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—Ele não atende nenhuma das minhas ligações! Porra! Ares poderia ao menos retornar uma de minhas mensagens. — grunhi, andando de um lado a outro no quarto.

   Emma afundou no colchão, deixando um suspiro cansado, e meus olhos foram para ela com preocupação. Ela estava mais cansada e ofegante a cada dia. Mais quieta também.

— Ares deve saber o que está fazendo. Dê tempo a seu irmão.

— Quando você passou a o dar tanta credibilidade?

— Desde sempre. Você sabe...

— Emma...— a encarei, vagando em seu rosto, e Emma me olhou de volta na espera do que eu tinha para dizer. Não sabia se era uma boa hora para perguntar, ou se ela queria falar disso. Mas eu precisava saber se o assunto em questão, de alguma forma, a deixava abatida. — Sobre Maison...

— Está preocupado que eu esteja triste ou sentida por ele?

— Sim. Eu estou!

— Não sinto nada. Por ninguém da família em especial. Você sabe que minha vida lá sempre foi muito difícil, e quando me libertou deles foi o melhor dia da minha vida ... Não sinto nada além de alívio.

— Eu... Não sei dizer isso bem. Mas, sinto vontade de abraçar Hallie e a agradecer por entrar na família e fazer essa grande proeza.

    Emma deixou uma risada abatida escapar, algo sincero que fez seus olhos brilharem, mas aquela tristeza e preocupação em seu rosto deixou as coisas mais amargas. É claro que ela estava preocupada com Hallie. Eu estava. O que era difícil de confessar. E o fato de associar tudo aos Maranzano piorava toda situação.

— Ela vai ficar bem, não é? Desde que o foco deles seja nos manter nas mãos...

— Temo o que eles podem fazer com ela para que consigam isso. – Soprei, me sentando na beirada da cama ao seu lado, a ouvindo suspirar pesadamente em descontentamento. Minha mão posou sobre a sua, e me inclinei a deixando um beijo suave na testa e outro nos lábios. — Vai ficar tudo bem!

— Eu sei. Mas confie em Ares um pouco. É a esposa dele em jogo, afinal. Ele não vai deixar barato!

— Sim, sim. — concordei suspirando pesadamente — O que me preocupa, Emma, é o que ele vai arriscar para isso.

  Ares

   Aceitei o copo de whisky, deixando minhas costas pousarem no estofado da poltrona. Frank me analisou em silêncio antes de se sentir confortável para fazer perguntas.

— Eu te conheço a um tempo, Ares, e sei que essa sua estranha calma vai matar todos nós.

— Quanto você quer para me emprestar seus homens?

  Frank estagnou, me olhando no fundo dos olhos, e negou intensamente.

— Não!

— Quanto? Diga um número!

— De jeito nenhum. Não é da porra da minha conta essa briga, mas isso que você quer fazer é suicídio.

— Eu não me importo. — Soprei, me inclinando um pouco e o encarando no fundo dos olhos com raiva de toda aquela situação — Se não me falar quanto, vou matar você, assumir seus negócios e seus homens, e então farei o que bem entender.

— Você enlouqueceu! — ele riu rouco, parecendo assustado com minha ameaça. Frank sentou na poltrona à minha frente, segurando o copo de sua bebida com as duas mãos, os cotovelos pousados nas coxas e seu olhar escurecido. — Eles vão matar você, Ares. Mesmo que você faça o que está dizendo, ainda não é páreo para os Maranzano.

Um Gangster em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora