cotovelada.
—Sua idiota, tem um fórum com milhares de pessoas que ainda revivem a #. —Uau isso é impressionante.
—Isso me deu uma ideia...
O plano de contatar os internautas da causa e explicar o que estava ocorrendo estava pulsando em mim, meu coração batia descompassado por achar que não daria tempo, mas era algo sério demais pra que nós pudéssemos sequer ter mais calma.
—Eu vou deixar o cartão de memória com você, Kevin, mas você tem que me prometer que não vai ver o que tem nesses arquivos. Não quero que veja esse tipo de atrocidade, estou falando sério.
