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Ares

— Deixaram ali propositalmente. Isso foi uma clara afronta, chegando tão perto do nosso território só pra deixar o recado. _ Raul rodou na cadeira para me encarar, dando as costas as câmeras.

— Conhece esse cara?_ Kalel perguntou vasculhando minuciosamente as imagens do corpo sendo jogado na porta de um dos clubes noturnos que ficava nos limites de meu território.

Arqueio a sobrancelha, enfiando as mãos dentro dos bolsos dianteiros da calça e maneio a cabeça.

— O aspirante a gangster que nos entregou.

Kalel subiu seus olhos para mim, me encarando sério.

— É como dizem, x-9 morre cedo!

— Mande um presente de agradecimento  aos Hamptons por ter me poupado de ir atrás do desgraçado. _ sorri ladino e Kalel voltou a olhar para as telas.

   Eu sabia que ele mais do que qualquer um queria matar cada Hampton daquela família. Eles condenaram a própria Emma, alguém de sua família, porque eram orgulhosos de mais para aceitar que ela pudesse estar com meu irmão. Só não contavam que éramos ainda mais orgulhosos de a acolher conosco para irrita-los. Ou eu fiz isso para irrita-los. Kalel fez isso por amor, não por cede de sangue. Eles preferiam matar Emma do que apenas deixar que ela se envolvesse com alguém da máfia rival. E eles tentaram...

— O que vamos mandar?

— Mande flores!_ dei de ombros e Kalel me olhou por cima do ombro com uma careta de descrença e surpresa.

— Você realmente está sugerindo isso?

— rosas, cor-de-rosa. E com um laço e um cartão!_ aponto para seu rosto enfatizando minha ordem. _ Isso vai enlouquecer os Hamptons. Eles esperam que eu os ameace, não que eu os agradeça!

— Você é cruel, Ares! _ Kalel riu e o dei as costas saindo da sala de segurança.

— Eu queria ser uma pequena mosca para ver quando elas chegarem lá..._ sorri maquiavélico.

   Sai no jardim, onde Hallie estava sozinha, ainda comendo e apreciando a vista.

— Pirralha, preciso da sua numeração de roupas e sapatos! Anote e apenas entregue a qualquer um que você encontrar primeiro! _ aponto para os seguranças e ela arqueou a sobrancelha, antes de concordar com um aceno.

— Senhor bandido, se continuar me chamando de pirralha eu realmente não vou aliviar para você! _ ela continuou cética, arrancando uma uva do caule sem me olhar.

— Senhor?

— Afinal quantos anos você tem, Ares?

— Eu tenho 30. Não quis perguntar a sua idade antes, para não parecer que estava pedindo um currículo, não nos apresentando.

   Ela sorriu de um jeito desconcertante, ainda com os olhos sobre as uvas.

— Eu tenho 27.

   Sorri ladino, rolando meus olhos pelo jardim, acenei em positiva guardando essa informação.

— Você e meu irmão tem a mesma idade.  O que deu em você que ainda não correu para a cama na primeira oportunidade que alguém te deixou sozinha?

— Não estou sozinha. _Ela ergueu os olhos como um tiro, me encarando intensamente, e apontou para os seguranças. _ e agora você está aqui novamente. Me impressiona que essa casa seja tão enorme e ainda assim você esteja quase que o tempo todo em cada cômodo que entro.

— Bom, eu sou um bom anfitrião. Gosto de fazer companhia a meus convidados. _ me aproximo, puxando uma cadeira e a virando, me sentando ao contrário, e deixando meus braços repousarem cruzados no encosto. _ Você me fez uma pergunta...

Um Gangster em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora