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   Dei um passo para dentro e Marlon balançou seu dedo fervorosamente, ele abriu a boca seus olhos arregalados.

— ARES! KALEL! EMMA!_ gritei colocando minha cabeça para fora quando os aparelhos começaram a apitar. Meu peito subia e descia fervorosamente e agarrei meu telefone para ligar para alguém, mas eu estava tremendo tanto que eu nem mesmo conseguia desligar.

    E a música no quarto não estava ajudando meu raciocínio e muito menos meu coração. Corri para Marlon, desviando dos cacos e ele agarrou meu braço, me olhando de olhos arregalados.

  Olhei ao redor e vi a cadeira de rodas, arranquei aquelas coisas do senhoril e com todas minhas forças o arrastei para fora da cama e o coloquei sobre a cadeira. O empurrei apressada. Parando na escada e olhando para ela.

— EMMA!_ a gritei e Emma apareceu ofegante olhando ao redor atordoada como eu. Seus olhos caíram em Marlon acordando e ela correu para me ajudar.

    Juntas descemos as escadas e seguimos para um cômodo onde ela abriu uma porta e avancei. Era a garagem... E havia tantos carros que olhei para eles desesperada.

— Qual?

— PARA ONDE VOCÊ VAI?_ Emma gritou tão alterada quanto eu.

— HOSPITAL! Emma agarrou uma chave qualquer no painel e jogou para mim. Peguei e cliquei apontando para os carros e um destravou. Olhei estóica para o carro, mas Marlon estava grunhindo parecendo com dor, e empurrei a cadeira de rodas.

   Emma ficou na porta da garagem, tentando ligar para Kalel, e abri a porta do passageiro para depois correr para o motorista e puxar Marlon para dentro.

    Naquele desespero, acabei até me esquecendo que havia seguranças pela casa e que eles podiam ter feito isso. Com  muito custo e força consegui  colocar Marlon no carro. Passei os cintos nele, e sentei no banco, rodando a chave.

   O motor roncou de um jeito estrondoso e forte, como um trovão e acelerei saindo da garagem. Eu nem sabia que carro era aquele, mas era simplesmente luxuoso de mais. Foi uma pisadinha no acelerador,  e tanto eu quanto Marlon fomos jogados pelo torque contra o banco.

    Eu vi os seguranças correndo, sem entender nada, e os portões abriram e acelerei um pouco mais. O ronco alto ecoava, fazendo meu coração acelerar ainda mais enquanto eu dava rápidas espiadinhas em Marlon passando mal, pálido que chegava a ser amarelo.

— Aguenta firme, Marlon! _ disse séria, pisando fundo no acelerador, e aquele carro azul que mudava de cor de acordo com que você se mexia, roncou mais alto e girei o volante de um lado a outro, cortando carros e pessoas saiam correndo da rua ao ver que eu era louca o bastante para passar por cima.

    Enfiei a mão na buzina com força, e um carro passou raspando da lataria.

— Relaxa, Marlon! Eu fiz isso uma vez!_ disse firme e fiquei tensa no volante _ Quando fui tirar minha licença....

    O velho até parou de passar mal para me olhar, se ele estava pálido antes ficou ainda mais quando acelerei mais uma vez e apertei o volante com força.

Emma

— Atende Kalel...atende ..._ andei de um lado a outro e quando a chamada caiu urrei olhando ao redor desesperada. A cadeira de rodas bateu na parede da garagem e onde havia o carro favorito de Ares, estava vazio.

   Pisquei algumas vezes estóica até me dar conta que Hallie havia me deixado para atrás.

   Comecei a bater meu dedo no discador do telefone desesperada e levei o telefone ao ouvido.

Um Gangster em Minha Vida Onde histórias criam vida. Descubra agora