Essa fanfic se passa depois dos eventos do final do último episódio de Duskwood, onde a S/N que nessa história se chamará Clara Garcia, viaja para Duskwood na esperança de se estabelecer na cidade e procurar pelo Jake Donfort. A trama terá mais inv...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu consigo me lembrar bem...
Brasil Março de 2010
—Recomendo terapias intensivas pelo menos duas vezes na semana, os remédios tem que ser tomados sem interrupção, e ela precisa ficar longe de qualquer tipo de bebida alcoólica ou gatilho. Devido ao trauma, ela associa a embriaguez como uma pausa pra parar de se lembrar, então seu corpo está viciado em sentir essa... "paz temporária".
—Eu nem sei onde ela arranjou essa garrafa, eu não levo bebidas pra dentro de casa.
—Ela roubou de uma loja de conveniência.
—Roubou?
Eu estava deitada na cama de um hospital, tinha acabado de fazer uma lavagem no estômago por conta de uma garrafa de vodka pura. Meu tio estava conversando com a assistência social e psicólogos que se envolveram assim que dei entrada no hospital quase tendo um coma alcoólico.
Eles falavam muito baixo, mas pude ver os olhos vermelhos do meu tio e a mão da psicóloga em seu ombro.
—Ela só tem 14 anos, o que que eu faço? O que eu faço pra tirar esse sofrimento dela?
—Eu gostaria de poder ter uma resposta exata, mas nesses casos, concluir as terapias, apenas estar presente e dar muito afeto pode ser uma boa solução. A Clara é uma menina muito forte, e quando melhorar sei que vai fazer coisas incríveis.
Duskwood Dias atuais
—Mais uma por favor. —Falo estendendo o pequeno copo da dose para o garçom.
—Clara, beber dessa maneira pode cortar o efeito dos antibióticos. —Jake fala pousando a mão em meu braço. Eu simplesmente não queria pensar em mais nada, pelo menos não hoje.
—Hoje é noite das garotas, eu mereço um pouco disso. —E mais uma dose colocada pra dentro. Eu via Jessy e Cleo no palco cantando músicas dos anos 80, Hannah e Thomas conversando algo empolgante com Lilly, Dan fazendo o mesmo que eu. Jake apenas me observava, incerto, sério demais pra que eu pudesse descrever o que eu acho que estava passando em sua cabeça.
Acendi meu celular diversas vezes procurando mais notificações daquele estranho mas nada aparecia.
As vezes eu sorria fingindo que estava prestando atenção na conversa dos demais, e todos caíam, menos ele, sentia seu olhar sobre mim...
—Então, você acha que vai ser fácil acessar o celular da Iris? —Thomas pergunta para Jake que apenas suspirou, ele se desinteressava demais pelo Thomas.
