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    Afaguei as  costas de Hallie enquanto ela estava a um fio de adormecer de exaustão. Seus cabelos caindo sobre o travesseiro, enquanto a ouvi suspirar baixinho.

    Valeu a pena dizer a meus subordinados que quem me ligasse poderia se considerar um homem morto. E parece que repassaram o aviso para Kalel, porque nem mesmo meu irmão mandou mensagem ou tentou ligações.

— Eu vou viajar para o exterior amanhã. _ sussurrei e Hallie abriu os olhos de forma cansada, dividindo um olhar em meu rosto. _ Vou a trabalho. Queria leva-la, mas a agenda está bem apertada. Não vai sobrar muito tempo para diversão.

— Quando você volta?_ ela perguntou em um sopro e me aconcheguei mais a ela, afagando seus cabelos.

— Na semana que vem. Kalel vai cuidar das coisas na máfia, depois disso vou o mandar de férias com Emma.

— Eu tinha planejado passear com Marlon hoje. Mas eu nem mesmo consigo me mover. _ ela choramingou e sorri largo. A beijei no rosto, descendo para sua boca a arrancando um suspiro.

— Obrigado por cuidar daquele velho orgulhoso. Deve estar sendo difícil para você..._ sussurrei e Hallie me olhou nos olhos com ternura

— Você é minha família... E com você veio mais alguns. Isso faz com que eles sejam minha família também!

Beijei seus lábios com ternura e sofrego, e me afastei devagar.

— Eu sei que você vai conseguir amolecer aquele coração de pedra! _ Sussurrei _ Mas se ele passar dos limites, quero que me conte imediatamente!

  Hallie concordou balançando a cabeça em positiva e suspirou se encostando a mim para dormir. Eu apenas fechei meus olhos, satisfeito por ter realizado o desejo de qualquer marido: amarrar a esposa na cama e a fazer gozar até implorar para que parasse, pois ja estava sensível o bastante para cada estocada a fazer se torcer inteira, gemendo desenfreada.

   Eu agradeci mentalmente pelas paredes serem revestidas com material adequado para abafar o som dos cômodos, ou agora, todo mundo saberia que Hallie me acha um cachorro, gostoso, filho de uma puta, safado, e que ela gostava de ser fodida sem dó.

    Eu não estava para atrás quando parei para pensar sobre minhas próprias ações, meu tom de voz, e tudo que fiz com ela nessa cama.

    Sorri estreito, torcendo o canto de minha boca e deixei meu corpo relaxar para dormir assim como ela.

***

    Sentei no sofá olhando para meu avô que como sempre parecia de mal humor. Ja era noite, e já havíamos jantado. Hallie continuou na cama dormindo o resto da tarde, e imaginei que ela não acordaria tão cedo dado seu grau de exaustão.

   Quando a campainha tocou, me levantei indo atender a porta e Alvarez maneou a cabeça.

— Buenas Noches!

— Entra!_ disse tranquilo o deixando passar. Alvarez ainda não fazia ideia que meu avô havia acordado.

   Quando seus olhos caíram nele, na cadeira de rodas, o espanto do homem brilhou intensamente.

— DIOS MIO!_ ele reverberou e para minha surpresa a expressão séria de meu avô se desfaz, para dar lugar a um sorriso e olhos brilhantes enquanto ele abria os braços.

   Alvarez se aproximou, e beijou as costas das mãos de meu avô em sinal de respeito, como os velhos da máfia costumavam fazer. Mas o que pegou de surpresa meu avô, o fazendo rir, foram os dois beijos na bochecha, um de cada lado.

— Ah seu velho ranzinza! Eu sabia que era duro na queda o bastante para não ficar naquela cama! _ Alvarez expressou cheio de contemplo e euforia.

    Ri baixo, subindo meus olhos para quem vinha na escada. Hallie esfregou os olhos, suas pernas tremendo a cada passo na escada me fez morder os lábios. Provavelmente ela estava faminta depois de ter comido apenas o café na manhã e dormido o resto da tarde até então.

Um Gangster em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora