26º Capítulo - Esperança e Desespero

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Me perdoem se houver erros

Quando eu fui morar com o meu tio, demorou cerca de cinco meses pra que eu deixasse ele ter contato físico comigo

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Quando eu fui morar com o meu tio, demorou cerca de cinco meses pra que eu deixasse ele ter contato físico comigo. Eu desenvolvi transtornos como malaxofobia que nada mais é que o medo de toque.  Fiz dois anos de terapia intensiva para conseguir curar totalmente isso, e foi sentada naquela cadeira, naquela sala com desenhos infantis na parede, que eu me apaixonei pela psicologia então eu sabia que não haveria chances de Hannah Donfort sobreviver naquele cativeiro, eu precisava ficar.

—Eu vou ficar. —Falo e então ela arregala os olhos negando com a cabeça.

—Não, não, não, Clara, isso é culpa minha, não pode ficar aqui, não pode me salvar, já fez isso uma vez. —As lágrimas começaram a descer pelo seu rosto então o segurei com os dedos ainda sujos de terra.

—Ta tudo bem, eu sou forte. Hannah, eu te encontrei, agora é a sua vez de fazer o mesmo por mim. —Ela me abraça repentinamente e então retribuo, talvez aquela fosse a última chance de abraçar alguém que eu teria.

—Eu prometo que vou voltar, eu não vou parar até te salvar. —Ela diz e então um deles abre a grade fazendo com quê recuássemos para a parede.

—Eu não esperava por isso, juro que não, mas você mocinha, sempre da um jeito de nos surpreender. —E de repente ele derruba Hannah com um soco fazendo-a desmaiar.

—Seu desgraçado! —Tento me levantar mas rapidamente uma arma é apontada para o meu rosto.  Ele pega os braços de Hannah e a arrasta para fora da cela enquanto o outro continua concentrado em mim para que eu não me movesse. Ele estava arrastando ela feito um animal, será que cumpririam o acordo? A deixariam ir?

—Por um momento, Clara, eu simpatizei com você. —Ele me conhecia, provavelmente já falou comigo.

—O que vocês estão fazendo é errado.

—É que chegou a hora de termos vilões de verdade nessa história minha querida, mas aquele tipo de vilão que faz o que tem que ser feito. —Ele guarda a arma na cintura e então sai fechando a cela.  Percebi que em seu bolso havia um relevo, com certeza era um celular. Eu precisava tentar pega-lo...

Estava com tanta fome, tanta sede, mas precisava enganar a minha mente pra poder ficar sã por mais alguns dias.

Essa não é a minha hora, talvez quando eles voltarem aqui será o meu fim, mas eu preciso fazer alguma coisa.

Rapidamente comecei a mexer na terra impacientemente procurando por algo, uma só chance, uma só esperança, eu mexi tanto naquilo que estava chegando nos vermes da terra.  Então soltei um longo grito de desespero e cansaço.

Levei as minhas mãos até meus cabelos, eu já estava em um estado decadente se sujeira. E em meio às lágrimas e a minha boca seca, olhei para o lado esquerdo e vi...

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